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Estado de Minas PAOLA ANTONINI

Pais de modelo que teve perna amputada em acidente falam sobre a dor da fam�lia

Motorista sob efeito de �lcool atropelou modelo de 20 anos na Avenida Raja Gabaglia. Respons�vel pagou R$ 1,5 mil e foi liberada


postado em 30/12/2014 06:00 / atualizado em 30/12/2014 07:41

Paola Antonini (no detalhe) foi atingida enquanto colocava malas em veículo do namorado, diante do prédio em que mora com os pais, na Avenida Raja Gabaglia(foto: Euler Júnior/EM/D.A Press)
Paola Antonini (no detalhe) foi atingida enquanto colocava malas em ve�culo do namorado, diante do pr�dio em que mora com os pais, na Avenida Raja Gabaglia (foto: Euler J�nior/EM/D.A Press)

“� o pior dia de nossas vidas. Estamos traumatizados com o que aconteceu com minha filha e no momento estamos totalmente concentrados na recupera��o dela, pedindo a todos que rezem muito para que ela saia dessa logo.” O desabafo � de Ant�nio Tadeu Franca Costa, pai da modelo e blogueira Paola Antonini Franca Costa, de 20 anos, que perdeu parte da perna ao ser atropelada por uma motorista alcoolizada, na madrugada de s�bado, na Avenida Raja Gabaglia. Por causa dos ferimentos e da cirurgia de amputa��o, Paola est� internada no centro de tratamento intensivo (CTI) do Hospital Fel�cio Rocho. A motorista que a atingiu, Diandra Lamounier Morais de Melo, de 24, foi autuada por crime de tr�nsito, depois que o teste do baf�metro registrou 0,53 miligrama de �lcool por litro de ar expelido, sendo que o limite da legisla��o � de 0,34mg/l. Ela prestou depoimento no mesmo dia, mas foi liberada depois de pagar fian�a de R$ 1,5 mil. De acordo com o delegado que preside o inqu�rito, Rodrigo Ot�vio Gomes Fagundes, a motorista deve ser indiciada por les�o corporal culposa (n�o intencional), que ocorre em acidente ocasionados por imprud�ncia, imper�cia ou omiss�o. Provavelmente, n�o ser� detida devido ao crime pelo qual responder�.

O acidente ocorreu por volta das 5h de s�bado, na porta do pr�dio onde Paola mora com os pais, no Bairro Luxemburgo, Regi�o Centro-Sul de BH, em frente ao Hospital Madre Tereza. A modelo estava carregando o porta-malas de um Fiat Bravo, com a ajuda do namorado, Arthur Magalh�es dos Santos, de 21, e do porteiro do edif�cio, quando o Fiat 500 de Diandra, veio desgovernado e bateu na traseira do carro estacionado. O casal viajaria para B�zios (RJ), onde passaria o r�veillon. Arthur e o porteiro conseguiram escapar, sofrendo apenas escoria��es.

De acordo com o depoimento prestado por volta das 13h ao delegado Rodrigo Fagundes, da Delegacia Especializada de Investiga��o de Crimes de Tr�nsito, Diandra disse que naquela madrugada saiu pouco antes das 5h da casa noturna Alambique, e se dirigia para sua casa, no Bairro Castelo, Regi�o da Pampulha. “Ela estava calma, ao lado de sua advogada, e �quela altura j� n�o apresentava nenhum sinal de embriaguez, mas admitiu ter bebido duas garrafas de cerveja na casa noturna em que estava”, afirmou o delegado.

“(Diandra) contou que perdeu o controle na descida, quando seu celular tocou e caiu no piso do carro. Disse que tentou peg�-lo e por isso perdeu o controle”, afirmou Fagundes. Ontem, convoca��es para depoimentos seriam enviadas para ouvir as testemunhas e a v�tima. O delegado informou que a per�cia t�cnica esteve no local e, a partir do laudo que emitir, ser� poss�vel saber se o carro era conduzido acima dos 60km/h permitidos no trecho, e tamb�m saber se a motorista chegou a acionar os freios ou se sequer percebeu que iria bater.

