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Estado de Minas

Aura de misticismo atrai turistas a S�o Thom� das Letras


postado em 03/05/2015 07:00 / atualizado em 03/05/2015 07:26

Turistas apreciam paisagem além do horizonte no Sul de Minas, que impressionou a argentina Paula (D): 'Por vários lugares que passei ouvi: você tem que ir a São Thomé'(foto: TÚLIO SANTOS/EMJ/D.A PRESS )
Turistas apreciam paisagem al�m do horizonte no Sul de Minas, que impressionou a argentina Paula (D): 'Por v�rios lugares que passei ouvi: voc� tem que ir a S�o Thom�' (foto: T�LIO SANTOS/EMJ/D.A PRESS )
A artes� argentina Paula Garcia est� h� tr�s anos na estrada. Percorreu Venezuela, Col�mbia, Peru, Equador, Bol�via, Chile e foi parar em S�o Thom� das Letras, no Sul de Minas. “Por v�rios lugares que passei ouvi: ‘voc� tem que ir a S�o Thom�’. Adorei a energia daqui e fui muito bem recebida por todos”, afirma a mo�a, de 25 anos. Israel, o Paz da Floresta, de 43, � outro viajante encantado pela pedreira m�stica do Sul de Minas. Depois de largar a vida de contador e “rodar meio mundo” com o montanhismo, Israel – que gosta de ser chamado de Paz da Floresta – decidiu viver em S�o Thom� das Letras. “A principal descoberta aqui � que a gente � capaz de realizar o que a gente, antes, n�o acreditava ser capaz”, diz.

Paz da Floresta diz que a cidade que ele conheceu h� mais de 20 anos perdeu um pouco da magia, mas que, ainda assim, tem uma energia que ele n�o conheceu em nenhum lugar. “O boom imobili�rio e a tecnologia prejudicaram S�o Thom�. A cidade acolheu os esot�ricos a partir dos anos 1960, por causa da paz. E essa paz vem se perdendo aos poucos, infelizmente. Mas S�o Thom� � um lugar de encantos”, defende. Paz da Floresta afirma j� ter visto um objeto n�o identificado lan�ando uma luz branca na Mata de Sobradinho, pr�xima � Montanha do Gavi�o. “Tem coisas que a gente v�, como muitos j� viram. Tem coisas que a gente sabe, como muitos j� sabem. Tem coisas que � vir para ver”, filosofa.

“Este � um planeta de mil reis. Rei � aquele que j� alcan�ou recursos m�nimos pela liberdade de viver.” Voc� j� � rei, Paz? “N�o. Ainda n�o. Tive que vender o meu chal� para o tratamento da minha perna”. Paz da Floresta est� de muletas. Ele conta 21 pinos na perna esquerda. Um tombo nas montanhas. Desde 2007, o guia est� � frente de circuito de filosofia e natureza. Trabalho para grupos pequenos com interesse em conhecer a fundo a cidade. “Estamos trabalhando para adquirir um peda�o de terra para criar um campo na floresta e estabelecer um ambiente com tudo o que � preciso para viver sem dinheiro, o grande mal da humanidade”, ressalta o fil�sofo.
(foto: TÚLIO SANTOS/EMJ/D.A PRESS )
(foto: T�LIO SANTOS/EMJ/D.A PRESS )

ALTERNATIVA

No Bar Terra�o � a banda Daz Antiga, com Gabola, D2 e Magno, a atra��o do feriado. Pires do Rio, de 40, nascido em Goi�s, est� em S�o Thom� h� um m�s. O pintor e escultor diz ter se encontrado na cidade. “� aqui que quero me enraizar igual a samambaia nas pedras”, sorri. Gabola canta Sociedade alternativa. “Esta m�sica � meu mantra”, diz. Pires � s� alegria junto ao balc�o do bar, dan�ando ao som de Raul Seixas. Um insight: “A energia c�smica tem uma liga��o entre o c�u e a Tserra aqui. A energia desses montes faz a gente transcender. A gente s� coloca para fora, pela boca e nas nossas a��es, o que existe dentro do nosso cora��o”, alegra-se com o pensamento. No Terra�o, Fada Mar�lia, Regina Zagatti e Marcos Tadeu dan�am a percuss�o visceral de D2.

 

 

 

Saiba mais

A lenda da est�tua

Os �ndios catagu�s habitaram a regi�o at� o s�culo 18, quando foram expulsos pelos bandeirantes. O nome da cidade vem de uma lenda: um encontro no fim do s�culo 18 de uma est�tua de S�o Thom� em uma gruta por Jo�o Ant�o, um escravo analfabeto fugido de Jo�o Junqueira, com uma carta de escrita perfeita. Outra vers�o da lenda diz que a carta teria sido entregue na gruta a Jo�o Ant�o por um senhor de vestes brancas. Apresentando a carta ao seu antigo dono, como ordenado pelo emiss�rio, Jo�o Ant�o teria conseguido a alforria. Impressionado pelo relato do escravo, Jo�o Junqueira tamb�m teria ordenado a constru��o de uma igreja. O “das Letras” do top�nimo refere-se �s inscri��es rupestres que ainda podem ser vistas na gruta onde teria sido encontrada a est�tua de S�o Thom�. A partir do in�cio do s�culo 20, a extra��o das “pedras de s�o thom�” (quartzito) se tornou a principal atividade econ�mica da cidade.


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