Em uma reuni�o na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na manh� desta quarta-feira, representantes da Copasa reafirmaram que a situa��o do abastecimento de �gua no estado � cr�tica. Segundo o diretor, caso volume de chuva n�o aumente, a �gua do Sistema Paraopeba pode durar apenas at� julho ou agosto. O encontro foi solicitado pela Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia, que sugeriu a cria��o de uma secretaria de governo espec�fica para discutir a crise h�drica.
O diretor de Opera��o Metropolitana da Copasa, R�mulo Thom�z Perilli, deu um panorama do atual quadro dos reservat�rios e prev� um colapso no sistema caso n�o chova. “Continuando a atual previs�o pluviom�trica, se n�s tivermos em 2015 a mesma precipita��o que aconteceu em 2014, n�s vamos entrar em colapso no Sistema Paraopeba at� julho ou agosto. Ou seja, os reservat�rios do Sistema Paraopeba ser�o esvaziados totalmente”, afirma. Segundo ele, somando a �gua dispon�vel nos tr�s reservat�rios que compoem o sistema (Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores), h� apenas 30% de armazenamento dispon�vel, quando em anos anteriores estaria acima de 70%.
“Ent�o, a situa��o � grav�ssima. A a��o imediata � no sentido de redu��o de consumo e o que n�s estamos fazendo permanentemente � um apelo para que a popula��o reduza o seu consumo em 30%”. Segundo Perilli, a Copasa j� pediu ao Instituto Mineiro de Gest�o de �guas (Igam) que decrete a situa��o cr�tica em Minas para que os �rg�os do governo envolvidos na quest�o possam tomar medidas mais duras, como a sobretaxa para consumo exagerado, rod�zio e racionamento.
Ao fim da reuni�o, o presidente da comiss�o, deputado Durval �ngelo, informou que ser� encaminhado um requerimento ao governo de Minas para a cria��o da Secretaria Extraordin�ria das �guas que ir� gerir a crise h�drica. Os deputados tamb�m podem criar a Comiss�o Permanente das �guas para ALMG. A comiss�o tamb�m pede � presid�ncia da rep�blica que o Parque Nacional do Gandarela, que tem mananciais que abastecem a Grande BH, contemple outros 20% de �rea que ficaram fora do decreto al�m de solicitar que o Minist�rio do Meio Ambiente realize vistorias e fiscalize as a��es das mineradoras que atuam na regi�o.
Os deputados tamb�m pretendem encaminhar outro requerimento � Bras�lia para que as empresas de saneamento sejam isentas dos tributos do PIS e do Cofins com o intuito de proporcionar mais recursos para investimentos das companhias em gest�o de �gua.