Ato na UFMG tem 'beija�o' contra preconceito e discrimina��o sexual

Cerca de 60 pessoas, entre alunos da Faculdade de Direito e outros cursos da UFMG, participaram, na noite desta quinta-feira, no p�tio da institui��o, conhecido como territ�rio livre, de um ato com performances art�sticas contra discrimina��es e viol�ncia sofridas por pessoas LGBT. O ponto alto da manifesta��o foi um ‘beija�o’ ocorrido no p�tio, que se estendeu � frente da faculdade, na Avenida Jo�o Pinheiro, na Regi�o Central de Belo Horizonte.

Epis�dios relacionados � homo-lesbofobia dentro do ambiente acad�mico motivaram o ato, organizado por estudantes e coletivos da UFMG. Intitulado “O afeto � a melhor arma contra a LGBTfobia”, o ato tem a inten��o da chamar a aten��o da comunidade acad�mica e da sociedade em geral para a gravidade dessas viol�ncias.

Rodrigo Ribeiro, de 19 anos, aluno do 3º per�odo de Direito e um dos organizadores do ato, explicou que o ato, al�m de reunir alunos da faculdade e de outros cursos da UFMG, teve tamb�m a participa��o de integrantes de v�rios movimentos de defesa LGBT. “Essa � uma maneira de sermos solid�rios � causa por meio do ‘beija�o’ e de performances art�sticas, para chamar aten��o das pessoas para discutir essa quest�o. O objetivo � darmos visibilidade � luta contra a homofobia no ambiente universit�rio, onde n�o se espera acontecer tais atos”.

A estudantes Zilda Onofri, de 21 anos, do 5 per�odo, acrescentou que a mobiliza��o serve para denunciar a omiss�o da dire��o em rela��o ao machismo, a homofobia e lesbofobia. “Estamos aqui para mobilizar contra o sil�ncio institucional diante de uma exposi��o preconceituosa dentro de sala de aula”.

Cristiano Luiz Girardelli de Barros, rec�m formado no curso de direito e homossexual, considerou que o ato apenas se soma � apropria��o de um discurso sem contexto, de que a institui��o acoberta a homofobia, por quest�es pol�ticas internas e externas da faculdade. “S�o oportunistas que t�m feito essas acusa��es de homofobia para defender interesses pol�ticos”, afirmou. “Eu n�o estava na sala, n�o sou testemunha ocular, mas isso n�o aconteceu”, disse Barros em defesa do professor Jos� Marques Vieira. Ele ainda garantiu que n�o houve omiss�o da dire��o da faculdade de Direito em rela��o � quest�o.

Representantes de grupos envolvidos frisaram que as descrimina��es n�o est�o restritas ao ambiente universit�rio. “Pelo contr�rio, acontecem rotineiramente em locais como a casa e o trabalho. Muitas vezes, essas manifesta��es s�o acobertadas pelo argumento da liberdade de express�o, que, na verdade, n�o pode ser usado como respaldo para a difus�o de discursos de �dio, conforme recentes decis�es judiciais t�m indicado”.