As impress�es digitais e um bon� podem ajudar a Pol�cia Civil encontrar os suspeitos que invadiram o Centro de Cultura Flamenca Los Del Rocio, na Savassi, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta segunda-feira. Dez quadros, avaliados em aproximadamente R$ 120 mil, foram danificados pelos v�ndalos. Antes de fugirem, os invasores chegaram a tomar vinhos e espalharam objetos pelo local. Apenas uma �rvore de Natal foi levada.
O ateli� do pintor espanhol Carlos Carretero, localizado na Rua Ant�nio de Albuquerque, foi invadido durante a madrugada. De acordo com o artista, os v�ndalos destru�ram pelo menos 10 quadros, quebraram um espelho dentro do ateli� do artista, pintaram vidros e derrubaram uma parede de gesso na galeria de arte. “Foi um vandalismo gratuito”, afirma.
A ousadia dos v�ndalos foi tanta que chegaram a consumir bebidas alco�licas no local. “Tenho uma adega de vinho aqui. Eles pegaram algumas garrafas e beberam, mas n�o roubaram. Dei falta apenas de uma �rvore de Natal que estava guardada em um mesa. Ela desapareceu. No mais, espalharam tudo pelo ch�o, inclusive brinquedos que estavam guardados para doarmos para institui��es de caridade”, comentou o espanhol.
A per�cia da Pol�cia Civil esteve no ateli� no in�cio da tarde e come�ou a fazer os primeiros levantamentos. As principais pistas para chegar at� os suspeitos est�o em um bon�, que foi esquecido no local, e em impress�es digitais. “Os policiais colheram as impress�es em latas de spray, em massa pl�stica, e tamb�m no copo que usaram para beber o vinho”, explica Carretero.
Ainda n�o se sabe como os v�ndalos entraram no Los Del Rocio, mas tudo indica que usaram uma passagem pelo restaurante que fica ao lado do im�vel. Carretero est� extremamente chocado com a a��o criminosa e n�o consegue entender os motivos para tal viol�ncia. Ele, agora, conta os preju�zos. “ Temos o preju�zo financeiro e tamb�m o emocional. Eram quadros grandes que t�m valor comercial que se aproximam de R$ 120 a R$ 130 mil”, disse.
O espa�o promove h� mais de 15 anos cursos de dan�a flamenca, palestras, festas tem�ticas, espet�culos de dan�a, cursos de culin�ria espanhola e exposi��es. A dan�arina F�tima Carretero, esposa de Carlos, disse que n�o h� preju�zos para o material de dan�a, que n�o foi alvo dos v�ndalos.