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Estado de Minas

Seca em Minas Gerais pode ser pior em 2015

Previs�o de pouca precipita��o para o 1� trimestre e maioria dos reservat�rios mineiros com volume abaixo de 50% ampliam o risco de que seca este ano seja pior que em 2014


postado em 07/01/2015 06:00 / atualizado em 07/01/2015 11:51

Redução do volume do Rio São Francisco compromete o abastecimento de cidades vizinhas e uso do Balneário das Duchas, ponto turístico de Pirapora(foto: Aparício Mansur/Esp. EM/D.A Press)
Redu��o do volume do Rio S�o Francisco compromete o abastecimento de cidades vizinhas e uso do Balne�rio das Duchas, ponto tur�stico de Pirapora (foto: Apar�cio Mansur/Esp. EM/D.A Press)

A esperan�a de que as chuvas de dezembro a mar�o voltassem a tornar caudalosos os rios e os reservat�rios mineiros evaporou com o prolongamento da estiagem que assola o Sudeste. Sem as precipita��es previstas para dezembro e com a proje��o de que o primeiro trimestre, que � o mais chuvoso do ano, seja de chuvas insuficientes, a Copasa j� adota medidas de refor�o, a Defesa Civil est� em alerta, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) recomenda cautela e cidades em todo o estado, como Pirapora, que sofre com a redu��o do volume do Rio S�o Francisco, est�o apreensivas com a possibilidade de que a seca deste ano seja pior que a de 2014, com grande risco de desabastecimento.

A situa��o � t�o grave que, em plena esta��o chuvosa (outubro a abril), 102 munic�pios mineiros est�o em situa��o de emerg�ncia e mais da metade dos reservat�rios de Minas monitorados pela Ag�ncia Nacional das �guas (ANA) est� com volume abaixo de 50%. A Grande BH n�o corre risco de desabastecimento, segundo a Copasa.

Em 5 de janeiro do ano passado, 113 prefeituras pediram aux�lio ao governo do estado e � Uni�o por causa das enchentes, vendavais e desabamentos, segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Ontem, exatamente um ano depois, apenas 12 cidades haviam sido atingidas por tempestades. De acordo com a Cedec, um alerta de chuva chegou a ser emitido pelos meteorologistas em dezembro passado, mas n�o chove. Por isso, a coordenadoria teve de ampliar as a��es contra a seca, com 90 caminh�es-pipa e 25 mil cestas b�sicas distribu�das para quem ficou sem �gua. Atualmente, por causa da seca, o estado se encontra em “alerta”, de acordo com a Cedec.

As chuvas irris�rias dessa esta��o somadas � seca prolongada do �ltimo ano deixaram 12 dos 23 reservat�rios de hidrel�tricas monitorados pela ANA e pelo Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS) com volumes d’�gua abaixo da metade. O pior deles � o de Retiro Baixo, no Rio Paraopeba, entre Pomp�u e Curvelo, que est� praticamente seco, chegando a 4,3% de seu volume total.

Em seguida, tamb�m em situa��o cr�tica, com 9,34% de seu volume, est� a Usina de Baguari. Por ser do tipo “fio de �gua”, que n�o precisa de grandes barramentos, mas de um fluxo cont�nuo do rio, a usina tem um grande indicador de seca no Rio Doce, na altura de Governador Valadares, nona maior popula��o do estado, com 245 mil habitantes. Em terceiro, est� a Usina de Queimado, em Una�, no Noroeste de Minas, com 8,65%.

Clique para ver a situação dos reservatórios em Minas(foto: Arte EM)
Clique para ver a situa��o dos reservat�rios em Minas (foto: Arte EM)
ALERTA Segundo o alerta emitido no fim de dezembro pelo Inpe, o d�ficit de chuvas de dezembro no Norte de S�o Paulo, Centro-Sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro se somou a anomalias do clima que impediram precipita��es em outubro e novembro, gerando uma “esta��o chuvosa mais fraca em seu in�cio”, para o Sudeste do pa�s.

Diante disso, o instituto, que monitora os sat�lites meteorol�gicos nacionais e det�m os bancos de dados desse setor, fez recomenda��o preocupante aos poder p�blico sobre racionamento: “Este cen�rio requer maiores cuidados aos tomadores de decis�o, principalmente em fun��o das condi��es de baixa umidade do solo ap�s longo per�odo de estiagem e seca na Regi�o Sudeste do Brasil”.

Para o bi�logo Ricardo Motta Pinto Coelho, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a previs�o � de falta de �gua. “A crise h�drica est� sendo agu�ada e com isso o racionamento de energia el�trica e de abastecimento � realidade que s� os governos n�o querem ver. O baixo n�vel das �guas � resultado de recargas de len��is subterr�neos comprometidos e que respondem por 90% da �gua doce”, afirma.

Segundo o especialista, pouco tem sido feito pelo poder p�blico para evitar desabastecimento: “Os governos deveriam orientar a popula��o a tomar medidas de cautela no uso da �gua. Medidas de reten��o de �gua deveriam estar sendo tomadas no meio rural”.

Tanto Coelho quanto o meteorologista do Instituto Mineiro das �guas (Igam) Adelmo Correia concordam que dezembro e janeiro s�o fundamentais para a recarga de reservat�rios. “S�o os meses mais importantes, com m�dias hist�ricas de quase 300 mil�metros de chuvas, em Belo Horizonte, por exemplo. Fevereiro e mar�o s�o importantes tamb�m, mas j� apresentam uma expectativa menor, com m�dias hist�ricas em BH de 206 e 142 mil�metros, respectivamente, o que se repete em quase todo estado”, projeta Correia.

De acordo com Kl�ber Souza, do 5º Distrito de Meteorologia, n�o h� previs�o de chuva importantes para os pr�ximos 15 dias. “Ainda estamos sob influ�ncia de uma massa de ar seco que impede a chegada de frentes frias que s�o necess�rias para provocar chuvas. Com isso, os pr�ximos dias devem ser de calor intenso e pouca umidade”, afirma. A Copasa afirma que n�o h� risco de faltar �gua por enquanto porque se preveniu, mas tudo vai depender do agravamento da estiagem no estado.

 


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