A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) pretende reduzir de nove para quatro horas o tempo de a��o para estancar vazamentos de �gua nas redes em Belo Horizonte e na regi�o metropolitana. Para isso, foi lan�ado nesta quinta-feira o programa Ca�aGotas, que conta com 80 profissionais da companhia, divididos em 40 equipes em campo, especializadas no combate ao problema.
A Copasa estima que 40% da �gua tratada � perdida. Dentro desta porcentagem, 60% � de vazamentos, 30% em liga��es clandestinas e 10% por erro de medi��o. Segundo o diretor de Opera��o Metropolitana da Copasa, R�mulo Perilli, somente em 2014 foram registrados 96 mil vazamentos na capital mineira. Dessa forma, a nova a��o da companhia visa reduzir esse �ndice, que corresponde � maior parte da perda.
Os profissionais que integram as equipes s�o contratados da Copasa e j� t�m experi�ncia com esse tipo de trabalho. Eles v�o atuar em 12 distritos – divis�o regional usada pela companhia – da Grande BH. As demandas v�o chegar por meio do telefone 115, que faz a triagem, encaminhadas ao distrito onde o vazamento que est� ocorrendo e o distrito desloca a equipe. “O ve�culo que estiver mais pr�ximo, e em condi��es de atender, vai ser deslocado e primeiro vai fechar o vazamento. Se o vazamento for um que ele tenha condi��es de consertar, ele j� faz esse conserto. Se n�o, se for um vazamento maior, ele aciona outras equipes mais capacitadas para resolver o problema”, explica Perilli. “O que nos interessa no momento � estancar o vazamento. A corre��o desse vazamento pode ser feita depois, o que n�o podemos � perder a �gua”, pontua.
O diretor da Copasa afirma que a geografia da Grande BH favorece a ocorr�ncia de vazamentos, devido � alta press�o da �gua na tubula��o. “O relevo da regi�o metropolitana nos obriga a abastecer resid�ncias que est�o com desn�vel geom�trico uma da outra de at� 500 metros. No Bairro Mangabeiras n�s estamos em uma cota 1 mil, n�s temos em Lagoa Santa cota 500, ou seja, n�s temos 500 metros de desn�vel. Isso gera press�es enormes que a gente vem combatendo com v�lvulas redutoras”. Segundo ele, os equipamentos reduzem a press�o em locais onde h� mais vazamentos. “Com isso, a rede de �gua submetida � menor press�o rompe menos”.
As liga��es clandestinas tamb�m v�o ser monitoradas pelo Programa Ca�aGotas. No ano passado a companhia identificou 1.044 liga��es clandestinas, o que configura, em m�dia, 20 irregularidades por semana. Segundo Perilli, as equipes noturnas estar�o equipadas com geofones para detectar os vazamentos e os “gatos”.
RACIONAMENTO Questionado sobre a possibilidade de medidas dr�sticas para reduzir o consumo de �gua na Grande BH, como o rod�zio e multa para o desperd�cio, o diretor voltou a afirmar que as medidas ainda ser�o analisadas caso o Instituto Mineiro de Gest�o de �guas decrete situa��o cr�tica no estado . “Hoje a posi��o da Copasa foi no sentido de conclamar a popula��o para o apoio na redu��o do consumo, ao mesmo tempo que enviou ao Igam os relat�rios solicitados para que a gente possa decretar a criticidade dos recursos h�dricos. A partir dessa decreta��o � que ser�o estudadas as pr�ximas medidas”.