Tr�s horas depois de prestar depoimento, Diandra pagou fian�a e foi liberada. Responder� por embriaguez ao volante, crime que prev� multa de R$ 1.915,40, suspens�o da carteira de habilita��o e processo criminal na Justi�a. Se condenada, poder� pegar de seis meses a tr�s anos de pris�o. “Em tese, ela responder� tamb�m por les�o corporal culposa, mas tudo depender� do laudo m�dico e do curso das investiga��es. Como n�o tem antecedentes e as penas s�o pequenas, dificilmente ser� condenada a uma puni��o de regime fechado”, afirma o policial. A reportagem procurou a condutora por telefone, mas ela n�o foi encontrada.

(foto: Arte/Paulinho Miranda)
(foto: Arte/Paulinho Miranda)


VISITAS E ESPERAN�A
Na tarde dessa segunda-feira, Paola recebeu as primeiras visitas depois da transfer�ncia para o centro de terapia intensiva. Com sinais de sa�de est�veis e j� consciente, a jovem deve ir, ainda hoje, para o quarto. A m�e dela, Diva Costa, foi a primeira da fam�lia a se apresentar ontem, dentro do limite rigoroso do hor�rio de visitas de um CTI. Ela chegou carregada de travesseiros, possivelmente para ajudar a filha a descansar a perna, amputada acima do tornozelo, na altura da t�bia.

Com o semblante sereno, Diva concordou em conversar durante o tempo necess�rio para a confec��o do crach� de acompanhante da filha. Explicou de onde tira for�as para manter a tranquilidade ao ver Paola sofrendo: “Acho que � Deus, sabe? A �nica coisa que consigo pensar agora � que minha filha est� viva”.

Aos poucos, chegam outros familiares. Muito emocionado, o pai recebe a solidariedade de amigos. Enquanto aguarda sua vez de subir ao CTI, o namorado da jovem equilibra-se nas muletas, mancando de uma perna. Fica feliz ao avistar um casal de jovens que se aproxima da sala de espera. Comenta que Paola est� “meio molinha, por causa dos rem�dios, mas que est� conversando normalmente”.

Desde a trag�dia, a modelo deixou de atualizar o blog e as redes sociais, apesar de se manter plugada por meio do celular, onde recebe mensagens de incentivo enviadas do Brasil inteiro. Paola Antonini � muito conhecida nas redes sociais desde 2009, quando integrou, durante um ano, a Galera Capricho, grupo de adolescentes que produz conte�do para a revista hom�nima. No Twitter, conta com mais de 24 mil seguidores. No Instagram, s�o mais de 13 mil. “Paola, est�o todos transmitindo as energias mais positivas do mundo para voc�!” , comentou Fechaves04, resumindo milhares de homenagens deixadas para a modelo.

Tr�s perguntas para Ant�nio Tadeu Franca Costa, pai da modelo Paola Antonini Franca Costa

1 - O acidente mostra a incapacidade de impedir que pessoas dirijam alcoolizadas. A impunidade piora a sensa��o da dor?

A �nica preocupa��o que tenho, no momento, � que minha filha fique boa. S�. Quer fazer algo por mim? Reze. Reze para ela ficar boa. Reze por n�s.

2 - Como est� sendo a mobiliza��o da fam�lia neste momento dif�cil?

Agora, o nosso foco � totalmente na recupera��o. Estou sofrendo um trauma muito grande. Eu, minha mulher, minha fam�lia; � o pior dia de nossas vidas.

3 - H� uma sensa��o de impunidade? Isso incomoda?


O resto, tudo no seu tempo acontece. Acho importante isso (sobre a impunidade). Se do acidente sair algum aprendizado, que seja alguma coisa boa, para n�o acontecer com outra fam�lia, para conscientizar as pessoas a n�o dirigir b�badas. Alguma coisa positiva tem de sair dessa trag�dia.


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