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Estado de Minas

Tr�s Marias paralisa quatro das seis turbinas por causa da seca no S�o Francisco

Coma queda da vaz�o a usina est� praticamente desligada para a gera��o de energia el�trica. Objetivo � garantir abastecimento humano


postado em 07/10/2014 06:00 / atualizado em 07/10/2014 07:07

Com menos de 5% de armazenamento, volume liberado cai a 150m3/s (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 22/7/14)
Com menos de 5% de armazenamento, volume liberado cai a 150m3/s (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press 22/7/14)

A Usina de Tr�s Marias est� quase desativada para a gera��o de energia el�trica, com a queda na vaz�o de 160 metros c�bicos por segundo (m3/s) para 151m3/s, medida adotada diante da seca hist�rica na bacia do S�o Francisco. A medida � uma tentativa de garantir o abastecimento humano e n�o deixar faltar �gua para os usu�rios rio abaixo. Apenas duas das seis turbinas da hidrel�trica est�o funcionando, com a gera��o de 44MW/h, sendo que a capacidade instalada � de 396MW/h.

A informa��o foi dada nessa segunda-feira ao Estado de Minas pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), Hermes Chipp. Ele garantiu que, juntamente com a Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), o ONS vai dar prioridade ao abastecimento humano na bacia, garantindo a libera��o suficiente para o atendimento �s popula��es ribeirinhas e tamb�m ao Projeto Ja�ba, de agricultura irrigada, que tem 2 mil produtores e abrange uma popula��o de 20 mil pessoas.

Na semana passada, em reuni�o em Belo Horizonte, a C�mara Consultiva do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Alto S�o Francisco aprovou proposta, encaminhada ao ONS e � ANA, para que a vaz�o de Tr�s Marias fosse reduzida para 140m3/s j� este m�s, e para 120m3/s em novembro, sob a justificativa de manter �gua no reservat�rio (agora com 4,75% da capacidade) e garantir por mais tempo a vaz�o m�nima do S�o Francisco, considerando a possibilidade de atraso na chegada do per�odo chuvoso.

A decis�o do ONS de reduzir a libera��o de �gua para 150m3/s foi criticada pela secret�ria do Comit� da Bacia do Alto S�o Francisco, Silvia Freedman. Para ela, se a reten��o n�o for maior, o reservat�rio pode secar e faltar �gua tanto para quem est� acima quanto abaixo da represa. Ela advertiu que, caso a chegada do per�odo chuvoso seja retardada e a situa��o venha a se agravar, o ONS ter� que se responsabilizar pelas conseq��ncias.

Ontem, Hermes Chipp rebateu a declara��o de Silvia Freedman, ressaltando que a decis�o de reduzir a vaz�o da usina para 150 m3/s em uma primeira etapa foi da ANA, respons�vel pela gest�o das �guas. Ressaltou que a medida tamb�m leva em considera��o a necessidade do atendimento a todos os usu�rios da bacia. “O ONS at� desejaria que a quantidade de �gua liberada fosse reduzida mais ainda, porque isso elevaria o n�vel do reservat�rio, facilitando a gera��o de energia. Mas n�o podemos ser responsabilizados por isso. Foi uma decis�o conjunta com a ANA. Somos apenas parceiros nesse processo”, assegurou o diretor-geral do ONS.

Ele garantiu que a queda na gera��o de Tr�s Maria n�o vai afetar o sistema el�trico brasileiro a ponto de favorecer o racionamento de energia. A usina n�o disp�e da chamada “descarga de fundo”. Por isso, para continuar liberando �gua para regular a vaz�o do S�o Francisco, ela precisa usar pelo uma de suas turbinas.

Visita ao Ja�ba

Na semana passada, o diretor-geral da ANA, Vicente Andreu Grillo, esteve no Ja�ba, para “conhecer a realidade do projeto de irriga��o”. A visita foi divulgada em nota pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e Parna�ba (Codevasf), que n�o fez refer�ncia a nenhuma medida sobre Tr�s Marias. Ontem, o Estado de Minas tentou contato com a dire��o da ag�ncia reguladora, mas n�o obteve retorno.

 


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