
Mesmo depois do Governo Federal garantir o retorno do repasse de verbas para as universidades, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) informou que ainda n�o tem previs�o de retomar o ritmo normal de suas atividades. Em novembro e dezembro de 2014, a institui��o recebeu cerca de R$ 30 milh�es a menos do que o previsto no or�amento aprovado pelo Congresso. Por causa do d�ficit acumulado ainda no ano passado, ainda sem indica��o de ser compensado, os gastos da institui��o v�o se manter reduzidos, pelo menos por enquanto.
Com a aprova��o da Lei do Or�amento Anual, pelo Congresso, no dia 17, os repasses da Uni�o ser�o normalizados ao ritmo mensal de 1/12 e n�o mais de 1/18 avos, como vinha sendo aplicado desde janeiro. Mesmo assim, a UFMG ainda vai seguir com os cortes de gastos. “Para minimizar os impactos causados pelos cortes nas atividades-meio, o reitorado suspendeu pagamentos de contas de �gua e luz, adiou investimentos e priorizou pagamentos de bolsas e execu��o de projetos acad�micos. Como h� compromissos atrasados a serem saldados nos pr�ximos meses, a disponibilidade financeira para custeio em 2015 se mant�m reduzida”, informou a UFMG por meio de nota.
A vota��o do or�amento no Congresso torna sem efeito o Decreto Federal 8.389/2015, de 7 de janeiro, que limitava o repasse mensal em 1/18 do or�amento anual at� a aprova��o da Lei.
A situa��o vivida pela universidade, causa revolta e desconfian�a de estudantes e professores. No fim da manh� desta quinta-feira, um protesto foi feito na porta dos dois bandej�es no c�mpus Pampulha.
A manifesta��o na porta dos bandej�es foi organizada pelo movimento UFMG Sem Catracas em defesa da educa��o p�blica no pa�s. No evento de convoca��o para o ato os organizadores dizem: “N�s n�o estivemos nas ruas nem no dia 13 que defendia o governo, mesmo com todos os cortes nas �reas sociais, nem no dia 15, que pedia o impeachment de Dilma, inclusive porque sabemos que na �poca de FHC n�o era diferente e tamb�m n�o seria se fosse outro governante que, como Dilma, prefere tirar os direitos do povo para garantir os lucros dos banqueiros. N�s acreditamos que para al�m da rixa desses dois campos, n�s precisamos nos mobilizar pelos problemas concretos que hoje afetam a vida do povo”.
Tamb�m nesta quinta-feira, o Movimento Estudantil (ME) da UFMG realizou uma audi�ncia p�blica no c�mpus para discutir o corte de verba. Uma manifesta��o maior est� marcada para acontecer no dia 26 de mar�o.
