Valquiria Lopes e Luiz Ribeiro

Em decorr�ncia do forte calor, agravado pela baixa umidade provocada pela estiagem, a Copasa j� aumentou sua produ��o m�dia de �gua na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte em 5%. Atualmente, a companhia trabalha em sua capacidade m�xima – de cerca de 1,3 bilh�o de litros por dia –, para garantir o abastecimento nas cidades. A estatal garante, no entanto, que os reservat�rios que abastecem a Grande BH est�o com os n�veis de oscila��o previstos para o per�odo de estiagem e que, no momento, n�o h� risco de desabastecimento. Por�m, em Par� de Minas e Igarap�, a popula��o j� enfrenta rod�zio e, em outras cidades do estado, a situa��o, ainda sob controle, pode se agravar.
Para atendimento � popula��o de Igarap� e Par� de Minas, a companhia estadual tem feito manobras operacionais no sistema e deslocado caminh�es-pipa para refor�ar caixas-d’�gua de hospitais, escolas e creches. Em Igarap�, a queda na vaz�o do C�rrego Estivas – que abastece cerca de 40% da cidade – provoca intermit�ncia no abastecimento. A solu��o definitiva, segundo a empresa, se dar� com as obras de amplia��o do sistema, cujo edital de licita��o j� foi publicado. Em Par� de Minas, al�m da redu��o da vaz�o do manancial por causa da seca, informou a estatal, a situa��o se agravou com o adiamento de obras pela n�o renova��o do contrato de concess�o com o munic�pio, vencido desde 2009. Ainda assim, a companhia continua prestando seus servi�os na cidade.
Em nota, a Copasa admitiu que h� outros munic�pios, dos 631 que atende, nos quais a situa��o tende a se tornar mais grave em fun��o da queda mais acelerada da vaz�o de mananciais. Entre os exemplos citados est�o Entre Rios de Minas, Arcos, Santo Ant�nio do Monte, S�o Gon�alo do Sapuca�, Lavras, Rio Parana�ba, Campos Altos, Prata, Barbacena e Espera Feliz.
MULTA A dificuldade � semelhante em localidades n�o atendidas pela companhia estadual. No Tri�ngulo Mineiro, as duas principais cidades sofrem com a seca: em Uberaba, de 290 mil habitantes, foi decretado estado de emerg�ncia e os moradores est�o proibidos de lavar cal�adas e carros, sob pena de multa de R$ 185. Em Uberl�ndia, com 624 mil habitantes, segunda maior cidade do estado, a popula��o tamb�m convive com o racionamento.
Em Uberaba foi decretado estado de emerg�ncia por causa na crise. Al�m do racionamento, o Centro Operacional de Saneamento e Abastecimento (Codau) decidiu impor medidas para obrigar a popula��o a economizar �gua. A capta��o � feita no Rio Uberaba, que ficou quase vazio em fun��o da estiagem prolongada. Apesar da transposi��o de �gua do Rio Claro, o abastecimento n�o foi normalizado.
Em Uberl�ndia, est� sendo adotado o racionamento em cerca de 85 bairros, com o fornecimento de �gua em apenas determinado per�odo do dia. O Departamento Municipal de �gua e Esgoto (Demae), ligado � prefeitura, realiza campanha junto � popula��o para evitar o desperd�cio. O trabalho preventivo � feito diante da redu��o dr�stica no n�vel dos reservat�rios que abastecem o munic�pio.No Centro-Oeste mineiro, o quadro � critico em locais como Oliveira. O C�rrego dos Bois, que abastece a cidade de 40 mil habitantes, est� com vaz�o extremamente reduzida. Foi decretada situa��o de emerg�ncia no munic�pio, que, al�m de enfrentar o racionamento, tem v�rios bairros onde as torneiras secaram por completo e as fam�lias contam com ajuda de caminh�es-pipa, alternativa usada pelo Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto (SAAE), ligado � prefeitura. O presidente do SAAE, Edmilson Abucater, informa que caminh�es-pipas tamb�m est�o sendo usados para abastecer hospitais, creches, escolas e outros pr�dios p�blicos.