
A mulher s� se deu conta de que a filha havia ficado no ve�culo quando chegou a hora de busc�-la no ber��rio de uma escolinha vizinha, onde a menina deveria ter sido deixada. Ontem, no ABC paulista, um caso semelhante resultou na morte de um menino de 2 anos. Na sexta-feira, uma motorista que fazia transporte escolar irregular deixou um menino da mesma idade no carro enquanto foi � manicure, em um sub�rbio de Rio de Janeiro. Ele foi socorrido, mas n�o resistiu.
A menina que morreu ontem em BH era levada todas as manh�s, pelo pai, � escolinha, que fica no Bairro Liberdade, na Pampulha. Embora o casal more no Cai�ara, Noroeste de BH, o ber��rio ficava em local estrat�gico para a m�e, que, ao sair do trabalho, no aeroporto, pegava a filha no fim da tarde. Por�m, nesta semana o marido dela viajou e a t�cnica em eletr�nica ficou respons�vel por levar a crian�a � escolinha, por meio per�odo. Por�m, acostumada � rotina anterior, a m�e – que tem ainda um filho de 7 anos e uma filha de 6 –, foi direto para o trabalho e n�o percebeu que a ca�ula havia ficado na cadeirinha fixada no banco traseiro, atr�s do banco do carona.
O sargento Alexander Martins, do 13º Batalh�o da PM, que atendeu a ocorr�ncia, contou que, em estado de choque, a mulher n�o soube informar se chegou ir at� a creche pela manh�, com intuito de levar a menina. “Ela disse que se lembrava apenas de ter ido ao ber��rio para pegar a filha, como de costume. Quando chegou, foi informada de que a menina n�o havia sido deixada no local. Foi ent�o que ela voltou ao carro e, ao abrir a porta, viu a crian�a na cadeirinha. A m�e passou mal e teve de ser amparada pelos funcion�rios do estabelecimento”, relatou o militar.
Segundo o sargento, uma equipe do Servi�o de Atendimento M�vel de Urg�ncia (Samu) foi chamada. “Chegamos junto com o pessoal do Samu. A m�dica, ao perceber que a menina estava quente, a levou para a ambul�ncia. S� ent�o ela constatou que a crian�a estava quente devido � forte exposi��o ao calor dentro do carro, e que estava morta”, explicou Martins. Ainda, de acordo com o militar, depois de medicada em um hospital particular, a mulher seria levada para ao plant�o policial para prestar esclarecimentos.
A diretora da escolinha em que a menina ficava disse que a m�e parecia certa de que a crian�a estava no local. “Ela chegou aqui e perguntou pela menina. Quando fomos at� o carro, encontramos a garota no banco de tr�s”, contou. “Foi muito triste. Ela n�o costuma trazer a filha, sempre era o pai. Normalmente, a menina era deixada por volta das 8h, mas, como as outras duas crian�as da fam�lia est�o de f�rias, a m�e estava chegando �s 10h.”
Uma dona de casa de 72 anos, que mora em frente � escolinha, viu toda a cena tr�gica. “Assim que ela percebeu a filha no banco de tr�s, come�ou a gritar em desespero: ‘Matei minha filha, matei minha filha’. Fui ver a crian�a, que estava ca�da na cadeirinha para a esquerda, com o corpo p�lido e a boca roxa.” O cunhado da m�e, que foi � escolinha apoi�-la, disse que a mulher estava inconformada. “Ela disse que, se a filha tivesse morrido em um acidente, seria at� compreens�vel, mas est� se culpando pelo ocorrido.”
Enquanto isso...
... Acidente parecido
ocorre em S�o Paulo
Em S�o Bernardo do Campo, no ABC paulista, um pai deixou ontem o filho dentro do carro, estacionado em frente � sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na cidade. Ele tamb�m n�o percebeu que tinha esquecido a crian�a, de 2 anos, e foi at� a creche busc�-la. S� no local descobriu que o menino estava no ve�culo, j� sem vida.