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Estado de Minas

P�blico surpreende em bloco estreante e pr�-folia da Savassi recebe 10 mil pessoas

O que era para ser apenas um esquenta, ferveu, e multid�o ocupou as ruas da regi�o. No Jaragu�, festa come�ou com ax� e s� parou na Pra�a da Esta��o


postado em 14/02/2015 06:00 / atualizado em 14/02/2015 07:58

No point mais charmoso da cidade, trio foi cercado pelo dobro da multidão esperada. Como consequência, falta de estrutura atravessou o samba na Savassi(foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)
No point mais charmoso da cidade, trio foi cercado pelo dobro da multid�o esperada. Como consequ�ncia, falta de estrutura atravessou o samba na Savassi (foto: Marcos Vieira/EM/D.A.Press)

Se a sexta-feira foi a pr�via do carnaval, Belo Horizonte vai parar. Ontem, at� bloco estreante arrastou multid�o pelas ruas da cidade. Surpresa para os organizadores do Sexta Ningu�m Sabe: n�o imaginavam que quase 10 mil pessoas ocupariam todo o quadrante formado pelas ruas Fernandes Tourinho, Levindo Lopes, Ant�nio de Albuquerque e Sergipe, no cora��o da Savassi. Os quarteir�es fechados no entorno da pra�a tamb�m ficaram lotados, mas com a turma que n�o foi atr�s do bloco e preferiu o bate-papo e as inevit�veis paqueras. E, provando que a festa n�o tem endere�o fixo, a farra foi grande tamb�m no Jaragu�, na Regi�o da Pampulha, com a turma do Tchanzinho da Zona Norte, que terminou sua performance na Pra�a da Esta��o, no Centro da capital, onde j� estava o grupo do Tira o Queijo. E, mesmo onde a aglomera��o foi menor, a alegria n�o ficou devendo. Que o digam os integrantes do Beijo Grego, que se reuniram no encontro das ruas Rio Verde e Francisco Deslandes, no Anchieta, Centro-Sul de BH.

A previs�o de que o Carnaval da capital arrastaria multid�es j� � realidade. Mas, mesmo com todas as estimativas, mais uma vez a Belotur parece ter sido surpreendida, assim como os pr�prios respons�veis pelos grupos. Gustavo Lima, vice-presidente do Sexta Ningu�m Sabe, fundado h� quatro meses, n�o acreditou que a estimativa de publico estava perto das 10 mil pessoas. “� nosso primeiro ano e n�o t�nhamos no��o de que chegaria a tanto.”

Com o p�blico nos quarteir�es fechados, a Savassi recebeu cerca de 15 mil pessoas, mais uma vez acima da capacidade da estrutura oferecida pela administra��o municipal, principalmente pelo n�mero de banheiros qu�micos. Como resultado, mais uma vez os cantos viraram mict�rios a c�u aberto. Na chegada dos foli�es, policiais militares tiveram que se desdobrar para controlar o tr�nsito.



Mas, para quem s� queria pular, nada foi empecilho. “ H� dois anos descobri que n�o vale a pena sair de BH no Carnaval. A cada ano os desfiles de blocos crescem em anima��o e ficam mais organizados. Acho que vou perder a conta de em quantos vou at� o fim do feriado”, brincou a auxiliar de contabilidade �rika Pereira, de 28 anos.

Ningu�m segura o Tchanzinho

Do outro lado da cidade, na Pra�a Manoel dos Reis Filho, em frente ao Clube Jaragu�, o agito j� come�ou � tarde. E bastou o sol descer no horizonte para o p�blico se multiplicar. O Tchanzinho da Zona Norte comemora tr�s anos e tem chamado a aten��o de foli�es de v�rias regi�es da cidade. � a segunda vez que Sarah Borges e Breno, do Bairro Sion, na Zona Sul, comparecem para prestigiar o bloco. Para os dois, amigos, estudantes de teatro, o melhor do coletivo � a bateria e a for�a dos organizadores que agrega “gente de todas as artes”. Para Ana Lu�sa, de 34 anos, moradora do Bairro Planalto, bom mesmo � o repert�rio. “Cresci ouvindo essas m�sicas. E eles tocam muito bem”, elogia.

S�o 31 sucessos do ax� dos anos 1990. Do � o Tchan – principal inspira��o do bloco – s�o 24. De resto, Companhia do Pagode e Tchakabum. Na bateria, m�sicos dos blocos Baiana Ozadas, Ent�o Brilha e Juventude Bronzeada engrossam a percuss�o do Tchanzinho. Cerca de 80 instrumentistas sobram na levada do grupo comandado pelo maestro Picol�. Cris Lima, de 30, do Bairro Floramar, considera que o belo-horizontino est� reinventando a cidade com os blocos de rua. “� um movimento que conjuga divers�o e pol�tica. Mais que fazer a festa do jeito que a prefeitura quer, as pessoas est�o ocupando as ruas criticando o poder p�blico”, diz.

Artenius Daniel, o Tet�, conta que o Tchanzinho surgiu para “descentralizar e trazer a galera para a Zona Norte”. “A gente, aqui da ZN, pegava o �nibus assim, fantasiado, e as pessoas n�o entendiam que estava tendo carnaval na cidade. A�, a fam�lia do Picol� (Rodrigo Heringer) e os amigos da Escola de M�sica (da UFMG) organizaram o movimento”, diz. Para o professor e jornalista, a ideia do coletivo, al�m da alegria, � convocar a popula��o para refletir sobre as dificuldades da mobilidade urbana em Belo Horizonte. “A l�gica, infelizmente, � privilegiar o carro e o indiv�duo”, considera. Mas, para Tet�, o carnaval de rua j� tem feito muita gente repensar a cidade.

Por volta das 20h, cerca de 2 mil foli�es j� haviam fechado o entorno da Pra�a Manoel dos Reis Filho, complicando o tr�nsito na regi�o. A Pol�cia Militar refor�ou a seguran�a no quadrante. Vendedores ambulantes e o com�rcio local, atra��o � parte nas cercanias, n�o tinham do que reclamar. O Tchanzinho desceu a Avenida Sebasti�o de Brito rumo � Esta��o Primeiro de Maio. Depois de duas horas de festa em caminhada de m�sica e coreografias, parte do grupo seguiu de metr� para encerrar a festa na Pra�a da Esta��o.


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