
Um grande f�rum internacional usado por hackers para troca de informa��es de crimes cibern�ticos foi desarticulado em opera��o conjunta entre a Pol�cia Federal (PF), agentes do Bureau Federal de Investiga��es (FBI) e da Europol. As a��es ocorreram em 18 pa�ses das Am�ricas do Sul e Norte, e Europa. Mandados foram cumpridos contra 62 pessoas. No Brasil, dois moradores de Goi�s foram presos e um jovem de 25 de Belo Horizonte foi conduzido coercitivamente � delegacia. Somente o mineiro, segundo o delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira, chefe da Delegacia de Repress�o a Crimes Cibern�ticos da PF, deu preju�zo superior a R$ 1 milh�o. A organiza��o invadia contas banc�rias de correntistas, clonava cart�es de cr�dito e vendia software e programas usados nos golpes.
O suspeito ser� ouvido nos pr�ximos dias para passar informa��es sobre o caso. O delegado n�o descartou fazer um acordo de coopera��o ou de dela��o premiada com o jovem. Ele deve responder por furto qualificado mediante fraude e tamb�m pode ser enquadrado em associa��o criminosa. Se condenado nos dois crimes, pode pegar 11 anos de reclus�o. Segundo as investiga��es, no f�rum, os integrantes s�o qualificados de acordo com suas habilidades, em classifica��o entre 0 a 5. Os brasileiros ocupam a posi��o dois.
INVESTIGA��ES As investiga��es come�aram em mar�o depois que um agente internacional conseguiu acesso ao f�rum, chamado de Darkode, mesmo nome dado a opera��o. O sistema est� hospedado em uma Deep Web (Web profunda). O espa�o n�o pode ser encontrado com buscadores comuns, por isso, a dificuldade de se chegar at� ele. “Nesse f�rum voc� s� consegue fazer parte por meio de um convite. Quando o indiv�duo criminoso � convidado, tem que demonstrar o motivo de pertencer ao grupo, por exemplo, quais qualidades tem, o que j� fez. Tamb�m tem que dizer como vai contribuir para aquele grupo, sempre de forma il�cita”, explica o delegado Luiz Augusto Pessoa Nogueira, respons�vel pelas apura��es em Minas Gerais.
Os integrantes do grupo usavam o f�rum para adquirir informa��es dos crimes cibern�ticos praticados em todo mundo. Desta forma, conseguiam aprofundar na pr�tica criminosa. A maioria dos golpes se referia � invas�o de contas banc�rias de correntistas de bancos. “Os criminosos realizavam transfer�ncias fraudulentas e tamb�m clonagem de cart�es de cr�ditos. Al�m disso, trabalhavam com a venda de produtos chamados de botnets”, explica o delegado.
A opera��o vai seguir para tentar encontrar novos integrantes da quadrilha em todo mundo. Assim, a PF pretende diminuir os crimes desta natureza no pa�s. “Como � um f�rum internacional, a presen�a de brasileiros ainda n�o era grande, apenas tr�s foram identificados. O que vai ser muito importante, neste primeiro momento, � a integra��o das policias cibern�ticas do mundo afora”, comenta Nogueira.