(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ADO��O

Crian�as s�o apadrinhadas no fim de ano e realizam sonho de ganhar fam�lia definitiva

Embora nem sempre seja motivado pelo desejo de adotar, h� casos em que apadrinhamento gera empatia e cumplicidade t�o profunda que fam�lia decidem pedir a guarda de menores em abrigos


postado em 24/12/2014 06:00 / atualizado em 24/12/2014 07:28

Fernanda, sua mãe adotiva e a irmã, um presente inesquecível para a adolescente.
Fernanda, sua m�e adotiva e a irm�, um presente inesquec�vel para a adolescente. "Tudo o que eu queria j� ocorreu". (foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)


Com a aproxima��o do fim do ano, a menina Fernanda, de 16 anos, deseja uma fam�lia como presente de Natal. “Pedia a Deus que me desse uma pessoa que gostasse de mim e de quem eu gostasse”, lembra a adolescente. Os primeiros dias de dezembro do ano passado trouxeram ansiedade ao cora��o da menina que temia passar mais uma noite de 24 sem o carinho e acolhimento familiar. “Eu n�o tinha um lugar para passar o Natal. Foi quando arrumaram uma madrinha para mim.”

Ela n�o imaginava que tudo mudaria em sua vida. Conheceu a professora Michele Boroni, de 34, que a levou para passar as festas de fim de ano ao seu lado. “Ela chegou toda t�mida. N�o queria vir. Mas nos conquistou com seu jeito humilde. Foi paix�o”, diz a madrinha.


A empatia virou cumplicidade, algo t�o profundo que n�o se encerrou quando Fernanda teve de voltar ao abrigo. “Natal n�o � comida, bebida ou presentes. � a oportunidade que Deus nos d� para fazer diferen�a na vida de algu�m. E n�o s� eu fiz diferen�a na vida dela. Ela fez muita diferen�a em minha vida”, afirma Michele. M�e de Izabella Pinheiro, de 16, a professora quis ter a guarda de Fernanda.

As tr�s formam uma fam�lia e hoje v�o comemorar um ano dessa conviv�ncia afetuosa. Orgulhosa, Michele fala do bom desempenho que Fernanda obteve na escola e como se entrosou com os colegas. “Ela se mudou para c� e foi para um col�gio que � bem puxado, mas ela passou e com as notas mais altas da escola”, diz orgulhosa. A adolescente chama carinhosamente Michele de madrinha. Sua gratid�o � tamanha que ela diz que n�o pediu nada para esse Natal. “S� vou agradecer. Tudo o que eu queria j� ocorreu.”

A realiza��o do sonho de encontrar uma fam�lia pode se concretizar depois de um processo de apadrinhamento. No entanto, a assistente social do Grupo de Apoio � Ado��o (Gada), Ana Fl�via Coelho Lopes, faz um alerta de que s�o processos distintos. “O apadrinhamento n�o pode ser motivado pelo desejo de adotar, mas pode terminar em ado��o. Quando termina assim � muito bom”, diz. O acompanhamento provis�rio n�o pode ser entendido como uma maneira de burlar a fila para a ado��o.

FLEXIBILIZA��O


Como o apadrinhamento n�o deve ser confundido com ado��o, h� um entendimento de quem est� na fila para adotar n�o deve apadrinhar. No entanto, segundo Ana Fl�via, os grupos de apoio � ado��o consideram que esse aspecto poderia ser flexibilizado em casos de crian�as acima de 7 anos, idade a partir da qual reduz o interesse dos casais em adotar. “Quando conhece essas crian�as, o casal v� que pode ocorrer o sentimento de maternidade e paternidade.” Em Belo Horizonte, h� cerca de 750 jovens com idade acima de 7 anos que aguardam por um lar. “S�o meninas e meninos que n�o interessaram os casais”, afirma Ana Fl�via.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)