
Conforme o estudante, a mobiliza��o foi organizada em grupos do Facebook onde o assunto � constantemente abordado. “Os movimentos de jovens que participam do movimento LGBT sentiram um impulso para manifestar sobre o racismo, o preconceito e a homofobia ap�s o texto que publiquei. Esses problemas acontecem aqui h� muito tempo, principalmente dentro das rep�blicas, que simplesmente menosprezam e ignoram os gays”, disse Cl�udio.
Veja um trecho do texto publicado pelo estudante em seu blog:
“N�o vou dizer que essa � a primeira vez que enfrento preconceito, at� porque isso seria imposs�vel, mas em outros cantos onde estudei, como no Rio de Janeiro, vencer isso foi f�cil. Meu curso de Biblioteconomia me introduziu a um campus onde a homofobia � praticamente inexistente, e os poucos que ainda estranham a homossexualidade acabam percebendo que n�o existe nenhum monstro ali, aprendem a conviver e se integram.
Meu melhor amigo do curso era hetero e eu nunca tive que lidar com um olhar torto. Depois de um ano e meio, quando mudei para Administra��o, foi um pouquinho diferente. Eu era o �nico gay da turma, ou o �nico que tinha um relacionamento declarado no Facebook e n�o ligava de responder perguntas sobre isso. Os meninos estranharam porque nunca lidaram com isso, mas em duas horas est�vamos todos bebendo como se nos conhec�ssemos h� dois anos.
Vieram as perguntas curiosas e, depois de respondidas, ser gay voltou a fazer parte do segundo plano na minha vida. Me acostumei com isso, com a ideia de que as pessoas da nossa gera��o eram sensatas e compreendiam que � imposs�vel todo mundo gostar da mesma coisa”
Procurada pelo em.com.br, a Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) informou que repudia todo e qualquer ato de viol�ncia de discrimina��o, seja ela de qual natureza for. E que a universidade vai abrir um processo para apurar os casos que forem denunciados. Ainda de acordo com a Ufop, protestos como o registrado nesta sexta s�o sintom�ticos para problemas que possam acontecer de forma velada, pois muitas pessoas podem ter medo de denunciar por poss�veis repres�lias, mas que est� atenta ao caso.
Conforme Rafael Magdalene, pr�-reitor de Assuntos Comunit�rios e Estudantis da Ufop, foi aberto um canal dentro do site da universidade para que haja uma melhor comunica��o com os alunos. “Estamos abertos para conversar com os estudantes. Em rela��o �s rep�blicas federais, vamos analisar caso a caso, e se soubermos da exist�ncia de atos homof�bicos ou crimes contra a mulher, comunicaremos imediatamente � Pol�cia Militar e em seguida vamos instaurar medidas internas para resolver o caso”, disse.
