
Conforme o delegado, a informa��o preliminar foi repassado pelo legista. O profissional informou que a causa da morte teria sido um infarto agudo do mioc�rdio e que havia uma cardiopatia pret�rita, ou seja, a v�tima j� teria um problema no cora��o. No entanto, somente os exames v�o confirmar a exist�ncia de uma doen�a anterior. O delegado tamb�m vai procurar a fam�lia de Humberto para apurar a informa��o. “O fato � que efetivamente a intoxica��o alco�lica aconteceu em graus elevados, sem a devida hidrata��o e, sem o suporte vital, que n�o foi prestado, o quadro acabou agravando”, afirma Granja, que tamb�m ressalta o fato de que outras tr�s pessoas, com o mesmo perfil, tamb�m foram hospitalizadas por causa do consumo exagerado de �lcool na festa.
A Justi�a de S�o Paulo concedeu liberdade provis�ria aos dois organizadores da festa de rep�blicas de Bauru. Os jovens, que n�o tiveram os nomes divulgados, foram autuados em flagrante por homic�dio com dolo eventual e les�o corporal de natureza grave dos outros tr�s estudantes que foram hospitalizados. Conforme o delegado, o crime � classificado como omissivo impr�prio, uma vez que a festa previa entre suas “tarefas” uma gincana de consumo de bebida alco�lica e, considerando que algu�m pudesse ter a sa�de agravada nesta situa��o, era obriga��o dos organizadores oferecer uma estrutura de sa�de adequada, como a presen�a de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) m�vel.
A festa contava apenas com uma ambul�ncia, descaracterizada, apenas com um ch� de boldo para oferecer a quem passasse mal. “A previs�o era de que tivesse mais de 2 mil pessoas na festa, o valor m�dio do ingresso era R$ 45. Um suporte vital tinha que estar no local, e com um profissional apto para fazer a interven��o. Tenho certeza absoluta que a aus�ncia do suporte contribuiu diretamente para o �bito do Humberto”, explica Kleber Granja. Segundo ele, havia uma enfermeira no local, mas ela n�o teve condi��es adequadas de atender o jovem al�m dos primeiro socorros.
A Pol�cia Civil j� ouviu os organizadores, testemunhas, funcion�rios da festa e socorristas. Foram recolhidas garrafas de vodca e copos pl�sticos de 50 ml onde a bebida era servida aos participantes da competi��o. Com base nas evid�ncias, foi feita uma reconstitui��o preliminar com uma testemunha presencial.
Excesso de �lcool
Natural de Passos, no Sul de Minas Gerais, Humberto cursava o do 4º ano do curso de engenharia el�trica da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O corpo do rapaz foi sepultado na noite passada.
No domingo, em entrevista ao Estado de Minas, o delegado que estava de plant�o no momento, M�rio Ramos, informou que ele participou de uma prova et�lica. “Um copo de 50 mililitros de vodca, similar aos que s�o usados para tomar caf�, era colocado na frente dos participantes e eles tinham que beber de uma vez. Depois de um minuto, o copo era reabastecido. Ganhava a prova quem ficasse por �ltimo. As informa��es que obtivemos d�o conta de que Humberto ingeriu de 25 a 30 copos”, afirmou.
Conforme o delegado, o caso foi encaminhado ao juiz da cidade, que confirmou a materialidade do flagrante e aplicou a legisla��o de liberdade provis�ria aos envolvidos, que n�o t�m antecedentes criminais e possuem resid�ncia fixa. Os jovens s�o amigos das v�timas e t�m entre 20 e 25 anos. O delegado ainda deve ouvir mais testemunhas.
ALERTA O delegado criticou a aus�ncia de uma legisla��o espec�fica e maior fiscaliza��o desse tipo de evento. “(A festa) N�o tinha qualquer suporte vital, n�o tinha ambul�ncia com aparato de UTI, o corpo de seguran�a � bem fr�gil. N�o tinha alvar� dos Bombeiros, da Pol�cia Militar, da Pol�cia Civil”, explica Kleber Granja. Ele ainda alerta para a seriedade com a qual esses casos precisam ser tratados. “Abre-se um precedente perigoso, s�o pessoas que est�o se formando para ser multiplicadores de opini�o. Isso n�o pode ser considerado como brincadeira, como coisa sem import�ncia. � muito grave e tem que ser enfatizado”, pontua.
Com informa��es de Guilherme Parana�ba