Engenheiro respons�vel por c�lculos do Viaduto Batalha dos Guararapes presta depoimento

A possibilidade de pedido de complemento da per�cia da queda de uma das al�as do Viaduto Batalha dos Guararapes n�o est� descartada pela defesa do engenheiro civil Rodrigo de Souza Silva, respons�vel pelos c�lculos do projeto. Nesta segunda-feira o calculista prestou depoimento por cerca de duas horas e meia na Pol�cia Civil. Parte das declara��es foram acompanhadas por um dos t�cnicos do Instituto de Criminal�stica, que confeccionou o laudo da per�cia, que entre outras causas, aponta que um erro de transcri��o de c�lculos contribuiu para o enfraquecimento da estrutura de concreto do viaduto.

O advogado do engenheiro, Leonardo Marinho, disse que seu cliente explicou em detalhes como realizou os c�lculos encomendados pela Consol Engenheiros e Consultores, respons�vel pelo projeto. “O delegado se demonstrou conhecedor das quest�es t�cnicas que norteiam o laudo da per�cia. Meu cliente n�o contesta as conclus�es do laudo, mas discorda de alguma vari�veis, que ele entende serem essenciais para se chegar aos resultados”.

Marinho foi cauteloso com rela��o a um pedido de per�cia complementar. “Apresentamos nossos argumentos e o delegado precisa de tempo para analis�-los. N�o � o momento de se contestar o laudo. Pode ser que, havendo diverg�ncias em rela��o ao ponto de vista de meu cliente, seja na conclus�o do inqu�rito ou na fase processual, a defesa ent�o pode solicitar um complemento de per�cia”. O advogado reafirmou que Rodrigo Silva n�o cometeu erros de c�lculos, mas admite falhas na transposi��o de parte dos dados. Por�m, destaca que essas falhas n�o s�o a causa da queda do viaduto. “O projeto n�o foi executado em sua concep��o original”, finalizou.

A queda da al�a sul do Batalha dos Guararapes, em 3 de julho, deixou duas pessoas mortas, 23 feridas e fechou o tr�nsito na Avenida Pedro I por mais de 60 dias. Depois de constatado que o enfraquecimento da estrutura de concreto causou o desabamento na retirada do escoramento, decidiu-se pela demoli��o da al�a norte, ocorrida entre 14 de setembro. A avenida teve o tr�fego totalmente liberado em 29 de setembro.