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Estado de Minas

Alunos da UFMG cobram provid�ncias para coibir tr�fico de drogas no c�mpus

Den�ncia de venda de drogas e viol�ncia no c�mpus provoca novas reclama��es de estudantes da UFMG sobre a presen�a de traficantes, principalmente no Diret�rio Acad�mico da Fafich


postado em 28/03/2015 06:00 / atualizado em 28/03/2015 07:37

Estudantes fizeram críticas e desabafos também pelas redes sociais e por telefone sobre a situação no câmpus da Pampulha(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Estudantes fizeram cr�ticas e desabafos tamb�m pelas redes sociais e por telefone sobre a situa��o no c�mpus da Pampulha (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

As den�ncias sobre tr�fico de drogas e viol�ncia geraram novas reclama��es de estudantes sobre a situa��o na UFMG. Nessa sexta-feira, no c�mpus, por e-mail, telefonemas e mensagens nas redes sociais, alunos voltaram a demonstrar preocupa��o, principalmente com a Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas (Fafich). “Sou aluna do noturno. Na ter�a-feira, eu vi jovens de 16 e 17 anos consumindo crack pr�ximo ao Diret�rio Acad�mico. O consumo de maconha foi sempre comum. Era cada um na sua. Para mim, estava ok, mesmo n�o compactuando com essa atividade. Mas a situa��o est� ficando perigosa. As aulas acabam �s 21h30 e fico com medo de andar sozinha nos corredores da Fafich. O pr�dio � escuro e sem ilumina��o”, desabafou uma estudante, por telefone.

Por WhatsApp, outra aluna enviou fotos de adolescentes usando droga nas depend�ncias da Fafich: “Esse grupo tomou posse do Diret�rio Acad�mico e faz isso sempre. Piora nas sextas-feiras, porque fica lotado l�. Eles fumam e colocam som alto e todos t�m medo de passar perto”. Estudante do curso de hist�ria no per�odo noturno, Mateus Botelho, de 31 anos, diz que alguma medida precisa ser tomada, principalmente � noite, como a suspens�o das aulas, por causa da inseguran�a. “Infelizmente, isso pode gerar transtornos, porque ser� necess�rio repor as aulas perdidas. Mas o que est� acontecendo na Fafich n�o pode continuar. Conhe�o pessoas que j� foram coagidas ou j� sofreram ass�dio. Al�m disso, um ambiente para disseminar o conhecimento n�o pode ser marcado pelo tr�fico de drogas”, avaliou.

Outro jovem, que preferiu n�o se identificar, discordou dos demais e disse que os furtos, roubos e ass�dio n�o t�m liga��o com consumo de drogas. “O que est� acontecendo j� � comum h� muito tempo. Est� enraizado na nossa sociedade desde sempre. Temos que debater a ocupa��o dos espa�os da universidade para resolver a situa��o”, afirma. Outro aluno, que tamb�m pediu anonimato, disse que o caminho n�o � aumentar repress�o, com pol�cia, c�meras e catracas. “A universidade tem que encontrar uma solu��o sem restringir de forma dr�stica o acesso e tamb�m sem expor as pessoas ao constrangimento e ao medo do tr�fico de drogas”, criticou.


FESTA GERA APREENS�O
Outra preocupa��o na Fafich � a festa realizada todas as quintas-feiras no c�mpus. Em nota, o diretor da Fafich, Fernando Filgueiras, se mostrou preocupado. Ele considerou os flagrantes obtidos pelo Estado de Minas e pela TV Alterosa decorrentes da festa. Na quinta-feira, a reportagem esteve no evento chamado de “Na Tora”, g�ria para definir a express�o “� for�a” e que ocorre sem policiamento e seguran�a. “Informamos que a Diretoria da Faculdade de Filosofia e Ci�ncias Humanas vem tomando todas as medidas cab�veis ao caso, prestando informa��es a todas as autoridades competentes. O ocorrido � efeito de eventos no c�mpus universit�rio, em particular o “Na Tora”, em depend�ncia externa � Faculdade”, diz o diretor.

Segundo alunos, professores e funcion�rios da institui��o, o consumo de drogas dentro do c�mpus costumava acontecer apenas de forma discreta em locais baldios e escuros, um deles o espa�o de jardins atr�s do estacionamento da Fafich, que os alunos chamavam de “milharal”.

Contudo, segundo esse relato, depois que uma festa regada a consumo de drogas e �lcool foi vetade em um bar que funcionava nas depend�ncias do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB), o evento ganhou a mata entre o “milharal” e o refeit�rio universit�rio, dando in�cio � nova festa.

Na �ltima quinta-feira, a confraterniza��o tinha m�sica eletr�nica e um DJ. Entre os estudantes, no entanto, transitavam adolescentes que usavam canecas para disfar�ar o consumo de �lcool, servido em grandes recipientes de isopor  por ambulantes que estavam nas esquinas e no meio da festa.


O barranco gramado que casais aproveitavam para namorar e curtir o som tamb�m era frequentado por traficantes, que vendiam maconha, coca�na e LSD, conforme constatou a reportagem. “A festa aqui vara a noite. Se precisar de uma parada (drogas), � s� procurar a gente”, disse um rapaz num grupo de tr�s que estava posicionado no gramado. Em uma sa�da estreita e escura dessa mata, outro comparsa oferecia t�xicos abertamente �s pessoas que passavam pelo caminho e at� aos carros que estacionavam na Rua Fernando de Melo Viana, mesmo quando n�o o procuravam. Uma bucha de maconha custa R$ 20, um pino de coca�na R$ 30 e um tablete de LSD pode ser comprado por R$ 25.


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