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Estado de Minas

Vaz�o da represa de Tr�s Marias pode ser reduzida para poupar �gua para 2015

Diminuir vaz�o da maior hidrel�trica do S�o Francisco em Minas, mesmo depois da chegada da chuva, � tend�ncia para evitar que a pr�xima estiagem tenha consequ�ncias t�o s�rias


postado em 24/10/2014 06:00 / atualizado em 24/10/2014 07:25

O vertedouro, onde a água não chega faz tempo: oportunidade de tirar lições da crise (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press. )
O vertedouro, onde a �gua n�o chega faz tempo: oportunidade de tirar li��es da crise (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press. )

A tend�ncia para a recupera��o mais r�pida da represa de Tr�s Marias – maior reservat�rio do Rio S�o Francisco em Minas, que hoje est� com apenas 3,5% da capacidade – � reduzir a vaz�o de �gua abaixo da usina hidrel�trica, mesmo com a chegada da temporada chuvosa, prevista para novembro. A afirma��o � do gerente de Planejamento Energ�tico da Cemig, Marcelo de Deus Melo. A decis�o, segundo ele, depende de reuni�o conjunta com diferentes �rg�os do governo federal, nos pr�ximos dias, em Bras�lia. Al�m de permitir que a represa, localizada na Regi�o Central do estado, recupere seu volume mais r�pido, a medida serviria tamb�m como forma de economizar recursos h�dricos para o ano que vem, evitando que um novo per�odo de estiagem tenha consequ�ncias t�o s�rias.

“Estamos chegando ao fim da esta��o seca. Nossa meteorologia j� prev� o in�cio de chuvas que possam come�ar a reverter esse quadro em novembro, mas ainda assim vamos gerenciando, para que o reservat�rio n�o chegue ao n�vel m�nimo”, afirmou Melo. Apesar de Tr�s Marias estar operando com apenas duas das seis turbinas em raz�o da escassez de �gua, ele garantiu que, mesmo que a usina pare, os consumidores n�o correm risco de desabastecimento de energia el�trica. “O Brasil � todo interligado e, enquanto Tr�s Marias n�o gera, outras est�o gerando. Isso n�o faz diferen�a para o consumidor”, acrescentou.

Desde o in�cio de 2014, ainda na temporada chuvosa 2013/2014, Melo lembra que a vaz�o de �gua de Tr�s Marias era de 500 metros c�bicos por segundo (m3/s). Esse volume foi sendo reduzido ao longo dos meses at� chegar ao quadro atual, de 140m3/s. A previs�o da Cemig � entrar em novembro com 2,8% da capacidade do reservat�rio e, no pior cen�rio, terminar o pr�ximo m�s com 1%. Mas o meteorologista da estatal, Arthur Chaves, diz que a perspectiva � de chegada de chuvas mais intensas. “A tend�ncia � de que em novembro comecem os longos per�odos chuvosos, por influ�ncia da Zona de Converg�ncia do Atl�ntico Sul”, afirmou.

Se Tr�s Marias chegar ao limite para a produ��o de energia, a Cemig diz j� ter feito testes para que o volume morto do reservat�rio (4 bilh�es de metros c�bicos) passe pelas turbinas com inten��o de garantir o abastecimento de cidades que dependem do Rio S�o Francisco, como Pirapora, Janu�ria, S�o Francisco, Manga e S�o Rom�o, al�m de manter a viabilidade do Projeto Ja�ba, que tira �gua do rio para irriga��o. O gerente de Planejamento Marcelo Melo diz que a situa��o atual deve servir de aprendizado para a��es de agora em diante, com intuito de preservar a �gua. “Todos est�o imbu�dos de um esp�rito muito forte de adaptar as tomadas de �gua, para que se possa, paulatinamente, ir reduzindo a libera��o da vaz�o de Tr�s Marias e assim economizar �gua e poder aguardar a chegada das chuvas”, afirmou.

A Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) informou que a pr�xima reuni�o para avaliar a situa��o de Tr�s Marias, segundo maior reservat�rio da bacia do Rio S�o Francisco, atr�s de Sobradinho (BA), est� prevista para o dia 29. “Somente depois da reuni�o ser� definida a nova vaz�o, caso haja altera��o”, diz nota enviada pela assessoria da ANA.

ENQUANTO ISSO...
Prepara��o para temporais


A Cemig apresentou ontem a estrutura que vai usar nos casos mais cr�ticos de interrup��o da rede el�trica provocada por chuvas na Grande BH. De acordo com o superintendente de Relacionamento Comercial com Clientes, Carlos Augusto Reis de Oliveira, em 2014 a empresa investiu R$ 122 milh�es para melhorar o sistema e deix�-lo menos suscet�vel �s interrup��es. Em um dia cr�tico, o n�mero de liga��es ao telefone 116, que normalmente � de 39 mil, passa para 270 mil, aumento de quase 600%. Para evitar problemas, o superintendente garante que a popula��o pode e deve usar outros canais de atendimento. As op��es s�o as redes sociais Twitter e Facebook, o aplicativo Ag�ncia de Bolso, para tablets e celulares, dispon�vel nos sistemas iOs e Android, al�m de mensagem de texto para 29810, ag�ncia virtual pelo site da Cemig e lojas de atendimento presencial. Os 240 eletricistas que comp�em equipes em dias normais ser�o refor�ados por mais 340 profissionais em dias considerados cr�ticos.

Grande BH suga 85% do Rio das Velhas

Com o per�odo de estiagem, Belo Horizonte e regi�o metropolitana est�o consumindo 85,71% da �gua do Rio das Velhas que chega � esta��o de tratamento de Bela Fama, no distrito de Hon�rio Bicalho, em Nova Lima, Grande BH. O alerta � do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio das Velhas, que vai acionar o Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam) para que empresas que ret�m o curso d’�gua na regi�o, como mineradoras, liberem um volume maior para garantir a sobreviv�ncia do rio e amenizar os impactos ao longo dos seus 801 quil�metros.

De acordo com o comit�, a vaz�o do rio ao chegar a Bela Fama est� variando de 7 a 8 metros c�bicos por segundo (m3/s), quando o normal em per�odos de seca como este deveria ser 14m3/s. Somente o abastecimento urbano da Grande BH vem captando 6m3/s, para atender 51 cidades ou 60% do volume consumido na capital e 40% nos demais munic�pios. “O que sobra para o leito do rio � muito pouco. Estamos praticamente sugando o Rio das Velhas, retirando �gua al�m da sua capacidade, e isso tem um efeito tamb�m para a bacia”, denuncia o presidente do �rg�o, Marcus Vin�cius Polignano.

Na foz com o Rio S�o Francisco, em V�rzea da Palma, Norte de Minas, a vaz�o do Velhas caiu de 150m3/s, na estiagem, para 40m3/s este ano, segundo Polignano. “Precisamos do rio n�o apenas para atender as cidades. � preciso que ele chegue at� o S�o Francisco”, disse.

O Igam informou que, assim que receber o pedido do comit�, vai avaliar a situa��o do rio e n�o descartou adotar novas regras de opera��o. Entre as medidas que podem ser adotadas est�o a suspens�o da outorga de uso de recursos h�dricos, parcial ou totalmente, em definitivo ou por prazo determinado.


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