
Moradores do Bairro Santa Tereza, na Regi�o Leste de Belo Horizonte, e de outras �reas da cidade ainda ter�o que esperar para ver o novo Cine Santa Tereza. O im�vel vai dar lugar ao Centro Cultural Santa Tereza, mas ainda n�o tem data para a inaugura��o. A Prefeitura ainda faz os �ltimos levantamentos para abrir a licita��o para compra de equipamentos de som, luz e de proje��o e para escolha da empresa que administrar� o caf�, constru�do no local. A previs�o, segundo Jos� Ricardo da Costa Miranda J�nior, diretor do museu da imagem e do som da Funda��o Municipal de Cultura, � que a abertura aconte�a em agosto.
As obras de restaura��o do pr�dio, que � da d�cada de 1940, teve fim em agosto de 2014, onze anos depois de ser inclu�da no Or�amento Participativo. Por�m, a licita��o para compra de equipamentos ainda n�o foi lan�ada. “Estamos fazendo todos os levantamentos para fazer a licita��o. J� estamos em um per�odo um pouco mais avan�ado. Temos que fazer algumas aprova��es espec�ficas relativas a equipamentos que est�o sendo revistos. S�o pormenores, mas que demanda tempo. Acredito que nos pr�ximos dias ela deve ser publicada, por�m n�o tem como fazer uma previs�o”, comentou Jos� Ricardo.
Mesmo com o fim da restaura��o, alguns ajustes ainda est�o sendo feitos, principalmente, no cinema. “Tem alguns detalhes a serem feitos. L� foi planejado, inicialmente, como Centro Cultural. Por isso, est�o sendo feitas adapta��es para ser cinema, quest�o que teve muito debate”, afirma o coordenador. Os acertos s�o realizados na ac�stica, ilumina��o, e infraestrutura. “Tem que levar em considera��o que est� tudo ligado. Por isso, quando tem que mexer em um, precisa-se mexer no outro, consideravelmente”, explica.
A previs�o para a reabertura do im�vel � agosto deste ano. “� uma aproxima��o, existe sim a possibilidade de se abrir neste per�odo, mas claro que diversas pequenas quest�es podem adiantar ou atrasar um pouco. Posso garantir que neste ano, com certeza, vai reabrir”, afirma o diretor do museu da imagem e do som.
A restaura��o do pr�dio come�ou no in�cio de 2013 e sofreu dois atrasos no cronograma de entrega. Custou R$ 1,7 milh�o e foi patrocinada pela mineradora Vale, em contrapartida �s obras de moderniza��o da linha f�rrea entre os bairros Horto, na Regi�o Leste da capital, e General Carneiro, em Sabar�, regi�o metropolitana. A prefeitura deve investir mais R$ 1,5 milh�o em infraestrutura e equipamentos.
As caracter�sticas arquitet�nicas do espa�o interno foram preservadas, mas houve pequenas altera��es. A sala de cinema, por exemplo, foi constru�da na parte de cima, onde ficavam os antigos camarotes. A laje foi expandida, criando um segundo piso. O espa�o multiuso, onde era a antiga sala de exibi��o, no andar t�rreo, ganhou piso reto e recebeu janelas feitas com tijolos de vidro vazados para ventila��o e ilumina��o. O ambiente interno, que era todo pintado de preto, recebeu branco no teto e marfim nas paredes. O hall de entrada e o caf� ganharam uma cor mais alegre, de cer�mica.
Rampas e banheiros adaptados para cadeirantes foram constru�dos, assim como uma plataforma para acesso dos mesmos ao segundo andar. A fachada do pr�dio � tombada pelo Conselho Municipal do Patrim�nio e as caracter�sticas do arquiteto italiano Rafaello Berti, em estilo art-d�co, foram preservadas.