
Conforme o boletim de ocorr�ncia registrado na Pol�cia Militar, em 23 de setembro, T.A.O., 33 anos, e a companheira L.K.R., 22 anos, est�o sofrendo ofensas contra a orienta��o sexual, desde o casamento realizado no �ltimo dia 13. Nessa data elas comemoraram a uni�o, que j� havia sido oficializada em cart�rio dois dias antes.
T.A informou para a PM que concedeu entrevista para um portal de noticias de Muria� (cidade vizinha a Mira�), autorizando a publica��o de fotos com intuito de demonstrar que o relacionamento homoafetivo � normal e que n�o deveria haver preconceito sobre o assunto. O site publicou uma mat�ria sobre o primeiro casamento gay de Mira� e postou na rede social, onde ocorreram os coment�rios preconceituosos.
T.A disse no boletim de ocorr�ncia que ficou ofendida com os coment�rios, principalmente porque o preconceito estava afetando indiretamente sua filha, ainda crian�a. Ela relatou que “acredita que todos tenham o direito a ter opini�es desde que n�o venham a ofender ou denegrir a pessoa alheia”.
A denunciante apresentou aos policiais as fotos da postagem no Facebook e apontou cinco perfis na rede sociais que postaram coment�rios ofensivos. Segundo T.A, em um deles havia a seguinte frase: “Gente vamos orar para guarda o futuro de nossa crian�a (SIC)”. Logo abaixo, outra pessoa comentou: “miseric�rdia”. O caso � apurado pela Delegacia de Mira�, que pode convocar os suspeitos para prestar depoimento.