
As ofensas da professora, segundo a aluna Mirna Daniele Guedes de Melo, come�aram no 2º per�odo. “Em uma situa��o em sala de aula, ela disse para eu mudar o meu cabelo, para ir em um sal�o de beleza para eles passarem um produto para abaixar o volume do meu cabelo. N�o gostei e falei com ela que gosto dele assim, porque s�o minhas origens e meu estilo � esse”, disse a estudante.
No mesmo semestre, outra situa��o envolvendo a mesma professora chateou Mirna. “A segunda vez foi no mesmo per�odo. Ela virou para mim e disse que outras alunas dela de outra faculdade foram ao sal�o de beleza e que o cabelo delas teria fica bonito, mais baixo, mais ajeitado e que era para eu ir, pois o meu estava muito volumoso. Voltei a dizer que n�o aceitava que ela falasse assim comigo”, comentou.
A aluna informou que procurou a dire��o da faculdade e foi informada de que o caso seria passado para a reitoria. Por�m, segundo ela, nada foi resolvido. A Est�cio de S� informou que na �poca dos fatos, a professora e a aluna foram procuradas. A educadora informou, segundo a assessoria de imprensa, que as afirma��es n�o foram pejorativas e se prontificou a pedir desculpas � garota.
Aproximadamente um ano depois, novamente Mirna afirmou ter sido v�tima da professora na �ltima segunda-feira, quando as duas se encontraram nos corredores do Centro Universit�rio. “Estava com duas pessoas, quando ela passou e falou comigo: 'Voc� aqui, assombra��o? N�o se formou ainda? Respondi para ela medir as palavras para falar comigo, pois o que ela tinha feito era crime. Ela desconversou e come�ou a mudar de assunto”, conta a aluna.
A jovem procurou a pol�cia e fez um boletim de ocorr�ncia por inj�ria racial. A jovem se revoltou com a situa��o. “Estou indignada. A ficha est� custando a cair, mas agora � bola pra frente, e ir � luta. N�o posso cruzar os bra�os perante essa situa��o. Espero que a Justi�a seja feita”, indagou.
Em nota, o Centro Universit�rio informou que a “aluna n�o procurou a reitoria para tratar do epis�dio. Portanto, desconhecemos o caso, mas j� estamos entrando em contato com a aluna para esclarecer o fato”. Ressaltou, ainda, "que n�o tolera qualquer tipo de discrimina��o com os alunos e funcion�rios da institui��o e que, em caso de qualquer ocorr�ncia neste sentido, s�o tomadas as medidas previstas no nosso C�digo de �tica". A professora n�o quis dar declara��es.