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Estado de Minas

�gua volta a correr em balne�rio do Rio S�o Francisco em Pirapora

Apesar da menor vaz�o de Tr�s Marias, as chuvas e as cheias dos rios de Janeiro e Abaet� garantiram a alegria da popula��o de Pirapora e Buritizeiro, primeiras cidades abaixo da represa


postado em 12/02/2015 07:37 / atualizado em 12/02/2015 08:29


Apesar da menor vaz�o de Tr�s Marias, as chuvas e as cheias dos rios de Janeiro e Abaet� garantiram a alegria da popula��o de Pirapora e Buritizeiro, primeiras cidades abaixo da represa, separadas pelo Rio S�o Francisco, na Regi�o Norte de Minas Gerais. A �gua voltou a correr no conhecido “balne�rio das duchas do Velho Chico”, atrativo tur�stico de Pirapora, que estava seco havia meses. A enchente trouxe muita expectativa para moradores e, sobretudo, para o com�rcio local, que aguarda a chegada de visitantes para o carnaval. O comerciante Edvaldo dos Reis Muniz comemora a mudan�a do tempo e reza para que as precipita��es continuem. “Tudo depende da chuva”, diz.

O prefeito de Pirapora, Heliomar Valle da Silveira (PSB), ressalta que o aumento do n�vel do S�o Francisco � tempor�rio. “Ocorreu por causa das chuvas e da enchente nos rios Abaet� e de Janeiro. Assim que passarem as chuvas, o rio abaixa de novo”, disse ele. Silveira salientou que a manuten��o do volume do Velho Chico em um patamar razo�vel depende do reservat�rio de Tr�s Marias. Por isso, ele apoiou a redu��o da vaz�o. “Temos que segurar �gua para garantir a vaz�o do rio no per�odo cr�tico da seca, entre maio e outubro. Neste caso, quanto mais acumular em Tr�s Marias, melhor para todo mundo”, disse o prefeito.

Heliomar defende que a usina deixe de produzir energia e sirva exclusivamente para regular a vaz�o do Rio S�o Francisco. “Ela foi constru�da com essa finalidade”, comenta. O gerente do Servi�o Aut�nomo de �gua e Esgoto de Pirapora, Bruno dos Santos Guimar�es, lembra que a redu��o da quantidade de �gua liberada pelo reservat�rio ser� importante para garantir a tranquilidade no abastecimento da cidade no pico da estiagem.

Represa de Tr�s Marias

Apesar da melhoria do n�vel do reservat�rio da hidrel�trica de Tr�s Marias com as chuvas dos �ltimos 10 dias, a Ag�ncia Nacional das �guas autorizou nova redu��o do volume de �gua liberado pela usina. Em atendimento a proposta da Cemig e do Operador Nacional do Sistema El�trico, a vaz�o defluente foi reduzida para 100 metros c�bicos por segundo e novo corte ser� feito para 80m3/s. Com isso, o volume liberado, antes em 120m3/s, foi reduzido para o menor patamar hist�rico. Nova avalia��o ser� feita no fim do m�s.

Dois fatores foram considerados para a ado��o da medida: as previs�es meteorol�gicas e o baixo volume de chuvas at� agora, segundo o presidente do Comit� da Bacia Hidrogr�fica do Rio S�o Francisco, Anivaldo Miranda. Ele aponta um terceiro fator: as perspectivas para o sistema interligado de gera��o de energia n�o s�o boas. O alto consumo de eletricidade no m�s passado desarmou o sistema, resultando em um apag�o nas regi�es Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Mas, mesmo dizendo-se contr�rio � medida, ele afirma n�o ter se manifestado sobre a quest�o na reuni�o que definiu a redu��o, em Bras�lia. Segundo ele, representantes do Projeto Ja�ba, de agricultura irrigada, criticaram a medida. Mas prevaleceu a proposta de um cen�rio mais “conservador”.

O representante do comit� defende uma mudan�a de estrat�gia na opera��o do reservat�rio. Para  ele, no curto prazo deveria ser criada condi��o de uso do “volume morto”, para que a vaz�o defluente fosse mantida em patamar mais alto, enquanto a longo prazo at� mesmo o encerramento da gera��o em Tr�s Marias poderia ser estudado. “N�o � para ter uma farra de �gua rio abaixo. Temos que ter sacrif�cios � jusante e � montante. E, se preciso, repetir o que � feito no Para�ba do Sul, com a restri��o de outorga para uso da �gua. At� quando vamos s� reduzir a vaz�o?”, questiona Miranda.

As chuvas dos dias 4 a 10 deste m�s fizeram o reservat�rio subir de 10,56% do volume �til para 13,06%, n�vel mais alto desde 22 de junho do ano passado. O volume que entra no reservat�rio (vaz�o afluente) chegou a atingir 1.150m3/s, maior �ndice pelo menos nos �ltimos dois meses, segundo medi��es da Cemig.


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