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Estado de Minas

Ind�strias mineiras desconhecem o pr�prio volume de consumo de �gua

Entidades ligadas ao setor, que na maioria captam �gua de po�os, bacias e rios, prometem levantamento �s pressas. Especialista cobra regula��o da capta��o


postado em 27/01/2015 06:00 / atualizado em 27/01/2015 07:44

O apelo da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para redu��o de 30% no consumo de �gua n�o depende apenas do consumidor dom�stico. Em reuni�o com o governador Fernando Pimentel ontem, o prefeito de Vespasiano, Carlos Murta, porta-voz de 34 prefeitos, afirmou que todos devem economizar. “N�o importa se � o agroneg�cio, grande ind�stria ou consumidor menor. Essa economia ter� que atingir o menor e o maior consumidor”, afirmou. Apesar do apelo, entidades ligadas a esses setores n�o t�m ainda estimativas do volume desse consumo de �gua no estado, mas prometem um levantamento �s pressas. Para especialista, est� na hora de a Copasa acionar legalmente as ind�strias a reduzir a capta��o, principalmente em �reas onde a companhia tamb�m atua.

Geralmente, as grandes ind�strias n�o usam o recurso da Copasa”, explica M�rio Cicareli, professor de hidrologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fundador da Potamos Engenharia e Hidrologia Ltda. Segundo ele, o apelo para economizar 30% n�o caberia a elas, uma vez que captam de po�os, rios e reservat�rios: “A minera��o, por exemplo, dificilmente usa �gua da companhia. Nesses casos, a capta��o � feita em bacias e os �ndices de recircula��o e recupera��o da �gua s�o de 85%”.

Como a �gua da Copasa � tratada, segundo Cicareli, se torna cara para as grandes empresas, porque elas precisam de um volume maior para produ��o. “Na regi�o metropolitana, por exemplo, o maior consumo � dom�stico. Mas h� ind�strias que compram da Copasa para consumo mais nobre, que seria de um bebedouro para funcion�rios, entre outros”, lembra.

Mas, al�m de uma capta��o pr�pria, h�, prevista por lei, a feita por ind�strias em �reas de interesse da companhia de saneamento. “� como se houvesse uma bacia, onde 50% da �gua devem ser captados pela Copasa e o restante por outros, entre eles, empresas”, diz. � nesses casos que o especialista aposta que as estrat�gias devem ser mais severas. Segundo ele, a Lei 9.433, da pol�tica nacional de recursos h�dricos, prev� que, em caso de racionamento, o abastecimento da popula��o � prioridade.

“J� est� na hora de governo de Minas exigir isso. Nesse per�odo de ca�as �s bruxas, a Copasa pode requerer de imediato que a lei valha e reduzir, assim, as capta��es empresariais existentes que est�o acima da pr�pria capta��o da estatal. Isso j� tem sido feito em S�o Paulo e l� as ind�strias estimam preju�zo de 40%”, afirma.

LEVANTAMENTO

O primeiro passo para fazer valer a lei, segundo o especialista, � um levantamento completo para conhecer quantas empresas t�m uso competitivo com a Copasa. “Chegou o momento de pedir a uma ind�stria, que estiver nesse perfil, para interromper essa capta��o”, avalia Cicareli. Mas, por enquanto, as pr�prias entidades representativas desse setor n�o t�m dados sobre o assunto e, come�am, agora, a tra�ar o perfil disso.

Segundo o economista da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Paulo Casaca, a falta de �gua j� afeta as empresas, principalmente, do setor de bebidas e alimentos. “Todos os empres�rios est�o preocupados, caso haja um racionamento”, afirma Paulo, informando que um levantamento da Fiemg sobre o assunto ser� conclu�do ainda esta semana. O Instituto Brasileiro de Minera��o (Ibram) tamb�m far� o mesmo, por�m, sem previs�o de entrega dos dados.

No agroneg�cio, no qual a irriga��o � considerada a vil� do consumo de �gua, economizar pode ser sin�nimo de preju�zo. Isso porque, para cada cultura, � calculada a quantidade necess�ria para germina��o, desenvolvimento, flora��o e colheita. “Ao cortar esse volume certo, o impacto � na produ��o”, avalia o analista de agroneg�cio da Federa��o da Agricultura e da Pecu�ria do Estado de Minas Gerais (Faemg), Caio Coimbra.

Segundo ele, o produtor tem uma outorga d’�gua, no qual � limitada sua capta��o de �gua. “O agroneg�cio n�o est� preparado para um racionamento. AProcurada pela reportagem para informar o consumo de �gua das grandes empresas, a Copasa n�o retornou as liga��es telef�nicas.


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