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Estado de Minas

Pichadores presos pela PM tinham 'ranking de ousadia' nas redes sociais para exibir crimes

Na Opera��o Argos Panoptes, 19 mandados de pris�o e apreens�o foram cumpridos. S�o 17 detidos, sete presos e 10 alvos de condu��o coercitiva


postado em 27/05/2015 10:06 / atualizado em 27/05/2015 10:56

(foto: Rafael Passos/EM DA Press)
(foto: Rafael Passos/EM DA Press)

Os pichadores presos na manh� desta quarta-feira durante opera��o da Pol�cia Militar e Minist�rio P�blico de Minas Gerais faziam um “ranking de ousadia” pelas redes sociais exibindo fotos das a��es criminosas e disputando quem conseguia pichar pr�dios p�blicos de maior visibilidade ou locais mais dif�ceis de alcan�ar. Segundo o tenente-coronel do Rotam, Giovani Gomes Silva, o grupo “Pichadores de Elite” � formado por l�deres de v�rias gangues da Grande BH que se uniram, por isso o slogan deles � “um pichador de elite vale por 100 pichadores”.

Conforme a pol�cia, o grupo � respons�vel pelas picha��es, em 17 de outubro do ano passado, na fachada da Biblioteca P�blica Estadual Luiz de Bessa, na Pra�a da Liberdade, Regi�o Centro-Sul de BH. Na ocasi�o, tamb�m sujaram as esculturas de Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Paulo Mendes Campos e H�lio Pelegrino, escritores da literatura brasileira, pichados com tinta branca em letras garrafais.

Segundo o tenente-coronel, os principais alvos do bando s�o pr�dios p�blicos. Eles atacaram a unidade do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, ao lado do Batalh�o Rotam, no Centro de BH, e a sede do 4º Regi�o Militar do Ex�rcito, na Avenida Raja Gabaglia, no Gutierrez, regi�o oeste. Os integrantes atuavam, sobretudo, durante o per�odo noturno. Alguns deles t�m passagens por tr�fico, uso de drogas e porte ilegal de armas.

Nesta manh�, durante a Opera��o Argos Panoptes, 19 mandados de pris�o e apreens�o foram cumpridos. S�o 17 detidos, sete presos e 10 alvos de condu��o coercitiva. Esses �ltimos ser�o monitorados, a partir de hoje, por tornozeleiras eletr�nicas. De acordo com a PM, a m�dia de idade dos autores � 20 anos. O homem apontado pela PM como chefe da organiza��o criminosa, Darcy Gon�alves Vieira J�nior, o "GG", est� entre os presos.

A opera��o, que come�ou por volta de 3h, terminou com a pris�o de integrantes do bando em BH, Contagem, Vespasiano, Betim e Curvelo, cidade onde foi detido um empres�rio. Foram apreendidas tintas e sprays usados pelos pichadores.

(foto: Rafael Passos/EM DA Press)
(foto: Rafael Passos/EM DA Press)
ESTATUTO Darcy Gon�alves foi preso no Bairro Santa Tereza, regi�o leste. Ele nega envolvimento na organiza��o criminosa, mas assume ser pichador. Na casa onde foi preso, a pol�cia apreendeu dois cadernos de anota��es, um deles com o ranking de pichadores e outro com uma esp�cie de estatuto do bando.

As investiga��es revelaram que a associa��o criminosa era estruturada � semelhan�a do Batalh�o de Opera��es Especiais da Pol�cia Militar do Rio de Janeiro (Bope) e era regida por esse documento que previa: “O objetivo da P.E � continuar com um grupo seleto de 15 fi�is, como manda a tradi��o este seleto grupo vai sempre levar a bandeira do imp�rio que est� h� 22 anos no TOPO. S� entra quem merece, s� permanece quem fizer por onde...... uma vez P.E sempre PE um pichador de elite vale por 100 pixadores comuns” [sic].

PREJU�ZO MILION�RIO Conforme o MP, picha��o � crime previsto no artigo 65 da Lei 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) com pena de deten��o de 3 meses a 1 ano e multa. Estima-se que o preju�zo financeiro causado pelos “Pichadores de Elite”, que assumiram o comando da picha��o na Grande BH a partir de 2010, supere R$ 5 milh�es.

Segundo a promotoria, Belo Horizonte hoje � considerada a capital mais pichada do pa�s, cerca de R$ 2 milh�es s�o gastos anualmente pela prefeitura somente para a retirada dessas sujeiras de pr�dios p�blicos municipais, passarelas, elevados, t�neis e muros.

INVESTIGA��O Durante sete meses, promotores de Justi�a e agentes militares dos servi�os de intelig�ncia e investiga��o criminal montaram um diagn�stico da forma de agir da organiza��o criminosa e dos autores, descobrindo centenas de picha��es por BH. Segundo um dos promotores de Justi�a que coordenaram a opera��o, surpreende a condi��o de alguns dos integrantes do grupo, composto inclusive por profissionais liberais integrantes das classes m�dia e alta, propriet�rios de carros de luxo, das marcas BMW e Volvo.


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