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Estado de Minas

Estimativa de carnaval com p�blico recorde em BH preocupa autoridades

Alerta � para quest�es de seguran�a e prote��o do patrim�nio p�blico, mas PBH diz estar tranquila


postado em 03/02/2015 06:00 / atualizado em 03/02/2015 07:16

Gustavo Werneck e M�rcia Maria Cruz

Ensaio do bloco Trema na Linguiça atraiu mais de 2 mil pessoas sábado na Savassi, que será novamente um dos pontos de concentração este ano (foto: Euler Junior/EM/D.A Pr)
Ensaio do bloco Trema na Lingui�a atraiu mais de 2 mil pessoas s�bado na Savassi, que ser� novamente um dos pontos de concentra��o este ano (foto: Euler Junior/EM/D.A Pr)

Alerta m�ximo a 10 dias da folia. A dimens�o do carnaval de Belo Horizonte, com expectativa de 1,5 milh�o de foli�es nas ruas, conforme a Belotur, redobra a preocupa��o da Pol�cia Militar (PM) e do Corpo de Bombeiros, recebe cr�ticas de entidades como o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/Se��o Minas Gerais) e leva o Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) a orientar a prefeitura sobre a necessidade de preserva��o do patrim�nio p�blico. A estimativa � que 200 blocos saiam �s ruas, incluindo os 164 cadastrados na prefeitura. O ensaio dos blocos, inclusive, atraiu mais foli�es do que o esperado. A promotora de Justi�a do Meio Ambiente e do Patrim�nio Hist�rico e Cultural de BH, Lilian Marotta Moreira, informou que abriu procedimento sobre o assunto e enviou ontem ao prefeito Marcio Lacerda,  uma s�rie de recomenda��es. “Quando o munic�pio opta por fazer um evento deste tamanho, tem que adotar todas as medidas de seguran�a”, afirma a promotora. A Belotur, entretanto, diz estar tranquila com o planejamento do carnaval.

O esquema de seguran�a ser� definido durante reuni�o hoje na Cidade Administrativa, com a presen�a do comando da Pol�cia Militar e do Corpo de Bombeiros, Belotur e outras autoridades do estado e do munic�pio. Enquanto isso, a folia no Bairro Santa Tereza, na Regi�o Leste, tamb�m passa pelo crivo do MP. Ontem, representantes da associa��o de moradores se reuniram com a promotora de Justi�a de Habita��o e Urbanismo, Luciana Ribeiro, para definir o hor�rio da festa – eles querem que seja estendido das 19h, como no ano passado, para as 21h. A promotora ficou de estudar o assunto e dar a resposta nos pr�ximos dias.

A presidente do IAB-MG, Rose Guedes, considera que BH n�o est� preparada para receber um evento de tais dimens�es: “N�o h� espa�o e estrutura suficientes para tanta gente. O ideal seria criar uma �rea espec�fica para a folia, a fim de proteger o patrim�nio”. A arquiteta e urbanista se preocupa em particular com a Pra�a da Savassi, point de foli�es no carnaval e de torcedores brasileiros e estrangeiros na Copa do Mundo, em junho e julho – o saldo foi um rastro de degrada��o principalmente pela falta de banheiros.

“N�o � poss�vel que um espa�o p�blico seja restaurado num ano, destru�do no outro e necessitado de recupera��o depois. Os lugares s�o fr�geis e devemos lembrar que o carnaval leva para as ruas pessoas descompromissadas, que abusam de bebidas, enfim, est�o fora do habitual”, diz a presidente do IAB. “N�o somos contra o carnaval, s� limite e gest�o. Sem quantidade suficiente de banheiros qu�micos, a cidade se torna um lixo e vai ficar do jeito que ocorreu no Mundial de futebol”, afirma.

A promotora Lilian Marotta Moreira disse que ainda n�o recebeu qualquer comunicado da prefeitura sobre o carnaval. “N�o temos informa��es sobre as medidas de preserva��o e outros dados importantes nesse momento de crise h�drica.” Lilian explicou que os �rg�os de preserva��o do patrim�nio, como o Instituto do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha) e Conselho Municipal do Patrim�nio devem ser comunicados sobre a folia.

Os coordenadores de blocos tamb�m se preocupam com seguran�a. O idealizador e vocalista do Baianas Ozadas, Geo Cardoso, defende policiamento preventivo para evitar arrast�es e outros tipos de confus�o nas ruas. Ele lembra que os ensaios abertos dos blocos recebem um p�blico cada vez maior e que j� ocorreram incidentes, como o tiroteio na Pra�a Duque de Caxias, em Santa Tereza, no domingo, com tr�s pessoas feridas. “Diante dos arrast�es na Copa e o incidente de agora em Santa Tereza , a seguran�a nos preocupa”, disse.

Viagem trocada pela festa em BH

A fam�lia do engenheiro mec�nico Felipe Santos Eufr�sio, de 27 anos, est� com malas prontas para a folia em Salvador. Mas ele resolveu ficar em Belo Horizonte para aproveitar a festa momesca. “Minha m�e, meu pai, duas irm�s e cunhado est�o indo, mas resolvi ficar. Falaram muito bem do carnaval daqui, vou dar um voto de confian�a”, disse. O atrativo para trocar a folia baiana pela mineira, s�o os blocos que desfilam pelas ruas da cidade com irrever�ncia. “Pretendo ir no Baianas Ozadas e no Me beija que eu sou pagodeiro, mas ainda n�o fechei todos os blocos. Vou acompanhar todos at� onde conseguir”, diz animado.

N�o s� Felipe parece ter escolhido a capital mineira. As ag�ncias de turismo comemoram a procura pelos pacotes tur�sticos que, pela primeira vez, foram colocados � venda. De acordo com as ag�ncias, depois da divulga��o do servi�o na imprensa, aumentou muito a procura. A maior parte dos interessados vem de S�o Paulo, Rio de Janeiro e Bras�lia. Os pacotes oferecem hospedagem, transfer do aeroporto at� o hotel e passeios em Inhotim, Serra do Cip� e cidades hist�ricas.

At� turistas estrangeiros dever�o curtir o carnaval em BH. “Temos turistas italianos e franceses que v�o conhecer as cidades hist�ricas, mas querem passar um dos dias na folia em BH”, conta o coordenador da comiss�o de receptivos da Associa��o Brasileira de Ag�ncias de Viagem (Abav), Ricardo Campos. Ele estima um crescimento de 30% na venda de pacotes. “Ainda n�o temos um balan�o, porque muita gente fecha em cima da hora, mas a procura � grande.”

‘Planejamento meticuloso’

O presidente da Belotur, Mauro Werkema, afirmou ontem que est� confiante no sucesso do carnaval. “Estamos trabalhando h� mais de tr�s meses, com um planejamento meticuloso envolvendo 21 �rg�os estaduais e municipais. Presido o grupo e temos feito reuni�es di�rias’, disse. “O nosso carnaval se tornou um fen�meno sociol�gico, com car�ter familiar e tribos de todos os tipos”, avalia Werkema, que recebeu ontem o comunicado do Minist�rio P�blico com as recomenda��es para preserva��o do bem p�blico. Ele ressaltou que na Pra�a da Savassi n�o haver� palco, mas um DJ, mas n�o est� ainda decidido se ser�o instalados tapumes para isolar as fontes.
Para evitar degrada��o, ser�o instalados de 4,5 mil a 5 mil banheiros qu�micos nas �reas de concentra��o de foli�es.


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