O massacre da cadeia de Ponte Nova ganha novo cap�tulo. O Tribunal de Justi�a de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira que os presos que provocaram a morte de outros 25 detentos no pres�dio p�blico de Ponte Nova, Regi�o da Mata, v�o a j�ri popular por homic�dio doloso (quando h� a inten��o de matar). A decis�o � do juiz Maycon J�sus Barcelos, da 2° Vara Criminal da cidade.
Conforme o processo, o crime aconteceu no dia 23 de agosto de 2007, na cadeia p�blica local, os r�us simularam uma rebeli�o, utilizando armas de fogo, facas e l�minas, com o objetivo de assassinar os presos de uma gangue rival que estavam em outra cela. Logo depois, eles ateram fogo no local.
O crime teve repercuss�o nacional e a Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas foi � cidade para apurar os fatos, sendo desativada aquela unidade prisional, com a constru��o de um complexo penitenci�rio em Ponte Nova.
Ap�s analisar as provas, o juiz considerou que na instru��o processual restaram evidenciados a materialidade e ind�cios suficientes da autoria delitiva dos r�us e pronunciou 24 denunciados, uma vez que, um deles morreu no decorrer do processo. Alguns pronunciados v�o responder tamb�m, por conex�o, pelos crimes de tr�figo de drogas e forma��o de quadrilha.
A rebeli�o
As investiga��es apontaram que os “irm�os Bar�o” planejaram o motim com o objetivo de eliminar sete detentos que estavam na cela 08, em um acerto de contas. Um dos aliados dos irm�os, o preso Ronam de Souza Pinheiro, conseguiu um rev�lver e v�rias facas, com a ajuda do carcereiro Maur�cio Alvim Campos. Segundo o inqu�rito, o policial frequentemente facilitava a entrada de objetos nas celas.
Sabendo que a rebeli�o estava para acontecer, aliados de “Biju”, que ocupavam as celas 09 e 11, serraram as grades, invadiram os corredores da carceragem e tentaram usar uma barra de ferro para entrar na cela 10, onde os “irm�os Bar�o” se encontravam. Os amotinados tamb�m tentaram entrar na cela 08, mas, para tentar se proteger, os presos dessa cela atearam fogo a um dos colch�es, o colocando pr�ximo �s grades.
Com baldes de �gua, os rebelados que estavam do lado de fora apagaram o fogo e estouraram o cadeado da cela 08, encurralando os presos que estavam do lado de dentro. Logo depois um dos irm�os, Wallison Macedo Pinto, o “Rat�o”, usou o rev�lver conseguido por Ronam de Souza para intimidar o grupo de “Biju” e sair da cela 10. Juntamente com outros presos, os “irm�os Bar�o” foram � porta da cela 08.