
Villalta informou que seu pedido de apura��o foi atendido pela diretoria da Fafich, que ir� criar uma comiss�o de sindic�ncia, e tamb�m pela Pr�-reitoria de Administra��o, que far� na pr�xima semana uma reuni�o para estudar uma pol�tica de castra��o para controle da popula��o felina no c�mpus da UFMG. As a��es tamb�m dever�o envolver campanha educativa para que as pessoas n�o abandonem gatos e c�es no local.
Ao chegar para trabalhar na segunda, Alessandro Magno da Silva, secret�rio do Programa de P�s-gradua��o em Ci�ncia Pol�tica, se surpreendeu ao encontrar felinos mortos na entrada da Fafich. “O que ocorreu tempos atr�s est� se repetindo. Com o aumento do n�mero de gatos, voltou a matan�a. N�o se sabe ao certo se por envenenamento ou maus tratos. As mortes coincidiram com a volta �s aulas”, disse Silva. Ao falar da matan�a, Maria Hedwiges se emocionou. “Semana passada, encontramos um gato preto morto. Na segunda, eram cinco filhotes mortos, um ao lado do outro, e mais dois adultos. Outros seis est�o sumidos e podem estar mortos tamb�m. Fiquei extremamente sentida.”
Alguns funcion�rios acreditam que os gatos poderiam ter sido mortos por c�es que circulam no c�mpus. A hip�tese � afastada pela presidente do BastAdotar, Mailce Mendes. “Tenho convic��o que tem gente fazendo maldade com eles. N�o � a primeira vez nem a segunda nem a terceira”, disse. O primeiro caso ocorreu em 1999 (veja mem�ria). Em janeiro do ano passado, sete gatos foram mortos e o caso foi levado � Delegacia de Prote��o aos Animais. No entanto, a investiga��o ainda n�o foi conclu�da. A falta de seguran�a no c�mpus foi apontada por Mailce como uma das raz�es para a matan�a. No entanto, segundo ela, embora os casos da Fafich tenham mais visibilidade, o problema ocorre em outras unidades, o que, na avalia��o da ativista, aponta para a necessidade de uma pol�tica da universidade para enfrentar o problema.
PARCERIA
Uma parceria entre a Fafich, a universidade e a Prefeitura de Belo Horizonte � uma dos caminhos para melhorar o tratamento aos gatos, na avalia��o do diretor da unidade, Fernando Filgueiras. “As pessoas abandonam os animais na Fafich, mas n�o temos infraestrutura para acolh�-los”, afirmou. Ele lembra que a solu��o do problema � mais complexa e n�o se resolve apenas com a retirada dos animais. A popula��o de gatos j� chegou a cerca de 100 animais, mas, atualmente, seriam 30. “A comunidade est� dividida sobre os gatos. Pessoas ligadas ao grupo de prote��o aos animais trabalham para o acolhimento e castra��o. Mas h� quem n�o goste da presen�a dos animais”, disse Filgueiras. As principais queixas que o diretor recebe s�o referentes �s fezes e a presen�a dos animais nas cantinas e corredores da unidade. Segundo ele, as quest�es sanit�rias preocupam as pessoas. “N�o podemos fingir que o problema n�o existe, mas n�o temos meios e estrutura para resolv�-los. Precisamos estabelecer parcerias com a universidade e a prefeitura”, pontuou.
MEM�RIA
Massacre se repetiu em outros anos
Em 1999, no feriado de 12 de outubro, nos jardins em flor da Fafich, cerca de 50 gatos foram sedados, recolhidos e exterminados nas c�meras de g�s da Zoonose da Prefeitura de BH. No retorno do recesso, alunos, funcion�rios e professores da UFMG se revoltaram com o que ganhou repercuss�o al�m dos limites do campus como “massacre dos gatos”. Desde ent�o, as mortes ocorrem quase que anualmente entre janeiro e mar�o. Em 2011, 14 gatos foram assassinados friamente. Alguns, filhotes decapitados e escalpelados. Outros tiveram o cr�nio esmagado. A crueldade despertou a revolta de ativistas de v�rias partes do mundo. No ano passado, sete felinos foram mortos em janeiro. Nos tr�s epis�dios, ningu�m ainda foi responsabilizado.