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Estado de Minas

Acidente no Anel Rodovi�rio destr�i fam�lia de restaurador de carros


postado em 15/05/2015 06:00 / atualizado em 15/05/2015 08:31

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press./Reproducao)
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press./Reproducao)
O restaurador de carros antigos Luiz Andr� Al�pio Ara�jo, de 43 anos, morto ao ter seu carro esmagado pela carreta carregada de min�rio que atingiu outros nove carros, na quarta-feira � noite, no Anel Rodovi�rio, em Belo Horizonte, viveu seus �ltimos dias com a fam�lia em clima de despedida, como se pressentisse a trag�dia. Segundo a mulher dele, a pedagoga K�nia Fonseca, de 35, na noite de ter�a-feira ele leu a B�blia, o que nunca fazia, pois se considerava ateu. No Dia das M�es, a presenteou, fato que tamb�m n�o era comum, e ainda atendeu ao pedido das filhas, de 5 e 10 anos, para ler uma hist�ria antes de elas dormirem. “Aproveitem enquanto voc�s ainda t�m seu pai”, disse, brincando com as crian�as, segundo K�nia.

Horas antes do acidente, por volta das 14h, a mulher telefonou para Luiz Andr� na oficina, no Bairro Bet�nia, Regi�o Oeste, dizendo que havia esquecido as chaves de casa e estava do lado de fora com a filha mais velha, sem poder entrar. “Ele saiu da oficina e foi lev�-las para mim, l� Bairro Tropical, em Contagem. At� estranhei que n�o reclamou. O s�cio falou que ele n�o precisaria voltar � oficina, mas ele era t�o apaixonado por carros antigos que n�o conseguia ficar longe do trabalho”, contou a mulher.

Luiz Andr� passava de carro pelo Anel todos os dias, mas o acidente foi bem antes do local onde ele costumava entrar na via. O restaurador tinha ido � casa de um cliente interessando em comprar um carro, na Regi�o do BH Shopping, e voltava pelo trecho mais perigoso da estrada. Ele sempre voltava para casa �s 21h, mas, na noite do acidente, ia mais cedo, por volta das 19h40.

Professor, Luiz Andr� abandonou a profiss�o para restaurar e vender carros antigos. “Ele era muito feliz, t�o bom que at� chegava a ser bobo. Gostava de ajudar todo mundo e seu maior defeito era acreditar demais nas pessoas”, lembra a pedagoga. As filhas est�o arrasadas, segundo a m�e. “As duas eram muito ligadas ao pai. Ele fazia o papel de m�e mais do que eu”, disse K�nia.

A pedagoga conta que o marido era um motorista exemplar e n�o abusava da velocidade no tr�nsito. “Quero Justi�a. Prometi a mim mesma que vou apurar todos os fatos envolvendo a morte. Quero saber as responsabilidades, tanto do motorista do caminh�o quanto do governo. V�rias pessoas perderam a vida no Anel Rodovi�rio e ningu�m fez nada para impedir outras trag�dias”, desabafou. “O Anel n�o pode continuar do jeito que est�, matando inocentes, pais de fam�lia como o meu marido, homem honesto e trabalhador. Uma coisa � o que vem de Deus, mas o que for de responsabilidade do homem a gente vai cobrar”, promete a pedagoga, lembrando que n�o est� interessada em receber dinheiro de indeniza��o, pois sua sede � de Justi�a, ressalta. O corpo de Luiz Andr� ser� sepultado �s 13h de hoje no Cemit�rio Parque Renascer, em Contagem.


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