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Estado de Minas

MP aciona Justi�a por manuten��o do Cemit�rio do Bonfim

Local sofre com furto de pe�as, vandalismo e abandono. Minist�rio P�blico recorrer � Justi�a para obrigar prefeitura a garantir a conserva��o do mais tradicional cemit�rio de Belo Horizonte


postado em 03/01/2015 06:00 / atualizado em 03/01/2015 14:28

Vários túmulos estão depredados e abandonados(foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
V�rios t�mulos est�o depredados e abandonados (foto: Euler Junior/EM/D.A Press)
O vandalismo e o abandono matam lentamente o Cemit�rio do Bonfim, no bairro hom�nimo na Regi�o Noroeste. Apesar do valor patrimonial e cultural do conjunto arquitet�nico, que se transformou em atra��o tur�stica devido aos mausol�us e esculturas imponentes nos t�mulos constru�dos com m�rmore, bronze ou granito, o Bonfim est� longe do destaque de cemit�rios como o P�re Lachaise, em Paris, e Ricoleta, em Buenos Aires. Parcialmente tombado pelo Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha), o cemit�rio sofre com depreda��o, roubo de pe�as e sujeira.
Ver galeria . 5 Fotos A leitora Heloiza Trotta enviou fotos do Cemitério do Bonfim para o 'Whatsapp' do EM. Mande conteúdo você também. O número do jornal é (31) 8502-4023Heloiza Trotta/Divulgação
A leitora Heloiza Trotta enviou fotos do Cemit�rio do Bonfim para o 'Whatsapp' do EM. Mande conte�do voc� tamb�m. O n�mero do jornal � (31) 8502-4023 (foto: Heloiza Trotta/Divulga��o )

Em meio � mudan�a na empresa terceirizada que faz a manuten��o, as m�s condi��es levaram o Minist�rio P�blico a ajuizar uma a��o contra a Prefeitura de Belo Horizonte e a Funda��o de Parques Municipais, respons�vel pela administra��o do bem p�blico. “� uma viola��o tanto do patrim�nio cultural quanto do direito de quem tem seus familiares sepultados”, afirma o coordenador da Promotoria de Justi�a de Defesa do Patrim�nio Hist�rico, Cultural e Tur�stico, Marcos Paulo Souza Miranda. Com cerca de 17 mil t�mulos divididos em 54 quadras, o cemit�rio n�o recebe novos mausol�us.

O trabalho art�stico em m�rmore chama a aten��o, mas n�o pode ser apreciado. O mato dificulta o acesso dos visitantes aos t�mulos. O lixo atrai baratas e outros insetos. Na quadra 12, um t�mulo virou dep�sito onde foram colocados baldes com fia��o e outros materiais descartados de uma reforma. Na quadra 13, as ru�nas de um jazigo contrastam com edifica��es de alto valor art�stico.

“Vemos uma quantidade de vasos em excelente estado jogados no ch�o. Se a fam�lia traz, � porque quer ornar o t�mulo”, afirma Maria Moraes, de 50 anos, que vai, uma vez por semana, ao mausol�u onde esteve sepultada Irm� Benigna antes do processo de beatifica��o. Maria visita o t�mulo todas as segundas-feiras para rezar o ter�o em agradecimento por uma gra�a alcan�ada.

J� Maria Nunes de Oliveira, de 71, vai todos os dias � sepultura de Irm� Benigna. Para ela, o n�mero de cachorros e gatos perambulando pelo cemit�rio demonstra a neglig�ncia. “� um descaso com o esp�rito que j� se foram e com quem vem aqui. O cemit�rio poderia ser um ponto tur�stico, porque tem t�mulos lind�ssimos, mas as pessoas n�o v�m aqui porque ficam com medo. At� em cidades bem menores, com menos recursos, os cemit�rios s�o mais limpinhos”, queixa-se.

Problemas

Ilumina��o ruim, insufici�ncia de guardas municipais, inexist�ncia de guaritas para controle de quem entra e sai e furto frequente de pe�as em m�rmore e bronze foram alguns dos problemas levantados pelo promotor. “Muitas pessoas entram durante o dia, bambeiam os parafusos das pe�as e voltam � noite para lev�-las.” Cerca de 500 pe�as retiradas est�o entulhadas em um quarto na sede administrativa. Crucifixos e esculturas roubadas s�o vendidos no mercado paralelo a pre�os altos. Segundo o promotor, h� ind�cios de participa��o de zeladores nas quadrilhas.


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