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Estado de Minas

Copasa afasta chance de cobran�a de sobretaxa, mas n�o descarta racionamento para a RMBH

Companhia anuncia que economia e melhor �ndice de chuvas permitem adiar possibilidade de cobran�a extra at� agosto, mas n�o descarta adotar cortes de fornecimento de �gua


postado em 04/07/2015 06:00 / atualizado em 04/07/2015 07:10

Obra de captação de água no Rio Paraopeba, segundo a Copasa, dará autonomia de 25 anos para a Região Metropolitana de Belo Horizonte(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Obra de capta��o de �gua no Rio Paraopeba, segundo a Copasa, dar� autonomia de 25 anos para a Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A Copasa suspendeu temporariamente, pelo menos at� 12 de agosto, os estudos para aplica��o de tarifas de conting�ncia ao consumidor da Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, a chamada sobretaxa. A decis�o foi encaminhada � Ag�ncia Reguladora dos Servi�os de Abastecimento de �gua e Esgotamento Sanit�rio (Arsae-MG), e levou em considera��o tr�s aspectos: a economia espont�nea de �gua pela popula��o, de 15%, o volume de chuva, que de janeiro a maio deste ano foi maior do que o no mesmo per�odo do ano passado (781 mil�metros, contra os 454mm de 2014), e a consequente melhora do n�vel dos reservat�rios, de 29,9%, em 1º de fevereiro, para 35,4% agora. Por�m, a estatal de saneamento alerta que a situa��o, apesar dos indicadores, est� longe de ser ideal.


Apesar de afastar momentaneamente a cobran�a para reduzir o consumo, a Copasa n�o descarta a possibilidade de racionar �gua a partir de agosto, suspendendo o abastecimento � popula��o por determinados per�odos. “Estamos monitorando nossa produ��o e come�ando a segunda campanha pela economia de �gua. Se houver um resultado positivo, n�o haver� racionamento. Vai depender do comportamento da nossa produ��o e da redu��o espont�nea do consumidor”, informou o diretor de Opera��es Metropolitanas da Copasa, R�mulo Perilli. “A Copasa tem �gua armazenada nos reservat�rios do Sistema Paraopeba. Se nossa previs�o mostrar que chegaremos a 10% em setembro ou outubro, a� come�aremos a racionar”, afirmou.


O eventual projeto de racionamento tem que passar pela Arsae-MG. “O plano a ser encaminhado � Arsae est� pronto. Temos um mapeamento do abastecimento que n�o pode ser interrompido – para institui��es como hospitais, escolas e pres�dios. J� inclusive perfuramos po�os artesianos em unidades prisionais e vamos equip�-los quando houver necessidade”, informou Perilli. “N�o descartamos o racionamento, mas estamos tomando medidas importantes, como o combate �s perdas, pelo programa Ca�a-Gotas, que nos permitiu diminuir o tempo de atendimento de nove horas para quatro horas e meia”, acrescentou o diretor de Planejamento e Gest�o de Empreendimentos da Copasa, Ronaldo Matias. Segundo ele, o Rio das Velhas vem sendo monitorado diariamente, em conjunto com a Cemig, que opera a Usina Rio de Pedras. Ele admite que pode haver uma crise em setembro ou outubro, com a redu��o da vaz�o. “As previs�es do Rio das Velhas n�o s�o boas. Se precisar, a Cemig vai liberar �gua da usina”, afirmou Ronaldo. Atualmente, s�o transferidos 1,5 mil litros de �gua tratada por segundo do Velhas para o Sistema Paraopeba.


NOVA CAPTA��O Nessa sexta-feira, a Copasa apresentou a obra de capta��o de �gua do Rio Paraopeba, em Brumadinho, que promete garantir o abastecimento da Grande BH para os pr�ximos 25 anos. Uma bomba elevat�ria vai transportar 5 mil litros de �gua por segundo do curso d’�gua para a esta��o de tratamento do Sistema Rio Manso, distante 6,5 quil�metros (veja arte). Por dia, ser�o 432 milh�es de litros de �gua, volume significativo quando se considera que a produ��o atual da Copasa nos sistemas Rio Manso, V�rzea das Flores e Serra Azul � de 1,176 bilh�o de litros.


A obra come�ou em 16 de junho e deve ficar pronta em 20 de dezembro, com investimento de R$ 128,4 milh�es, recursos do governo do estado. Segundo Ronaldo Matias, n�o se trata de obra emergencial, mas definitiva. “A �gua bombeada do Rio Paraopeba vai passar por uma caixa de areia, em seguida vai para um po�o de suc��o e depois ser� bombeada para a Esta��o de Tratamento do Rio Manso”, informou o diretor.


R�mulo Perilli esclareceu que a outorga para retirada de �gua do Rio Paraopeba � sazonal. “Vamos captar no per�odo de grandes chuvas. Quando o n�vel do Paraopeba cair para um �ndice que possa prejudicar os consumidores curso abaixo, a capta��o ser� paralisada e ser� usada a �gua dos reservat�rios, que estar�o cheios”, disse. Ele anunciou para breve um novo programa de redu��o de perdas, com possibilidade de recuperar, nos pr�ximos 10 anos, at� 2,5 mil litros de �gua por segundo. “Vamos atuar em tr�s pontas: no controle de vazamento, com substitui��o de rede e v�lvulas redutoras de press�o, contra as liga��es clandestinas, que representam um percentual significativo, e na moderniza��o da nossa pr�pria medi��o”, informou.


Segundo ele, a Copasa vai continuar com as campanhas de uso consciente da �gua. “Nosso estado � de alerta permanente”, acrescentou. O diretor de Opera��es anunciou que, se houver racionamento, a Copasa deve interromper a produ��o no Sistema Paraopeba. “Estamos estuando se vamos parar um dia por semana, 12 horas por semana ou quatro dias, por seis horas”, avisa.

QUEIXA A vereadora de Brumadinho Renata Parreiras (PSB) denunciou ontem que v�rias comunidades do munic�pio, que fornece �gua para a Regi�o Metropolitana de BH, t�m car�ncia no abastecimento e na coleta de esgoto, situa��o que � pior nos bairros Salgado Filho, Varj�o e Tejuco. “A prefeitura gasta milh�es com aluguel de caminh�es-pipa”, disse. Segundo ela, h� promessas da Copasa para resolver o problema desde 2008, quando foi assinado o �ltimo conv�nio. O diretor R�mulo Perilli informou que a estatal est� conversando com o prefeito Ant�nio Brand�o (PSDB) para resgatar o compromisso.


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