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Estado de Minas

Pedestres de BH enfrentam buracos, lixos e desn�veis nas cal�adas; projeto est� paralisado

Projeto da prefeitura para obrigar donos de im�veis a conservar 20 corredores vi�rios de BH est� paralisado para reformula��o, enquanto pedestres ficam expostos a muitos riscos


postado em 24/05/2015 06:00 / atualizado em 24/05/2015 08:59

Passeio esburacado e toldo comprometem passagem na Avenida do Contorno (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Passeio esburacado e toldo comprometem passagem na Avenida do Contorno (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

A expectativa dos pedestres que circulam por grandes avenidas de Belo Horizonte era encontrar cal�adas bem cuidadas em pelo menos 20 corredores da cidade, mas a iniciativa ficou no meio do caminho. O projeto Amar BH, lan�ado em mar�o de 2013 pela prefeitura para aumentar as vistorias e for�ar propriet�rios de im�veis a corrigir buracos e outros defeitos nas cal�adas, n�o foi adiante. A administra��o municipal pretendia fazer um diagn�stico de 19 grandes avenidas al�m da Raja Gabaglia, que serviu de piloto, e acompanhar a evolu��o de cada uma. Mas decidiu reconstituir o corpo t�cnico do programa e o novo planejamento ainda est� em andamento. Enquanto isso, pedestres continuam sujeitos a problemas diversos: buracos, lixo, carros, desn�vel, bloqueio do piso para cegos, mesas, cadeiras, toldos e degraus s�o apenas alguns exemplos de dificuldades enfrentadas todos os dias por quem anda pela cidade. At� passeios de im�veis da pr�pria prefeitura t�m problemas.

Em contrapartida � paralisa��o do programa, a prefeitura aumentou a fiscaliza��o de passeios em toda a capital entre 2013 e 2014. Em 2015, o ritmo dos trabalhos est� abaixo do verificado no ano passado. De janeiro a mar�o deste ano, mais de 4,6 mil vistorias foram feitas, com quase 2 mil notifica��es e 444 multas, cujo valor m�nimo � de R$ 537,50. A responsabilidade de conserva��o das cal�adas � dos donos dos im�veis, mas cabe ao Executivo municipal fiscalizar o cumprimento das normas, para garantir o tr�nsito livre dos pedestres.

Calçada do 5º BPM, na Avenida Amazonas, não passa de terra batida (foto: EDÉSIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Cal�ada do 5� BPM, na Avenida Amazonas, n�o passa de terra batida (foto: ED�SIO FERREIRA/EM/D.A PRESS)
Em mar�o de 2013, quando a Secretaria Municipal de Servi�os Urbanos lan�ou o projeto Amar BH, 20 corredores estavam no alvo da for�a-tarefa de vistoria e fiscaliza��o. A Avenida Raja Gabaglia serviu de piloto, com um diagn�stico que levava em conta oito aspectos que contribuem para o bom funcionamento de uma cal�ada. Entre mar�o e dezembro daquele ano, os resultados da Raja foram satisfat�rios, com evolu��o em praticamente todos os quesitos, como acondicionamento de lixo, estacionamento no passeio, conserva��o, entre outros.

Mas nem mesmo o diagn�stico das outras 19 avenidas foi apresentado at� dezembro de 2013, conforme prometido. Dessa forma, donos de im�veis espalhados por esses locais continuam sem zelar pelo espa�o p�blico para n�o prejudicar a circula��o de pedestres.

Na Avenida Amazonas, o comerciante Breno Augusto Quint�o, de 29 anos, reclama do excesso de buracos no passeio no sentido bairro, perto do cruzamento com a Avenida do Contorno, no Bairro Prado, na Regi�o Oeste de BH. N�o h� nivelamento do cimento e quem se arriscar precisa ficar atento, pois pode torcer o p�. “N�o sei como ningu�m sofreu uma queda grave aqui. Se um cadeirante tentar passar, n�o vai conseguir. Se cada um tomasse conta do seu passeio, melhoraria para o pr�prio com�rcio, pois as pessoas poderiam transitar com mais seguran�a e tranquilidade”, afirma.

O lixo volta a aparecer na Amazonas quase sobre o viaduto da Silva Lobo, ainda no Prado, espalhado pela cal�ada esburacada. Pedestres tamb�m encontram um carro estacionado em cima do passeio. Ainda na Amazonas, o passeio cuja responsabilidade � da Pol�cia Militar tem muitos danos. O trecho pertence ao 5º Batalh�o e � Diretoria de Apoio Log�stico, no Bairro Gameleira, tamb�m na Regi�o Oeste. Nesse espa�o, praticamente n�o h� passeio, mas um caminho de terra cheio de buracos.

A dona de casa Sueli Aparecida Silva, de 51, foi surpreendida h� um m�s. “Havia chovido muito e a �gua tampou o buraco. Bati a perna e precisei dar quatro pontos no machucado”, conta. Com duas netas que estudam no Col�gio Tiradentes, ela mostra outro buraco, encoberto por folhas. “Aqui � uma �rea escolar, onde passam crian�as todos os dias. Imagina quando uma passar correndo e prender o p� aqui”, reclama.

Na Avenida dos Andradas, pr�ximo ao cruzamento com a Avenida Silviano Brand�o, no Bairro Horto, na Regi�o Leste, uma oficina n�o faz distin��o entre o que � passeio e o que � �rea interna. Um carro da Guarda Municipal recebe os reparos necess�rios atravessado no passeio. N�o muito longe dali, j� na Silviano Brand�o, no Bairro Sagrada Fam�lia (Leste), as placas de concreto da cal�ada est�o soltas e afundadas. “Isso � simplesmente uma falta de respeito com o cidad�o. Aumenta muito a chance de queda das pessoas, principalmente os mais velhos”, diz a banc�ria Carmem Mar�al, de 60. Ainda na Silviano Brand�o, o passeio � tomado por uma cena curiosa. Um colch�o exposto por uma loja foi colocado na cal�ada, por�m, exatamente em cima do piso t�til, de orienta��o para deficientes visuais.

MAIS PROBLEMAS Obst�culos que bloqueiam a passagesm dos pedestres tamb�m s�o comuns na Avenida do Contorno. Pr�ximo ao cruzamento com a Avenida Amazonas, no Bairro Gutierrez, Oeste da capital, um restaurante ocupa praticamente toda a �rea de circula��o com mesas e cadeiras e um toldo para proteger os clientes do frio. Bem perto dali duas barras de ferro est�o colocadas em frente a uma loja, aparentemente com o intuito de evitar estacionamento, o que tamb�m � proibido.

Por meio de sua assessoria de comunica��o, a Secretaria Municipal de Servi�os Urbanos informou que o grupo de representantes de v�rias secretarias municipais para o planejamento e realiza��o de novas etapas do projeto Amar BH foi reconstitu�do. Por causa disso, o planejamento est� em fase de elabora��o para “ampliar a participa��o da sociedade civil por meio de a��es educativas na aplica��o da legisla��o urban�stica municipal.

Assim que o planejamento estiver conclu�do, as a��es ser�o iniciadas por meio de campanhas institucionais de gentileza urbana”, diz o texto. A reportagem procurou a Pol�cia Militar, mas a corpora��o n�o retornou os contatos sobre a conserva��o do passeio da Avenida Amazonas.


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