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Estado de Minas

Universit�rio mineiro que morreu em festa regada a �lcool tinha problemas card�acos, diz IML

Os legistas constataram que o estudante era portador de doen�a card�aca - tinha o cora��o dilatado e estreitamento nas coron�rias


postado em 04/03/2015 14:16 / atualizado em 04/03/2015 17:56

Estudante morreu ao consumir grande quantidade de álcool em competição(foto: Reprodução/Facebook)
Estudante morreu ao consumir grande quantidade de �lcool em competi��o (foto: Reprodu��o/Facebook)
O laudo necrosc�pico do Instituto M�dico Legal (IML) confirmou que o estudante mineiro Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, tinha problemas card�acos. Os exames confirmaram que a morte do jovem durante uma competi��o de bebidas alco�licas em uma festa universit�ria foi causada de enfarte no �ltimo s�bado, 28, em Bauru, no interior de S�o Paulo. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai abrir sindic�ncia para apurar as responsabilidades da Inter Reps.

Os legistas constataram que o estudante era portador de doen�a card�aca - tinha o cora��o dilatado e estreitamento nas coron�rias - e que o consumo exagerado de �lcool pode ter potencializado o problema, reduzindo a circula��o do sangue para o cora��o e causando o enfarte que o matou. "� muito prov�vel que o consumo excessivo de �lcool tenha potencializado a doen�a preexistente", disse o diretor do IML de Bauru, Roberto Carlos Echeverria.

O delegado respons�vel pelo inqu�rito Kleber Granja j� tinha adiantado ao em.com.br na �ltima segunda-feira que o laudo preliminar apontou problemas card�acos no jovem. Por�m, nesta quarta-feira condenou a divulga��o do resultado. “O que aconteceu foi um vazamento das informa��es por parte do IML. Isso vai ser objeto de uma apura��o interna. O resultado ainda nem chegou para mim. O legista est� suscet�vel a uma puni��o administrativa”, disse.

Estudante do �ltimo ano de Engenharia El�trica, Fonseca entrou em coma alco�lica ap�s ter bebido, segundo a pol�cia, 25 doses de vodca. Outras tr�s pessoas que participavam da "competi��o" foram internadas em coma alco�lica. Duas delas receberam alta. Apenas a estudante Gabriela Alves Correa, de 23, continua internada. Todos estudantes s�o da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Bauru, que abriu sindic�ncia para apurar o caso.

O delegado Kleber Granja, que preside o inqu�rito, disse que o resultado do laudo n�o muda a linha das investiga��es e a concep��o da pol�cia de que os organizadores da festa assumiram os riscos ao realiz�-la sem alvar�s para comercializar bebidas alco�licas e n�o disponibilizar estrutura adequada de socorro aos frequentadores.

Segundo Granja, por enquanto apenas os estudantes Lu�s Henrique Menegatti, de 22, e Gabriel Juncal Pereira, de 25, tamb�m da Unesp, s�o apontados como organizadores da festa e poder�o responder, ao final do inqu�rito, por crimes de homic�dio com dolo eventual (quando n�o tem inten��o, mas se assume o risco) e tr�s les�es corporais, tamb�m com dolo eventual. O delegado se recusou a passar detalhes da investiga��o em fun��o do segredo de justi�a. Granja disse que decidiu decret�-lo "para garantir o bom andamento do inqu�rito".

Abertura de sindic�ncia

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai abrir sindic�ncia para apurar as responsabilidades pela festa. A medida foi determinada pela Assessoria Jur�dica da Unesp, que n�o informou a data de in�cio nem o prazo para conclus�o dos trabalhos.

A iniciativa, de acordo com a Unesp, tem o objetivo de investigar as irregularidades, apontar quais estudantes da institui��o participaram da organiza��o da festa e das competi��es com bebidas alco�licas e punir os respons�veis. Os outros estudantes internados em coma alco�lico tamb�m teriam participado da competi��o.

O Minist�rio P�blico (MP) tamb�m abriu inqu�rito. Para o �rg�o, o evento era clandestino, pois n�o tinha alvar�s para ser realizado e n�o obedecia � lei. A Promotoria suspeita de que as festas de estudantes se tornaram um neg�cio, com organizadores que obt�m lucros financeiros enquanto colocam a seguran�a dos frequentadores em risco.

O inqu�rito foi aberto pelas Promotorias dos Direitos do Consumidor, da Arquitetura e Patrim�nio e da Crian�a e do Adolescente. Esse, por�m, n�o � o primeiro inqu�rito sobre festas universit�rias. Desde novembro de 2014, o MPE de Bauru apura, em outro inqu�rito, a realiza��o de festas clandestinas na cidade. Duas delas chegaram a ser canceladas por liminares obtidas na Justi�a.


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