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Estado de Minas

Crian�as refor�am campanha pela economia de �gua em BH

Para o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, a situa��o est� sob controle


postado em 23/10/2014 06:00 / atualizado em 23/10/2014 08:10

Junia Oliveira

Com seus cartazes, Bárbara Barbosa alerta vizinhos, colegas, parentes e conhecidos (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Com seus cartazes, B�rbara Barbosa alerta vizinhos, colegas, parentes e conhecidos (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)

Elas s�o apenas crian�as, mas t�m consci�ncia de quem quer viver muito. Em tempos nos quais a escassez de �gua deixou de ser amea�a para bater � porta de casas de todo o pa�s, o exemplo da luta contra o desperd�cio vem justamente de quem � considerado “o futuro do Brasil”. Para garantir esse amanh�, a meninada est� mostrando que n�o h� idade e adotando uma conscientiza��o sem a qual, segundo especialistas, a situa��o pode se agravar ainda mais.

Aluna do 6º ano do ensino fundamental, B�rbara Martins Barbosa come�ou uma verdadeira luta para chamar a aten��o das pessoas do bairro onde mora, o Anchieta, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, para o problema. Em a��o totalmente espont�nea, h� cerca de 45 dias a menina come�ou a escrever e a desenhar cartazes, que distribui pela vizinhan�a. Quem l� se impressiona: “Uma gota salva uma vida. Contribua para a campanha de racionamento de �gua e energia”. A iniciativa nasceu em um dia em que, escovando os dentes, a menina pensou que, se fechasse a torneira, aquela economia poderia salvar algu�m. Estava lan�ada a ideia.

A garota p�s cartazes debaixo das portas dos vizinhos e, aos mais chegados, entregou em m�os, com direito a discurso. Depois, foi a vez de outros lugares: curso de ingl�s, padaria, oficina, sacol�o, restaurante, sal�o de beleza, consult�rios de psicologia e lojas. Ironicamente, o �nico local para onde n�o conseguiu levar a campanha foi o col�gio onde estuda. Embora aprovada por professores e tendo conquistado a simpatia dos colegas, a coordena��o pedag�gica informou que era uma atitude individual e que, por isso, n�o poderia ser implementada na escola.

J� a coordenadora do curso de engenharia ambiental do Centro Universit�rio Newton Paiva, �rika Fabri, relata a import�ncia dessas pequenas atitudes. “A Copasa tem que bombear �gua da represa e, depois, para os domic�lios. Quanto menos �gua as pessoas gastarem, menor a quantidade a ser bombeada e menos o n�vel baixar�”, diz.

Ontem, o Estado de Minas mostrou que a seca reduziu a vaz�o do Rio das Velhas � metade do previsto para esta �poca. Ao mesmo tempo, a Copasa foi obrigada a ampliar a capta��o em cerca de 8,5% para a Grande BH. A concession�ria afirma que n�o tem atribui��o legal para multar o desperd�cio, a��o que depende de lei espec�fica. Em BH, o Projeto 1.332/2014, apresentado na C�mara pelo vereador Jorge Santos (PRB), prop�e a proibi��o do uso de mangueiras e de �gua pressurizada para limpar cal�adas na cidade. Por�m, apenas a partir de decreto da prefeitura.

A situa��o in�dita na hist�ria de muitas cidades chamou a aten��o tamb�m de alunos do Col�gio ICJ, no Bairro Nova Su��a, Oeste de BH. Desenvolvido entre alunos do 6º ano, o projeto “�gua, nosso tesouro” estimula o uso consciente entre os estudantes. Exemplo de como o aprendizado extrapolou os muros da escola � da aluna Sofia Albuquerque, tamb�m de 11 anos, que pediu � m�e que parasse o carro para chamar a aten��o de uma dona de casa que lavava o autom�vel e a cal�ada com uma mangueira.

Para a coordenadora do ensino fundamental da escola, �rica Macedo, essa conscientiza��o � fundamental. E os resultados aparecem r�pido: tanto que os pais relatam que atitudes em casa j� mudaram.

Controle

Para o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, a cidade, servida por tr�s bacias hidrogr�ficas, n�o chegou ao n�vel de uma crise de abastecimento. Ele sugere � Copasa que divulgue a situa��o do controle dos mananciais, interligados e monitorados on-line. “Felizmente, estamos no in�cio da recarga do sistema. Esperamos que o volume de chuvas o mantenha em n�vel adequado. Evidentemente, o apelo para que a popula��o economize �gua � sempre necess�rio”, disse Lacerda, ontem.

(Com Carolina Braga)


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