
A campanha “Sou pela vida. Dirijo sem bebida”, como ficou conhecida a fiscaliza��o da Lei Seca mineira, tirou folga neste carnaval em BH. H� blitzes da Pol�cia Militar, mas nada que enfrente o bombardeio das ind�strias de bebidas com suas a��es promocionais na folia da capital. Desde o dia 12, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), que coordena a campanha, deixou de realizar a opera��o integrada. Naquele dia, o balan�o foi de 161 abordagens e ningu�m detido por dirigir sob efeito de bebida alco�lica.
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O pesquisador Waldir Ribeiro Campos, autor do estudo “Beber e dirigir em Minas Gerais”, que considera a iniciativa positiva, criticou a suspens�o da a��o durante o carnaval. “Fico perplexo, pois isso vai contra todo avan�o em dire��o a uma pol�tica para a quest�o do �lcool. Uma campanha educativa deveria ter sido preparada antes do carnaval, pois o contexto � de sa�de p�blica”, afirmou.
Em tr�s dias de festa, n�o foi divulgado balan�o parcial de motoristas flagrados embriagados nas blitzes da PM. At� o fim da tarde de ontem, em 10 horas do plant�o policial do Detran, o delegado Fernando Andrade somava cinco motoristas detidos por dirigir sob efeito de �lcool, que, segundo informou a assessoria da Pol�cia Civil, foram detidos em blitzes.

Na contram�o da estrat�gia da pol�cia mineira, no Rio de Janeiro, palco do maior carnaval do pa�s, uma megaopera��o foi tra�ada para fiscalizar os mais tradicionais pontos de festejo, como as praias da Zona Sul carioca e a Regi�o dos Lagos, pela manh� e � noite. Ser�o 75 blitzes com atua��o de 250 agentes, at� mesmo no Samb�dromo.
Em Minas, por quest�o estrat�gica, a PM n�o informa o n�mero de agentes nas opera��es e nem quantas blitzes ser�o realizadas. O tenente-coronel C�ssio Eduardo, do Batalh�o de Policiamento de Tr�nsito (BPTran), afirma que, desde a sexta-feira, ocorre a��o de maior porte, no fim da noite e madrugada, em grandes corredores na �rea central, com apoio da Guarda Municipal. “Al�m da blitz conjunta, todas as nossas equipes, quando n�o empenhadas em casos de acidentes, est�o priorizando a fiscaliza��o”, afirmou.
VISIBILIDADE O consultor de tr�nsito Alfredo Peres, ex-diretor do Denatran, considerou “estranha” que uma campanha como a “Sou pela vida”, que integra v�rios setores de seguran�a e tem a��es educativas, tenha sido suspensa exatamente no per�odo de folia. “Como querer ganhar o jogo com sete jogadores ao contr�rio de 11?”, questionou. O consultor, que integrou a comiss�o de elabora��o do anteprojeto do C�digo de Tr�nsito Brasileiro (CTB), � defensor de interven��es educativas no tr�nsito e participa��o integrada de estado e munic�pio.
Peres destaca que a continuidade de campanhas como a “Sou pela vida” representa maior visibilidade da fiscaliza��o, do n�mero de equipamentos, como baf�metros e viaturas, al�m de pessoal, com melhores resultados e economia.
MEM�RIA:
Copa tamb�m sem blitzes
Em plena Copa do Mundo de 2014, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) tamb�m deixou de realizar as blitzes da campanha “Sou pela vida. Dirijo sem bebida”. Ao longo dos 31 dias de disputa do evento, apenas um motorista foi detido pela Pol�cia Militar em Belo Horizonte, apesar do aumento do consumo de bebidas alco�licas na capital, que foi uma das cidades-sede do Mundial. Em m�dia, at� a data da suspens�o da campanha, no ano passado, eram 36 presos por m�s. � �poca, a justificativa da PM foi que as opera��es demandavam maior efetivo policial e que durante o torneio de futebol as maiores preocupa��es eram outras. (Pedro Franco)





