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Estado de Minas

Ind�strias contestam taxa de 30% estabelecida pelo governo para poupar �gua

Empres�rios querem revis�o de percentual para o setor


postado em 15/02/2015 06:00 / atualizado em 15/02/2015 07:13

A ind�stria mineira contesta a taxa 30% de economia de �gua estabelecida pelo governo do estado para evitar um racionamento severo nos pr�ximos meses. E quer uma revis�o dos percentuais para o setor. A proposta � a aplica��o de �ndices escalonados para adequar o problema � realidade de empresas de diferentes portes e atua��o e, principalmente, entre aquelas que j� adotam pol�ticas de reuso. Onze entidades representantes de diferentes �reas da economia firmaram um pacto com o objetivo de encontrar solu��es para diminuir os impactos da restri��o. Uma das principais alega��es � a de que, enquanto cidad�os come�am a despertar para o reaproveitamento da �gua, na �rea produtiva ele tem sido feito h� pelo menos 10 anos para incrementar os neg�cios. O desafio � ampliar o alcance das a��es e das tecnologias.


A Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) afirma que a siderurgia tem hoje o maior �ndice de reuso de �gua (90%), seguido pela minera��o (80%) e pelo setor t�xtil (60%). “O custo para atualizar esses 30% de uma empresa que j� vem gradativamente reduzindo � muito alto. Aplicado linearmente, esse percentual vai prejudicar quem j� tem hist�rico de redu��o. Se j� tem 80% (de reuso), reduzir 30% nos 20% restantes � falar no fim em mais de 50% de diminui��o. Mantidas essas propor��es, as grandes empresas est�o pr�ximas dessa situa��o”, afirma o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares Costa. Segundo ele, o ritmo � mais lento nas pequenas ind�strias. No ano passado, das 2 mil empresas com at� 100 empregados visitadas pelas equipes do programa Minas Sustent�vel, 40% tinham implementado alguma a��o de redu��o de consumo.

De acordo com o Instituto Mineiro de Gest�o das �guas (Igam), o volume outorgado de �gua em Minas � de 224,45 metros c�bicos por segundo. O uso majorit�rio � feito pela agricultura (55,98%). Em segundo lugar est� o uso para consumo humano (21,82%) e em terceiro, o industrial, que inclui tamb�m minera��o (13,34%).

Por enquanto, a orienta��o acertada pelos representantes do setor produtivo � fazer o dever de casa b�sico. A primeira regra � verificar poss�veis vazamentos e perdas excessivas na produ��o. A segunda � analisar se a quantidade de �gua que est� sendo usada � realmente necess�ria. Num terceiro momento, a indica��o � investir na troca de maquin�rio ou incorporar tecnologias para permitir a economia de �gua. “As pequenas empresas ser�o impactadas no curto prazo diante da obriga��o de reduzir o consumo em 30%, pois 60% delas compram �gua das companhias p�blicas de saneamento”, diz Costa.

SOBREVIV�NCIA Na ind�stria t�xtil, a expectativa � de ampliar uma redu��o de consumo de �gua para 75%, segundo o presidente do Sindicato das Ind�strias T�xteis de Malhas de Minas Gerais (Sindimalhas-MG), Fl�vio Roscoe. “Para a ind�stria, �gua � custo e as empresas fizeram o dever de casa h� muito tempo por quest�o de competitividade. Reuso � quest�o de sobreviv�ncia.”

 

Palavra de especialista
Legisla��o � necess�ria
Diego Domingos da Silva
especialista em recurso h�dricos
“O poder p�blico ter� de se mobilizar rapidamente e voltar a aten��o para a ind�stria. Mas n�o pode simplesmente falar para n�o coletar �gua. � preciso incentivar novas t�cnicas e o reuso � o caminho. � necess�ria uma legisla��o para cobran�a e controle. A reutiliza��o se torna um problema, porque n�o se sabe para onde remar, por n�o haver par�metros no pa�s para seguir nem quais tecnologias usar. Uma legisla��o deve ser dividida por classes, separando os tipos de uso, dos mais aos menos nobres, at� chegar � potabiliza��o para consumo humano. Mas os par�metros devem ser coerentes com o reuso.”


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