O relat�rio feito pela consultoria das empresas CGP e RCK para a Prefeitura de Belo Horizonte em mais tr�s viadutos da Avenida Dom Pedro I mostrou que todos eles apresentam erros de c�lculo e estruturais. O estudo, apresentado nesta sexta-feira ao Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG), sugeriu o monitoramento das estruturas, al�m de reparos. Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, as obras nos elevados devem gerar um custo extra de aproximadamente R$ 1 milh�o aos cofres p�blicos.
Conforme o relat�rio, os viadutos Oscar Niemeyer, Monte Castelo e Jo�o Samaha, al�m do Montese, Jo�o Samaha e Gil Nogueira, que tamb�m fazem parte do conjunto de estruturas da Avenida Pedro I, apresentaram, em comum, erros de c�lculo, al�m de outros problemas. “Basicamente, os erros apontados se referem a problemas estruturais como arma��o e erros de c�lculos, que, segundo o trabalho da consultoria, n�o comprometem a estrutura e a instabilidade, mas exigem as corre��es para evitar fissuras nas estruturas dos viadutos e para aumentar a durabilidade das obras”, explica o promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justi�a de Defesa do Patrim�nio P�blico de Belo Horizonte.
A Sudecap vai contratar um projeto executivo que vai detalhar qual interven��o que ser� feita em cada viaduto. Esse estudo deve ser feito pelas pr�prias empresas CGP e RCK, que fizeram a consultoria. Ao todo, o poder p�blico deve gastar aproximadamente R$ 1 milh�o. “A obra (de corre��o) no Gil Nogueira foi or�ada pela Sudecap em R$ 267 mil. Verificando caso a caso, dentro deste mesmo padr�o, podemos dizer que esse valor seja um par�metro para cada obra. Al�m disso, tem o valor da contrata��o desta revis�o, que foi de R$ 200 mil, ent�o, temos um gasto extra de, aproximadamente, R$ 1 milh�o, gerando ai um �nus desnecess�rio e indevido ao poder p�blico em raz�o de um servi�o que foi malfeito”, afirma Nepomuceno. O MP informou que, futuramente, deve fazer uma an�lise t�cnica nos viadutos.
Responsabilidades
Para o promotor, a Sudecap, al�m da empresa que faz o projeto, tem responsabilidades sobre o ato. Al�m disso, cobrou do �rg�o municipal que teria tomado medidas tardiamente. “A Sudecap aprova os projetos executivos, ent�o, os erros n�o s�o s� da empresa projetista. Essa cautela que est� tendo agora (Sudecap), � uma coisa tardia, pois se houvesse preventivamente os problemas n�o teriam acontecido. O rigor que est� sendo agora, � um rigor depois que a porta foi arrombada. A provid�ncia est� sendo tomada depois de ter pago o servi�o”, disse.
Em rela��o a Cowan, que construiu os viadutos, e a Consol, respons�vel pelos projetos de c�lculo, Nepomuceno n�o descartou medidas administrativas, como a retirada das empresas de disputarem licita��es. “Estamos estudando essas medidas. O que n�s temos de imediato � a necessidade de reparar esses problemas e trazer tranquilidade para os cidad�os que s�o usu�rios dos viadutos. Mas, evidentemente, o lado da repara��o civil est� premente, exige uma pronta medida dos �rg�os p�blicos, principalmente do MP que � um �rg�o de fiscaliza��o e que n�o vai se negar a cumprir o seu papel”, comentou.
Veja os problemas de cada viaduto e as solu��es apresentadas
Viaduto Monte Castelo
Aus�ncia de arma��o de fretagem na cabe�a dos pilares
Comprimento das estacas inferior
Erro na mem�ria de c�lculo
Armadura de casalhamento menor com risco de fissuras no caix�o
Armadura de fretagem menor para a protens�o
Coeficiente de seguran�a nas estacas � menor que a norma NBR6122/2010
Sugest�o: Monitoramento cont�nuo de recalques ou prova de carga para comprovar efici�ncia das estacas
Viaduto B – Oscar Niemeyer
Erro na mem�ria de c�lculo
Comprimento das estacas inferior
Bloco B1 com arma��o inferior, reduzindo o fator de seguran�a
Encontro E1 com arma��o de flex�o inferior
Aus�ncia de arma��o de fretagem na cabe�a dos pilares
Armadura de cisalhamento menor com risco de aparecimento de fissuras
Armadura de fretagem menor para a protens�o
Inconsist�ncias no bloco B1 e estacas E1 e E3
Necessidade de refor�o estrutural no bloco B1
Sugest�o: Monitoramento de fissuras e cont�nuo de recalques do pilar P1, enquanto n�o realiza o refor�o. Realiza��o de refor�o estrutural com inje��es de argamassa e medi��es de deslocamento no sentio fluxo.
Jo�o Samaha
Necessidade de corre��o de c�lculo
Aus�ncia de arma��o de fretagem dos pilares
Sem armadura min�ma nos encontros
Aparelhos de apoio dos pilares P1, P2 e encontro E2 com esfor�os suspensos aos padr�es
Armadura de fretagem menor para a protens�o
Sugest�o: Necessidade de refor�o estrutural no primeiro e segundo v�os. Vistoria e trocas dos aparelhos de apoio