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Estado de Minas

Homem morre de infec��o generalizada depois de ser mordido pela cunhada em Passos

Segundo as investiga��es, a v�tima passou etanol no ferimento para poder desinfetar. Ele chegou a receber atendimento por duas vezes em uma UPA da cidade


postado em 25/03/2015 17:05 / atualizado em 25/03/2015 22:50

M�dicos de uma Unidade de Pronto-Atendimento de Passos, no Sul de Minas, podem ser responsabilizados pela morte de Nilton Jos� da Silva. O homem teve infec��o generalizada depois de ser mordido pela cunhada, durante uma briga. Para tentar desinfetar o ferimento, inicialmente ele passou etanol no bra�o. Depois, chegou a ser atendido em dias diferentes por dois profissionais, que receitaram medicamentos que n�o surtiram efeito. A respons�vel pela agress�o ser� indiciada por les�o corporal seguida de morte, crime cuja pena pode variar de quatro a 12 anos de pris�o.

A briga aconteceu em 24 de fevereiro. Testemunhas relataram � Pol�cia Civil que Aparecida Michela Serafim foi at� a casa de Nilton Jos� da Silva para conversar com o companheiro dela, que estava no im�vel. Os dois come�aram a discutir e Nilton tentou separar o casal. “Durante o tumulto, a mulher mordeu o bra�o do cunhado. A mordida tirou parte da pele, que chegou a ficar pendurada”, afirma o delegado Marcos de Souza Pimenta, chefe da Delegacia de Homic�dios da cidade.

Depois da agress�o, Nilton foi orientado pela m�e ir a um posto de gasolina e passar etanol no ferimento, o que n�o resultou em melhora. “Uma semana depois, as dores se intensificaram e ele procurou uma Unidade de Pronto-Atendimento, onde o m�dico lhe deu rem�dio para gripe e anti-inflamat�rios”, explica o delegado.

Mesmo com os medicamentos, as dores aumentaram e Nilton voltou a procurar a unidade de sa�de no dia seguinte. Conforme as investiga��es, outro m�dico atendeu o paciente e prescreveu azitromicina, um antibi�tico. Antes de deixar o local, o paciente pediu para tomar soro, pois estava se sentindo fraco, e foi atendido. “Enquanto estava na maca, houve troca de turno. O profissional que assumiu o servi�o notou que a situa��o de Nilton n�o era boa. Depois de pedir exames, ele logo o encaminhou para a Santa Casa de Passos, para ser operado, pois estava com infec��o generalizada”, comenta Pimenta. O paciente acabou morrendo durante o procedimento.

A Pol�cia Civil s� foi procurada pelos familiares em 11 de mar�o. “Eles compareceram � delegacia, dizendo que estavam inconformados, j� que a mulher respons�vel pela mordida n�o tinha sequer sido ouvida. Segundo eles, a PM compareceu ao local no dia da briga, mas n�o registrou um boletim de ocorr�ncia”, acrescentou o policial.

Investiga��es


Tanto a agressora quanto testemunhas j� foram ouvidas na delegacia. O delegado tamb�m pediu o prontu�rio m�dico de Nilton, que ser� submetido a an�lise de m�dicos-legistas da Pol�cia Civil. “A mulher deve ser indiciada por les�o corporal seguida de morte. Tamb�m vou dar sequ�ncia �s investiga��es, para verificar se houve neglig�ncia, imper�cia ou imprud�ncia dos profissionais de sa�de. N�o est� descartado o indiciamento de mais pessoas”, afirmou o chefe da Delegacia de Homic�dios.

Outra situa��o que chamou a aten��o dos investigadores foi o atestado de �bito expedido pela Santa Casa de Passos. “Em todas as mortes violentas, � imperiosa a necropsia por m�dicos do Instituto M�dico-Legal e, nesse caso, o exame n�o foi feito. Por isso, a Pol�cia Civil n�o tomou conhecimento imediato do epis�dio. N�o descarto fazer a exuma��o do corpo, para melhor an�lise pericial”, revelou Pimenta.

O inqu�rito deve ser conclu�do dentro de 30 dias. A princ�pio, est� descartado o pedido de pris�o para Aparecida Serafim.


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