A Pol�cia Civil indiciou 19 pessoas pela queda da estrutura. Servidores da Sudecap, engenheiros da Consol - empresa que elaborou o projeto estrutural - e da Cowan - empresa que construiu o viaduto - est�o entre os indiciados.
A promotoria de Defesa do Patrim�nio P�blico est� ouvindo os indiciados pela pol�cia. A quest�o criminal fica por parte do Minist�rio P�blico, que ainda n�o definiu um prazo para oferecer den�ncia e para o encerramento dos depoimentos.
O resultado do inqu�rito foi divulgadodepois de 10 meses de per�cias e investiga��es. A pol�cia encerra o trabalho entregando ao Minist�rio P�blico um inqu�rito de 1,2 mil p�ginas que abrange depoimentos de cerca de 80 pessoas, entre elas os indiciados, os sobreviventes, os familiares das v�timas e os moradores das imedia��es da obra.
No indiciamento, o delegado Hugo e Silva considerou “a omiss�o dos engenheiros das empresas (Consol e Cowan) envolvidas na constru��o, que apesar de terem sido alertados diversas vezes por t�cnicos da Sudecap de que havia erros grotescos no projeto, n�o providenciaram as corre��es, associadas � falta de provid�ncias efetivas por parte da autarquia da Prefeitura de BH, que n�o determinou suspens�o da constru��o”.
De acordo com a pol�cia, a Sudecap sabia dos erros de projeto desde 2012. T�cnicos, engenheiros e o superintendente da Sudecap foram alertados sobre falhas e erros de compatibiliza��o.
O diretor do Instituto de Criminal�stica, Marcos Paiva, reafirmou erro de c�lculo no projeto estrutural elaborado pela Consol. “O bloco deveria receber o peso do pilar de sustenta��o do viaduto e transfer�-lo para as 10 estacas cravadas no ch�o. O bloco deveria ter mais ferragens para suportar a press�o, o que n�o ocorreu devido ao erro de c�lculo do material necess�rio. Isso resultou no afundamento do pilar, causando desabamento".
Conforme a pol�cia, “as investiga��es revelaram que a queda da al�a sul do Viaduto Batalha dos Guararapes foi consequ�ncia do desprezo �s normas m�nimas de seguran�a e ainda da omiss�o daqueles que poderiam impedir as mortes e os ferimentos sofridos pelas v�timas, j� que o desabamento era previs�vel e havia se tornado iminente, quando se constatou a dificuldade de retirada do escoramento da constru��o”.
Durante a divulga��o do inqu�rito, a pol�cia detalhou os contratos entre a Sudecap e a Cowan, respons�vel por construir; e a Consol, por projetar. O delegado apura se havia apenas um funcion�rio da PBH para fazer a fiscaliza��o da obra, o que seria um problema para uma constru��o de grande porte. Durante o inqu�rito, a pol�cia analisou detalhadamente o complexo laudo elaborado pelo Instituto de Criminal�stica. Foram solicitadas informa��es complementares e depoimentos durante as apura��es.