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Estado de Minas

Mortes no Pico do Itacolomi, em Ouro Preto, ainda s�o mist�rio

Corpos achados em leito de c�rrego em Ouro Preto podem ser de irm�os chilenos e nada foi levado de uma mochila, carregada de pedras preciosas. Contamina��o de �gua preocupa


postado em 08/01/2015 06:00 / atualizado em 08/01/2015 07:39

Gustavo Werneck


Policiais examinam pertences achados em uma das mochilas, inclusive carteira de idoso de um dos chilenos (detalhe) (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Policiais examinam pertences achados em uma das mochilas, inclusive carteira de idoso de um dos chilenos (detalhe) (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Ouro Preto – A localiza��o ontem e na ter�a-feira de dois corpos na �rea de entorno do Parque Estadual do Pico do Itacolomi, em Ouro Preto, na Regi�o Central, chocou a popula��o e preocupa especialmente os moradores do Bairro Nossa Senhora do Carmo, conhecido como Pocinho, temerosos da contamina��o das �guas que abastecem as moradias, pois os corpos estavam perto do leito de um c�rrego. A delegada Larissa Mascotte investiga o caso e, segundo informou, a suspeita � de que os cad�veres em avan�ado estado de decomposi��o sejam dos irm�os chilenos Alfredo Leonardo Foster Huaiqueche, de 71 anos, e Juan Roberto Foster Huaiqueche, de 65. Devido ao estado dos corpos, a pol�cia acredita que eles tenham morrido h� dois meses.

O investigador William de Almeida Alves esteve no local e disse que os corpos foram encontrados nos dois dias, em local de dif�cil acesso, sendo necess�rio apoio de equipe de bombeiros para transport�-los. Ontem mesmo foram encaminhados ao Instituto M�dico Legal (IML), em Belo Horizonte. A pol�cia foi chamada no primeiro dia por um funcion�rio do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG, antigo Cefet), que vistoriava a esta��o de abastecimento e sentiu o forte cheiro de material em decomposi��o. O segundo corpo foi encontrado por um funcion�rio do parque, vinculado ao Instituto Estadual de Florestas (IEF).

De acordo com a delegada, n�o h� sinais de viol�ncia nos corpos ou ind�cio de roubo. A suspeita de que os dois sejam chilenos est� na mochila encontrada ao lado do corpo de Alfredo, que continha documentos, inclusive uma carteira de idoso expedida pela Prefeitura de Tiradentes, na Regi�o do Campo das Vertentes, e do metr� de Santiago do Chile; notas em real e peso (moeda do Chile); m�quina de calcular; um caderno semelhante a um di�rio, estragado pela �gua, mas com indicativo da viagem a Minas; celular, que tamb�m ficou molhado, e outros objetos.

Um detalhe que chamou a aten��o da delegada Larissa e do investigador William � um grande n�mero de pedras preciosas encontradas na mochila, que foram encaminhadas para per�cia. “N�o sabemos ainda a causa, pode ter sido um acidente, uma queda nas pedras, ou que os dois homens tenham sido arrastados pela chuva”, disse a delegada. A outra mochila estava aberta e vazia, e os pertences, segundo Larissa, podem ter sido arrastados pela chuva. Na Delegacia Regional de Ouro Preto, outros investigadores n�o descartam a possibilidade de que a dupla tenha sido atingida por raio, que atinge frequentemente a regi�o.

�LTIMO CONTATO Outra forte suspeita de que os corpos sejam de dois chilenos, que, no momento do poss�vel acidente, estariam em �rea proibida � visita��o, est� ligada � ocorr�ncia registrada em 25 de novembro, por Ang�lica da Gl�ria Huaiqueche, residente em Tiradentes, filha de Alfredo. Ontem, ela era esperada em Ouro Preto para tentar o reconhecimento de roupas e cintos encontrados no corpo de uma das v�timas. Ang�lica revelou � pol�cia que o �ltimo contato com o pai, via telefone celular, ocorreu em 6 de novembro.

Os corpos foram encontrados sobre pedras, distantes mais de 200 metros um do outro, � beira de um c�rrego, o que levou o Servi�o Municipal de �guas e Esgotos (Semae) a expedir comunicado tranquilizando a popula��o de Ouro Preto a respeito do consumo. J� o IFMG divulgou nota relatando que um dos corpos estava pr�ximo ao manancial que abastece a sua unidade de ensino. Dessa forma, foi suspenso o consumo de �gua e os funcion�rios do �rg�o que est�o trabalhando, mesmo em per�odo de f�rias dos alunos, est�o bebendo �gua mineral. Mesmo assim, moradores do Pocinho est�o preocupados. Na casa de Braz e Marta da Silva, s� entra �gua mineral para beber e cozinhar. “Estamos tristes com as mortes e preocupados, pois ningu�m veio ao bairro para esclarecer a situa��o. A gente fica com medo e por isso compra o produto”, disse Marta.


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