A guarda baleada foi socorrida para o Hospital de Pronto Socorro Odilon Behrens, na Regi�o Noroeste de BH, ap�s a confus�o no Centro. J� o guarda preso, identificado como F�bio Vaz Peixoto, de 34 anos, e o sargento reformado suspeito de transporte clandestino, foram conduzidos para a Ceflan, onde est� sendo feito o boletim de ocorr�ncia. As corregedorias das duas corpora��es est�o acompanhando o caso.
De acordo com guarda F�bio Vaz, ele foi algemado pelos policiais militares e est� com o pulso machucado. O servidor afirma ainda que foi agredido dentro da viatura da PM.
A briga
Segundo informa��es do guarda municipal Maicon de Almeida Macedo Santos, Lilian e outros quatro guardas faziam abordagens � pessoas que estavam oferecendo transporte irregular nas imedia��es da rodovi�ria, quando o militar reformado Daleimar Il�rio Moreira, de 47 anos, reagiu com empurr�es e chutes. Para cont�-lo, um guarda fez contra ele um um disparo de arma de choque (taser) e deu voz de pris�o. O abordado disse que era policial militar, mas, segundo os guardas, n�o apresentou documento. Em seguida, ele pegou o celular e ligou para o 190.
Momentos depois, tr�s viaturas da Pol�cia Militar chegaram ao local. Os PMs cercaram os agentes da prefeitura dizendo que eles n�o podiam efetuar a pris�o de um militar. Novos empurr�es come�aram e, segundo a vers�o de Santos, um policial sacou uma arma calibre doze com muni��o de borracha e atirou. A guarda, que foi atingida e teve o lado direito da bochecha transpassado pela bala, n�o participava da confus�o e apenas estava pr�xima ao tumulto.
A vers�o de populares que estavam pr�ximo ao conflito e viram a cena, no entanto, � diferente. Segundo eles, no meio da confus�o a arma do policial teria disparado acidentalmente.
Apura��o
De acordo com o tenente-coronel Gedir Rocha, respons�vel pelo 1º Batalh�o, a central de atendimento da PM (190) recebeu um chamado de tentativa de homic�dio. Sobre o que aconteceu no local, o oficial da PM informou que os fatos ser�o apurados.
Ainda de acordo com Gedir Rocha, o cabo da PM Carlos Gustavo Pereira de Melo, de 37 anos, que atirou contra a guarda municipal alegou que o disparo foi acidental. Ainda assim, ele ir� responder a inqu�rito militar por les�o corporal. J� o guarda F�bio Vaz Peixoto, que foi preso, deve ser autuado por desacato � autoridade.
O subcomandante da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Sinval Jos� Campos, afirmou, em entrevista coletiva, que a rela��o entre a corpora��o e a Pol�cia Militar n�o ser� alterada apesar do epis�dio. Segundo ele, a confus�o foi um ato isolado envolvendo poucos policiais.
Protesto
Os guardas munipais que estavam na pra�a da rodovi�ria se juntaram a outros e fecharam o cruzamento da Pra�a Sete em todos os sentidos com motos e viaturas por volta das 18h. Al�m de protestar contra a abordagem dos militares, os servidores aproveitaram ainda para reclamar das condi��es de trabalho da categoria. A principal reinvidica��o est� relacionada � proibi��o do uso de arma de fogo.
Depois de ocupar o cruzamento por cerca de duas horas, os servidores sa�ram em caminhada at� o Ceflan, no Bairro Floresta, onde a ocorr�ncia est� sendo encerrrada. Militares do Batalh�o de Choque da PM j� est�o posicionados na porta da Central de Flagrantes para evitar novo confronto.
A concentra��o de guardas na porta da Central de Flagrantes chegou ao fim por volta das 22h30, ap�s uma reuni�o dos agentes com a delegada respons�vel pelo boletim de ocorr�ncia, um representante da guarda e o sindicato da categoria. Nenhuma confus�o foi registrada na porta da delegacia.
Estado de sa�de da v�tima
De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Odilon Behrens, o estado de sa�de da guarda baleada no rosto � est�vel. Ela fez um tomografia para avaliar o ferimento e, em seguida, foi transferida para o Hospital de Pronto Socorro Jo�o XXIII, onde vai passar por uma avalia��o pl�stica. Ap�s os procedimentos necess�rios, a v�tima voltar� para o Odilon, onde ficar� internada.
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