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Estado de Minas

Especialista defende equipe permanente contra novos ataques a bancos

Coronel da reserva da Pol�cia Militar � a favor da forma��o de um grupo para atuar no combate ao roubo de caixas eletr�nicos em todo o estado


postado em 01/07/2015 06:00 / atualizado em 01/07/2015 07:52

Caminhão (abaixo) que levava os 100kg de dinamite foi atacado no canteiro de obras da BR-381, perto do trevo de Caeté, por volta das 7h (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Presss)
Caminh�o (abaixo) que levava os 100kg de dinamite foi atacado no canteiro de obras da BR-381, perto do trevo de Caet�, por volta das 7h (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Presss)

A explos�o de caixas eletr�nicos passou de eventual para habitual, o que demanda a necessidade de um grupo permanente de combate a este tipo de crime, e n�o de uma for�a-tarefa tempor�ria, como foi feito recentemente. A avalia��o � do coronel da reserva da Pol�cia Militar Alberto Luiz, especialista em seguran�a p�blica. A Secretaria de Estado de Defesa Social informou que a for�a-tarefa foi desfeita porque n�o ocorre hoje o quadro cr�tico de 2013. Mesmo assim, na compara��o entre os tr�s primeiros meses deste ano e o mesmo per�odo de 2014, as ocorr�ncias chegam a uma m�dia de um caso a cada dois dias.


Segundo o delegado Jo�o Marcos Prata, chefe da Divis�o Especializada de Opera��es Especiais (Deoesp) da Pol�cia Civil, o �rg�o continua fazendo trabalho espec�fico para evitar novos ataques a caixas eletr�nicos. “Por orienta��o da chefia da Pol�cia Civil, desde 2013, quando aumentaram muito os casos, prendemos as quadrilhas que atuavam nessa pr�tica e ficamos quase um ano e meio sem registrar crime desse tipo na Grande BH. Nesse momento, o Deoesp continua atuando na regi�o metropolitana e apoiando os combatendo os casos com base nas determina��es da Pol�cia Civil”, diz o delegado.

Preocupado com o destino dos 100 quilos de explosivos roubados ontem no Km 425 da BR-381, em Caet�, na Grande BH, o policial mandou equipes para as dilig�ncias iniciais. Segundo investigadores, o inqu�rito ser� tocado pela delegacia de Caet�, com apoio da Deoesp.

O carro roubado pelos dois bandidos armados que serviu de transporte do material foi encontrado abandonado no trevo de Taquara�u de Minas, na Grande BH, e ainda ser� periciado. Testemunhas informaram que os dois bandidos anunciaram o assalto e pegaram quatro caixas de explosivos, al�m de outras tr�s de acess�rios, como detonadores, no momento da descarga dos objetos.

Eles puseram todo o material em um Gol da Empresa Construtura Brasil (ECB), uma das tr�s firmas que formam o cons�rcio vencedor da licita��o para duplicar o lote 7 da BR-381. O segmento vai do Rio Una, no Km 390, at� o trevo de Caet�, no Km 427.

Para o coronel Alberto Luiz, os casos recentes e o de ontem demonstram a necessidade de um acompanhamento permanente das autoridades para o crime de explos�o de caixas eletr�nicos. “Normalmente, uma for�a-tarefa � criada para resolver uma situa��o emergencial, que se apresenta como eventual, calamitosa e extraordin�ria. Essa modalidade j� se tornou habitual, entrou no card�pio da criminalidade e por isso j� deveria ter sido criada uma equipe permanente e especializada, composta por todos os �rg�os de seguran�a. O objetivo � acompanhar todas as informa��es e dar a resposta mais qualificada”, afirma o coronel da reserva.

Em nota, a Seds informa que os �ndices est�o diminuindo em todo o estado e esse tipo de crime ficou estabilizado em Belo Horizonte, com apenas um caso nos tr�s primeiros meses do ano passado e a mesma quantidade de janeiro a mar�o deste ano. “Por defini��o, for�a-tarefa � uma a��o tempor�ria, com prazo determinado, criada para combater uma situa��o espec�fica emergencial”, diz o texto. A justificativa para o grupo ter sido criado em 2013 era o aumento vertiginoso dos crimes. “Neste caso, n�o h� nenhuma for�a-tarefa espec�fica, no momento, para o combate a explos�o a caixas eletr�nicos”, completa a nota.

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A PRESS)

CARGA SEM ESCOLTA
O diretor da ECB, Manoel Teixeira, informou que as detona��es de rochas s�o previamente agendadas e s�o feitas uma ou duas vezes por semana. Por enquanto, n�o h� mudan�as previstas no modo em que elas ser�o feitas. “Vamos aguardar as investiga��es da pol�cia para saber se vai surgir alguma recomenda��o espec�fica”, diz. O engenheiro informou que n�o h� obrigatoriedade do caminh�o que transportava os explosivos rodar com escolta armada.

A reportagem tentou contato com a Dinacon, fornecedora dos explosivos, mas ningu�m foi encontrado. O motorista do caminh�o, um dos sete homens rendidos, n�o quis se manifestar. A carga saiu de Sarzedo, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, onde a empresa tem sede.

Como ficou?  Tiroteio em Itamonte

Processo ainda est� na Justi�a


Em 22 fevereiro de 2014, uma a��o conjunta de policiais civis de Minas Gerais e de S�o Paulo frustrou o ataque de uma quadrilha paulista especializada em estourar caixas eletr�nicos em Itamonte, no Sul de Minas. A organiza��o criminosa, que contava com pelo menos 14 integrantes, atacou a cidade e chegou a explodir um caixa eletr�nico. Os policiais trocaram tiros com os criminosos. Oito bandidos morreram baleados, al�m de um morador do munic�pio feito ref�m pelo bando. Tr�s agentes e outros dois ladr�es ficaram feridos. Os assaltantes pretendiam atacar  dois caixas eletr�nicos em Itamonte. Durante as investiga��es, foram presos mais cinco envolvidos. O inqu�rito foi conclu�do em 40 dias e foram abertos quatro processos na Justi�a em Itamonte. Um est� em fase das alega��es finais para ser levado a julgamento. Dois est�o parados, dependendo de audi��es por meio de carta precat�ria. O quarto segue sem previs�o de quando ocorrer� o julgamento dos acusados.


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