Dom Walmor exalta o valor da vida em missa de P�scoa

A primeira missa de P�scoa celebrada no local onde ser� erguida a Catedral Cristo Rei, no Bairro Juliana, na Regi�o Norte de Belo Horizonte, reuniu 150 fi�is, que lotaram o espa�o da tenda. Os cat�licos foram conclamados pelo arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, a celebrar a ressurrei��o de Cristo e a valorizar a vida, principalmente em um contexto de viol�ncia e morte, que marcam as grandes cidades. A expectativa do arcebispo � de que at� o fim de 2017 j� seja poss�vel fazer celebra��es no novo templo, que ele classificou de monumento � f� cat�lica � disposi��o de todo o estado de Minas Gerais.

O religioso ressaltou que o domingo de P�scoa � tempo de debru�ar sobre Cristo e analisar seu caminho, sua paix�o e sua morte. Por�m, mais importante ainda � saber que ele ressuscitou. “A vig�lia pascal � a grande celebra��o dessa vit�ria da vida sobre a morte. E para n�s, que vivemos em um mundo com grandes marcas de morte, de viol�ncia e de nega��o da vida, celebrar a P�scoa � apostar na vida. E apostar na vida n�o apenas com um projeto pessoal humano, mas com a for�a de Deus e com a for�a do seu amor. Por isso, temos que vivenciar de uma maneira muito profunda o tempo da P�scoa”, afirmou o arcebispo.

Ao comentar o andamento das obras da futura Catedral Cristo Rei, que comportar� 5 mil pessoas sentadas na parte interna e 20 mil na pra�a externa em grandes eventos, Dom Walmor lembrou que o momento � de crise econ�mica, o que pode afetar o andamento da obra, j� que as doa��es dos fi�is representam a principal fonte de recursos do novo templo. “Estamos quase terminando as funda��es profundas e esperamos a contribui��o de todos. O nosso sonho � de pelo menos at� o fim do ano de 2017 j� estarmos, se n�o com tudo pronto, ao menos celebrando dentro do templo j� constru�do”, explica o arcebispo. A catedral ser� erguida em um terreno de 24 mil metros quadrados e ter� �rea constru�da de 54 mil metros quadrados. O projeto foi avaliado em R$ 100 milh�es.

ESPERAN�A A dona de casa Luzia Justino, 59 anos, mora emVenda Nova e est� empolgada com a constru��o da nova catedral perto de casa. Ela acredita que celebrar o domingo de P�scoa � dar um sinal de f�, dia que Jesus ressuscitou. “A gente tem que usar muito essa f� para consertar as coisas dif�ceis, como a matan�a, os roubos, as drogas e principalmente os pol�ticos ladr�es que agem pensando apenas nos pr�prios interesses”, desabafa. J� a empregada dom�stica Cec�lia C�ndida dos Santos, de 55, considera a P�scoa o marco do in�cio da f� dos crist�os. “O renascimento de Jesus � o que nos faz acreditar que as coisas boas podem acontecer em nossa vida e na vida do pr�ximo”, diz ela.

O aposentado Jorge Ant�nio Rodrigues, 49, cr� que o dia de encerramento da semana santa serve para exercitar a reflex�o. “Comemorar a ressurrei��o de Cristo nos ensina que temos que saber viver melhor e principalmente ter boa conviv�ncia com nossos irm�os e nossa fam�lia”, afirma. Para a comerciante Marilene Lopes Barros, de 57, o domingo de P�scoa � um marco de renova��o. “Temos que procurar renovar tudo aquilo que fizemos de errado e com isso nos tornarmos mais humanos”, diz. Mas ela espera que esse sentimento n�o fique restrito apenas a uma data espec�fica e n�o seja esquecido nos demais per�odos do ano. “A atual configura��o da sociedade est� nos deixando muito intolerantes, por isso, temos que nos sensibilizar para adotar as pr�ticas da semana santa ao longo de todos os dias, tornando melhor a nossa vida e a vida dos outros”, completa.