A Secretaria Estadual de Sa�de (SES) confirmou, nesta segunda-feira, o primeiro caso de febre chikungunya em Minas Gerais. A paciente � moradora de Matozinhos, cidade na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, e teria contra�do a doen�a dentro do estado. Outros cinco casos s�o investigados pelo �rg�o.
A mulher, de 48 anos, come�ou a sentir os primeiros sintomas da doen�a em agosto deste ano. Na �ltima sexta-feira, equipes da secretaria estiveram na casa da paciente, que relatou dores de baixa intensidade nas articula��es dos ombros, quadril e joelhos. Mesmo com os sintomas, o estado de sa�de dela � considerado bom.
Ao ser informada sobre o poss�vel caso da doen�a, a Superintend�ncia Regional de Sa�de fez uma investiga��o no munic�pio para detectar se outras pessoas apresentavam os sintomas. Foram feitas buscas nas fichas de atendimento no Centro de Especialidades, no Pronto Atendimento e nas unidades b�sicas de sa�de. Nenhum outro caso suspeito foi encontrado. “A partir da notifica��o do caso, as a��es de controle vetorial foram realizadas imediatamente em todo o munic�pio. Foi realizado, tamb�m, uma busca ativa de prontu�rios m�dicos e n�o foram encontrados nenhum caso com a ficha cl�nica semelhante ao caso confirmado”, afirma a coordenadora de Zoonozes de Matozinhos, Fabiane Piekbrenner.
At� esta segunda-feira, dez pacientes com sintomas da febre chikungunya foram submetidos a exames. Ainda s�o aguardados os resultados pacientes moradores de Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros, Vi�osa, e Coronel Fabriciano. Foram descartados os casos em Mato Verde, Ita�na, Alfenas e Santo Ant�nio do Monte.
Outros estados brasileiros j� confirmaram casos de Febre Chikungunya. At� 4 de outubro, o Minist�rio da Sa�de registrou 211 casos da doen�a. Do total, s�o 38 casos importados de pessoas que viajaram para pa�ses com transmiss�o, como Rep�blica Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. O restante foi diagnosticado em pessoas sem registro de viagem internacional. Dessas, 17 foram no munic�pio de Oiapoque (AP) e 156 em Feira de Santana (BA).
Transmiss�o
A doen�a � transmitida pelo aedes aegypti, mesmo mosquito da dengue, e os sintomas s�o semelhantes, apesar de ser menos letal. A doen�a provoca dores fortes nas articula��es, al�m de febre, mal-estar e dor de cabe�a. Os sintomas podem se prolongar por semanas. O combate � doen�a � feito da mesma forma que o combate � dengue, controlando a prolifera��o dos mosquitos.
Assim como a dengue, o v�rus n�o possui vacina. O tratamento da chikungunya consiste no al�vio dos sintomas, que costumam durar de tr�s a 10 dias. Pessoas com a doen�a, sentem febre abrupta, dor de cabe�a, manchas avermelhadas no corpo, dor intensa nas articula��es, principalmente, nas menores, com as das m�os e dos p�s.
Os sintomas come�am a se manifestar de dois a 12 dias depois de ser picada, que � o per�odo de incuba��o. Para evitar a transmiss�o do v�rus, � preciso combater o mosquito Aedes aegypti. Os moradores devem evitar �gua parada, verificar se a caixa d´ï¿½gua est� bem fechada, n�o acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas n�o est�o entupidas, eliminar pratos dos vasos de planta, entre outras medidas.
Enfrentamento
Para enfrentar a doen�a, o Estado vai intensificar as atividades de vigil�ncia, divulga��o de medidas �s secretarias municipais de Sa�de e prepara��o de laborat�rios para diagn�sticos da doen�a. Na divulga��o de controle do aedes aegypti para a dengue, agora serr�o inclu�das informa��es sobre a febre Chikungunya.
Em Matozinhos, cidade onde foi constatado o primeiro caso, um caminh�o fumac� come�a a percorrer as ruas e avenidas j� nesta ter�a-feira. A inten��o � eliminar o mosquito.
Uma equipe m�dica ser� treinada para atuar em todo o estado. Outra a��o � a capacita��o dos profissionais de Sa�de. Nos dias 20 e 21 de outubro, 300 profissionais da sa�de ser�o treinados. Tamb�m ser�o contratados 22 m�dicos que ser�o refer�ncia para esses e outros agravos infecciosos. “Atualmente, a Secretaria conta com uma equipe de 180 Agentes da For�a Tarefa Estadual que realizam a��es de intensifica��o de controle vetorial juntamente com os munic�pios; 122 carros de UBV (Fumac�) que s�o utilizados para em a��es de bloqueio de transmiss�o da doen�a para a popula��o; disponibiliza aos munic�pios apoio na realiza��o do Levantamento de �ndice R�pido por Aedes Aegypti (LIRa) 2014, metodologia utilizada para identifica��o das �reas de riscos”, complementou Geane Andrade