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Estado de Minas

Depois da Copa, estrangeiros est�o de olho em Belo Horizonte

Um ano depois do Mundial, que atraiu mais de 300 mil turistas, a capital ainda tenta se consolidar como polo internacional de lazer e turismo


postado em 05/07/2015 06:00 / atualizado em 05/07/2015 08:38

"BH n�o tem demanda para todos os albergues que surgiram na cidade" - Jacqueline Fernandez (D), argentina, que est� passando mais uma temporada em Belo Horizonte com a conterr�nea Maria Massuco (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Se n�o h� um legado expressivo deixado pela Copa do Mundo, o que fica para a maioria dos que participaram do evento em BH � a imensa saudade, assim mesmo, em portugu�s. A palavra que expressa esse sentimento existe apenas no nosso idioma e foi decorada em grego, iraniano, belga, ingl�s e no espanhol de colombianos e argentinos, s� para citar as sele��es que jogaram no Mineir�o. Os estrangeiros precisaram aprender tamb�m a pronunciar Savassi que, sa�a como Xavassi ou S�vassi.

“Foi impressionante o tanto que os turistas gostaram daqui”, elogia o dentista Nelson Galizzi, presidente da Associa��o dos Amigos da Savassi (Amas). Um ano depois da Copa, ele tenta emplacar o projeto Savassi Criativa, que pretende consolidar, como refer�ncia mundial, a regi�o compreendida por sete quarteir�es, que chegou a englobar 108 bares, 189 restaurantes, 374 lojas de moda, 52 ag�ncias de turismo, 30 hot�is e 19 livrarias. Esses estabelecimentos atingiram o �pice de frequ�ncia durante o evento, com aumento de 34% nas vendas, mas registraram baixas nos �ltimos meses, principalmente nos dois �ltimos quesitos.

A Belotur n�o sabe quantos estrangeiros estiveram em BH depois da Copa, mas diz que que houve retra��o de frequentadores. A regi�o viveu o auge durante a Copa, recebendo at� 30 mil pessoas por noite. Presidente da Belotur, Mauro Werkema acredita que a promessa de uma Savassi cosmopolita ainda n�o se cumpriu devido � recess�o econ�mica.

Segundo a Belotur, pelo menos 6,5 mil alem�es foram ao Mineir�o no fat�dico dia do 7 a 1. “Temos uma sinaliza��o do consulado alem�o de que cerca de 10 mil alem�es passaram por BH”, informou Werkema. Ele acredita que o infort�nio brasileiro chamou aten��o para BH, que dever� ganhar com o turismo. “ O 7 a 1 agu�a a curiosidade do turista quando se fala, nas apresenta��es internacionais de destino, que BH � a cidade onde o Brasil foi surpreendido.

Para Werkema, os estrangeiros tamb�m associam o est�dio �s imagens bonitas transmitidas antes dos jogos: Pampulha, Serra do Curral e das pessoas nas ruas. “A Copa em geral ajudou muito a ecoar nosso diferencial de cidade organizada, receptiva, de bom acesso e que tem muitos atrativos como o povo, a comida e os locais de visita��o ou de congra�amento, como a Savassi”, avalia.

Cerca de 320 mil turistas estrangeiros visitaram BH na Copa, principalmente argentinos, chilenos e colombianos. “Foi uma �poca boa, em que havia mais gente falando espanhol do que portugu�s na Savassi. N�o sabia se eu estava no Brasil ou na Argentina”, compara a advogada Zelma Helman, de 76 anos, que mora h� 46 anos em BH.

"Os alem�es passaram a notar mais o nome de BH no mapa" - Lisa Marie Kruse, alem� que abriu ag�ncia de turismo em BH (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Segundo a Minas Arena, � percept�vel o aumento de turistas alem�es no servi�o de visita mediada ao Museu Brasileiro do Futebol e ao Mineir�o ap�s a Copa. Todo alem�o que vem a BH quer conhecer o palco de uma das maiores vit�rias da sele��o daquele pa�s. “N�o acredito que eles passem a vir mais em fun��o do resultado de jogo, mas come�aram a notar mais o nome de BH no mapa”, afirma a alem� Lisa Marie Kruse Dias Silva, de 27 anos, que abriu, durante a Copa, uma ag�ncia de turismo.

Desde julho do ano passado, a propriet�ria da ag�ncia de turismo j� recebeu em BH dois grupos de alem�es. Ambos fizeram quest�o de ir ao Mineir�o e tirar fotos ao lado da camisa assinada pelos 11 jogadores germ�nicos. Ela pr�pria veio a BH para fazer projetos sociais nas favelas e acabou se casando com o dono de um restaurante de comida mineira, muito apreciada por ela, especialmente a mandioca frita. “No in�cio, os alem�es manifestaram muito receio em rela��o � seguran�a, mas, quem veio, voltar�. O clima na Savassi ficou muito gostoso. Com certeza, foi uma das melhores copas que j� houve”, elogia a alem�.

GORJETAS “Que saudade da Copa”, suspira o baiano Fredson de Jesus, gar�om de um restaurante de comida baiana que se tornou point durante o evento. Contando com as gorjetas, Fred calcula ter faturado o suficiente para se manter por dois meses. “Parece que os gringos gostam do clima, do povo e das bebidas do Brasil. Vira e mexe, eles aparecem. Veja l� aquelas duas argentinas”, disse, apontando as mochileiras Maria Jos� Massuco, de C�rdoba, e Jacqueline Fernandez, de Bariloche.

Desde outubro, as duas est�o em BH. “Decidimos ficar mais um pouco por causa do festival de jazz. BH tem muita movida (movimento) cultural”, elogia Jacqueline, oferecendo adesivos de fabrica��o pr�pria, em troca de contribui��o espont�nea.


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