
Uma das maiores metr�poles do pa�s, Belo Horizonte ainda n�o est� preparada para lidar com a presen�a cada vez mais constante dos animais silvestres que, em fun��o da destrui��o do seu h�bitat, acabam indo buscar alimento e abrigo nos grandes centros urbanos. O problema do desequil�brio ambiental come�ou com os quatis do Parque das Mangabeiras, que, por falta de orienta��es e conscientiza��o para as pessoas n�o alimentarem os bichos, se proliferaram sem controle em um dos pontos tur�sticos mais charmosos da capital. Em seguida, a quest�o atingiu propor��es mais graves com as capivaras da Lagoa da Pampulha, cart�o-postal da cidade. E, agora, o desafio s�o os jacar�s encontrados na mesma lagoa. Levantamento feito pela empresa que executa as obras de desassoreamento da represa mostra que 21 exemplares da esp�cie vivem na represa.
O alerta em rela��o ao aumento descontrolado do n�mero das capivaras surgiu em julho de 2013, quando elas foram flagradas pastando e pisoteando os jardins tombados de Burle Marx, nas imedia��es da Casa do Baile, que estavam em processo de restaura��o. Depois da longa novela da remo��o, com idas e vindas, a prefeitura garante que, a partir de hoje, elas come�am a ser encaminhadas para o cercado do Parque Ecol�gico Promotor Francisco Lins do Rego. “Decidimos enfrentar um problema que est� a� h� mais de 20 anos. Primeiro, as capivaras v�o para um lugar isolado no parque, onde as fam�lias ser�o identificadas e marcadas. S� ent�o ser�o transferidas para local espec�fico, licenciado pelo Ibama”, defende-se o vice-prefeito e secret�rio municipal de Meio Ambiente, D�lio Malheiros. Ele garante que nenhuma capivara ser� sacrificada e que o processo ser� acompanhado de perto pelo MP e por representantes da Sociedade Protetora dos Animais.
Embora os ativistas de defesa dos direitos dos animais critiquem a remo��o das capivaras, especialistas alertam que elas est�o amea�adas na Pampulha. Em mar�o, tr�s foram atropeladas na Avenida Otac�lio Negr�o de Lima, perto da igrejinha da Pampulha. Durante os exames nos corpos dos animais foi constatado que eles estavam com alto n�vel de contamina��o do organismo, causado pelo contato com a �gua polu�da da represa. “N�o adianta s� achar bonitinho apreciar os animais silvestres. A Pampulha � frequentada por um grande n�mero de pessoas, que caminham na orla e se deitam na grama. As capivaras n�o est�o em situa��o de equil�brio e representam um problema de zoonose”, alerta o bi�logo Ricardo Motta Pinto Coelho.
Boa conviv�ncia
Durante congresso no Paran�, no �ltimo fim de semana, Coelho visitou os munic�pios de Marechal Rondon, Toledo e Foz do Igua�u, citados como exemplo de boa conviv�ncia entre animais silvestres e a popula��o, dentro de parques ecol�gicos. “N�o � o caso da Pampulha. S�o lagos urbanos dentro de reservas, em equil�brio, onde os animais ficam isolados do restante da popula��o. Fico encantado que as pessoas possam admirar a vida silvestre, mas em condi��es controladas e em seguran�a”, refor�a o bi�logo.
Quanto aos jacar�s, cujo manejo ser� estudado pela PBH, segundo D�lio Malheiros, eles n�o s�o uma amea�a � popula��o. “A n�o ser que haja pessoas se banhando na �gua, os jacar�s n�o oferecem risco”, esclarece o bi�logo da UFMG Paulo Garcia, doutor em zoologia. Ele explica que esses animais atacam apenas em situa��o de press�o e priorizam presas menores, como peixes, aves e filhotes de capivaras. Encontraram na Pampulha ambiente ideal para botar os ovos e se reproduzir nas ilhas assoreadas. “Quanto mais sujo e desorganizado o ambiente, melhor eles se camuflam para capturar as presas. Se a �gua estiver limpa, a tend�ncia � haver uma regula��o natural da esp�cie”, diz.

Nome cient�fico: Caiman Latirostris
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodylia
Fam�lia: Alligatoridae
H�bitat: Lagoas e rios
Pode medir at� 3 metros de comprimento. Tem cor esverdeada, com o ventre amarelado, o foci nho largo e achatado. Alimenta-se de peixes, aves e mam�feros. Seu per�odo de reprodu��o � entre janeiro e mar�o e uma f�mea p�e entre 30 e 60 ovos por ninhada. Pode viver at� 50 anos.
Fonte: Fiocruz
Nome cient�fico: Nasua nasua
Classe: Mammalia
Ordem: Carn�vora
Fam�lia: Procyonydae
H�bitat: �rvores
Tem comprimento de 60cm e mais 75cm s� de cauda. Com garras longas e fortes e focinho em forma de trombeta, � capaz de escavar por toda parte em busca de comida. Sobe em �rvores e se desloca pelo ch�o de forma r�pida, com a cauda erguida. Pode pesar at� 11kg e viver 15 anos. Tem uma ninhada por ano.
Fonte: Portal Sa�de Animal
Nome cient�fico: Hydrochoerus hydrochoeris
CLASSE: Mammalia
Ordem: Rodentia
Fam�lia: Hydrochaeridae
H�bitat: Florestas �midas e secas, pastagens pr�ximas � �gua
Mam�fero roedor t�pico da Am�rica do Sul, seu nome em tupi-guarani significa comedor de capim. Tem quatro dedos nas patas dianteiras e tr�s nas traseiras unidos por uma membrana, fazendo dela uma �tima nadadora. O tempo de vida varia de 10 a 12 anos. Ao nascer, pesa cerca de 2kg e, adulto, pode passar de 60kg.
Fonte: Portal Sa�de Animal