O caso foi registrado na 5ª Delegacia Regional de Nova Serrana, pelo delegado Harley do Valle, que estava de plant�o. Conforme a assessoria de imprensa da Pol�cia Civil, ele informou que as imagens capturadas pelas c�meras de seguran�a do im�vel vizinho ser�o avaliadas e tamb�m ser�o feitas buscas para localizar os suspeitos. A investiga��o agora ficar� a cargo da delegada Elenita Batista Lopes.
A principal hip�tese � de que os amigos tenham sido v�timas de latroc�nio, roubo seguido de morte, j� que um ve�culo foi levado e a resid�ncia estava toda revirada. Testemunhas viram dois suspeitos saindo do local.
Um vizinho ouviu gritos de socorro por volta das 21h30 e encontrou Cl�ber, ainda vivo, pedindo ajuda na varanda da casa. O professor foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Serrana e depois para o Hospital Jo�o XXIII, em Belo Horizonte, mas n�o resistiu �s facadas. Al�m de constatar o roubo de um Fiorino, a Pol�cia Militar informou que a casa estava revirada, havia m�veis quebrados e sangue espalhado por paredes e pelo ch�o. Foi apreendida na varanda uma faca com l�mina de 22 cent�metros suja de sangue, possivelmente uma das armas do crime. Renato, atingido por pelo menos 15 facadas na cabe�a e t�rax, estava sem vida, ca�do dentro do banheiro.
Na noite de domingo, o delegado Harley do Valle disse � reportagem do Estado de Minas que suspeita � de que Renato e Cl�ber conheciam os criminosos, pois n�o foram identificados sinais de arrombamento na resid�ncia. Mesmo que o crime tenha assustado a popula��o pela crueldade, Valle garante que n�o h� motivo para p�nico. “Apesar de Nova Serrana ter alto �ndice de homic�dios, a maioria deles est� relacionada ao tr�fico de drogas. Esse caso � incomum, com motiva��o provavelmente ligada a patrim�nio”, pontua.
A designer gr�fica Rafaela Julian, de 28, sobrinha de Renato, pede puni��o para os assassinos. O tio era muito querido na cidade pelo trabalho de prote��o aos animais. “Estamos devastados porque meu tio era uma pessoa que fazia o bem para todo mundo, n�o tinha quem n�o gostasse dele. Era trabalhador, divertido e religioso.” Pelo que ela sabe, os dois criminosos eram conhecidos das v�timas e um deles teria, inclusive, participado da festa de anivers�rio do veterin�rio. Rafaela conta que a fam�lia sempre alertava Renato para que ele n�o abrisse as portas de casa para qualquer um, mas ele dizia que era protegido. “Ele era uma das pessoas mais alegres que conhe�o. Vivia a vida intensamente”, completa a sobrinha.