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Estado de Minas

Com prolongamento das chuvas, Minas espera al�vio na �poca de inc�ndios

Chuva al�m do per�odo tido como normal leva o programa Previnc�ndio a prever cen�rio melhor do que o de 2014


postado em 22/05/2015 06:00 / atualizado em 22/05/2015 07:13

Incêndio na Serra do Cipó foi uma das mais de 860 ocorrências registradas durante o ano passado(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press 15/10/14)
Inc�ndio na Serra do Cip� foi uma das mais de 860 ocorr�ncias registradas durante o ano passado (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press 15/10/14)

Depois das chuvas de abril e maio e com uma previs�o do tempo mais favor�vel para que o restante do ano acompanhe as m�dias hist�ricas de precipita��o, a expectativa da Diretoria de Preven��o e Combate a Inc�ndios Florestais (Previnc�ndio) de Minas Gerais � de que as queimadas em 2015 prejudiquem menos o estado em compara��o com 2014. O diretor do Previnc�ndio, Rodrigo Belo, diz que o ano come�ou com uma perspectiva muito ruim, mas o cen�rio melhorou. “A partir de janeiro, previmos que o ano seria complicado, pelas poucas chuvas de dezembro e janeiro. Mas em abril e maio as chuvas est�o acima do normal. Al�m disso, a previs�o nos aponta uma tend�ncia de o restante do ano acompanhar a m�dia hist�rica”, afirma o diretor. Para ter condi��es de controlar as chamas do per�odo seco, a Previnc�ndio lan�ou em mar�o o edital para contratar temporariamente 408 brigadistas, 23% a mais do que os 330 de 2014. O contrato necess�rio para garantir a opera��o dos avi�es modelo Air Tractor ainda n�o est� assinado, mas o diretor garante que a estrutura estar� � disposi��o no per�odo mais cr�tico e ser� incrementada, com mais horas de voo e mais capacidade de carga das aeronaves.

No ano passado, o contrato assinado para disponibilizar as aeronaves garantiu a opera��o de at� nove avi�es ao mesmo tempo para o transporte de �gua at� focos de inc�ndio. Somados, eles transportavam at� 15 mil litros. Neste ano, Rodrigo Belo diz que j� h� uma reserva or�ament�ria para a quest�o, mas o contrato ainda n�o foi assinado. A nova estrutura prevista aumenta a frota de nove para 10 avi�es, cuja capacidade somada pode chegar a 20,5 mil litros. “O n�mero de horas de voo contratadas tamb�m ser� maior”, garante o diretor, sem, no entanto, adiantar o montante. Perguntado sobre a chance de as queimadas come�arem sem a estrutura dos avi�es � disposi��o devido a tr�mites burocr�ticos e de licita��o, ele assegurou que n�o haver� problemas. “Normalmente, as aeronaves s�o usadas no per�odo cr�tico, como o m�s de setembro, porque o estado paga para deix�-las � disposi��o. No per�odo mais tranquilo, usamos os helic�pteros da Secretaria de Meio Ambiente (Semad) e tamb�m temos o apoio das aeronaves dos Bombeiros e das pol�cias, que podem ajudar”, acrescenta.

Em termos de efetivo para atua��o nas queimadas, a Semad informa que j� h� 231 funcion�rios das unidades de conserva��o do estado treinados em 2014 que podem atuar como brigadistas volunt�rios, al�m do apoio de organiza��es n�o governamentais (ONGs) e de um efetivo de 1,5 mil militares do Corpo de Bombeiros. O major S�rgio Ferreira, que � comandante do Batalh�o de Emerg�ncias Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad), diz que este ano ser� o primeiro per�odo de seca totalmente coberto pela unidade especializada, que est� instalada na Grande BH. “S�o 43 militares na unidade. Pode parecer pouco, mas n�o �. Com esse efetivo, eu tenho capacidade de articular dentro do pr�prio Corpo de Bombeiros e aumentar a qualidade do atendimento nas ocorr�ncias”, afirma.

METEOROLOGIA Os meteorologistas apontam que a situa��o de 2015 sinaliza para um cen�rio um pouco melhor do que o de 2014, quando foram registradas 867 queimadas dentro e no entorno das 90 unidades de conserva��o do estado, consumindo mais de 78 mil hectares, o que equivale a 110 mil campos de futebol. O meteorologista Heriberto dos Anjos, do Centro de Climatologia TempoClima PUC Minas, lembra que ano passado foram registrados longos per�odos sem chuva. “Neste momento, n�o temos configurado um grande per�odo de estiagem, que j� � comum para a �poca. Tamb�m temos bastante nebulosidade, o que n�o favorece altas temperaturas e joga um pouco para frente as queimadas”, afirma. Nos primeiros 17 dias de maio do ano passado, por exemplo, o meteorologista diz que foram registrados 117 focos de calor pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No mesmo per�odo deste ano foram 38 focos, queda de 77%.

“Em alguns lugares da Regi�o Central, j� choveu em maio tr�s vezes acima da m�dia hist�rica para todo o m�s”, pontua Heriberto. Por fim, o especialista adverte que nos pr�ximos meses a tend�ncia � de que os focos aumentem, diante da seca, que vai ficar pior. “Mesmo que chova acima da m�dia em meses como junho, julho e agosto, pelo fato da m�dia desses per�odos ser bem baixa, abaixo de 15 mil�metros, s�o chuvas que podem n�o representar al�vio em rela��o �s queimadas”, completa.


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