Com carnaval, t�xi vira artigo de luxo

Nem cerveja nem �gua nem catuaba. Item de luxo na ala consciente do carnaval de Belo Horizonte � o t�xi. A cada bloco, dezenas de foli�es disputam com dedo em riste quem d� sinal para o pr�ximo taxista. Seja para voltar para casa ou buscar o pr�ximo bloco do dia, o transporte � a forma segura para quem quer aproveitar o carnaval, respeitando a Lei Seca e diminuindo o risco de acidentes.

 

N�o � toa, pela primeira vez, o taxista Jos� Deusdedit decidiu ficar em Belo Horizonte e trabalhar em pleno carnaval. “Antes n�o tinha sentido nenhum ficar aqui”, diz, sobre a baixa demanda por passageiros anos atr�s. Segundo ele, basta parar o carro em ruas pr�ximas dos blocos para os foli�es “brigarem” para ver quem vai primeiro. Nem mesmo os b�bados incomodam. “Pelo menos eles est�o sendo conscientes e preferindo ir de t�xi”, afirma. Gisele Ribeiro tamb�m comemora. “� o dia inteiro e a noite toda (de corridas). Deveria ser carnaval o ano todo”. Somente no s�bado, a taxista faturou cerca de R$ 400 a mais do que o habitual e ontem e expectativa era ainda maior.

Direto de Bambu�, no Centro-Oeste mineiro, o universit�rio Mateus Moreira e uma turma de amigos escolheram aproveitar o carnaval na capital pela primeira vez. Hospedados no Santo Ant�nio, eles s� saem de casa de t�xi e perambulam de bloco em bloco. “S� hoje peguei t�xi do Santo Ant�nio para o S�o Bento, de l� para c� (Avenida Brasil), e depois vamos voltar para o Santo Ant�nio”, diz ele. Al�m dos amigos, o motorista leva no porta-malas cinco fardos de cerveja e tr�s pacotes de gelo para abastecer a farra dos jovens. De t�xi, o administrador de empresas Nelson de Castro e a m�dica Jaqueline Castro preferiram deixar o carro no estacionamento e cair na folia sem ter que se preocupar com a volta para casa. “J� perdi muito amigo em acidente. Assim, a gente pode beber mais � vontade”, diz ela.

Mas, do outro lado, nem tudo � folia. Taxista h� quatro anos, Luiz Henrique Nunes Rocha reclama da dificuldade em pegar passageiros. “O tr�nsito est� ruim e a cidade n�o gira. O pessoal fica todo num lugar s�. Quando o bloco acaba, sai todo mundo de uma vez. � claro que n�o vai ter t�xi para todos”, afirmou.

EMBRIAGUEZ 
Um taxista com sintomas de embriaguez causou um acidente no Bairro Pindorama, Regi�o Noroeste de BH, na tarde de ontem. Segundo a PM, o taxista bateu na traseira de um Onix e  afirmou ter tomado uma cerveja, mas se recusou a realizar o teste do baf�metro. Pedro Moreira Rocha, de 44 anos, foi multado e encaminhado � delegacia do Detran.