
A luta do pequeno Pedrinho chegou ao fim, mas a fam�lia n�o desistir� da causa. Os advogados que acompanham o caso do beb� de um ano que esteve internado na UTI neonatal, em Belo Horizonte, desde o segundo dia de vida, estudam entrar com a��o para obrigar a Uni�o a implantar de vez no pa�s o tratamento para a s�ndrome do intestino curto. “Pedrinho est� descansando em paz, mas n�o aguentamos mais perder os nossos filhos dessa forma. � muita omiss�o”, desabafou o advogado Jos� Ant�nio Guimar�es Fraga, que cuida do caso. Estima-se que outras 40 crian�as vivam o mesmo drama no pa�s.
Em 20 de julho, a fam�lia conseguiu liminar para que o governo brasileiro custeasse todas as despesas do transplante multivisceral, nos Estados Unidos. A Pol�cia Federal expediu os passaportes no dia seguinte, a taxa para o visto norte-americano seria paga hoje e a expectativa era embarcar at� o fim do m�s. “Faltava contratar a UTI a�rea at� Miami”, revelou Fraga.
Pedrinho, infelizmente, n�o conseguiu esperar. Segundo o advogado da fam�lia, nenhuma medica��o surtia mais efeito. A morte foi constatada �s 14h45h de ontem, por infec��o generalizada, devido ao comprometimento de v�rios �rg�os, principalmente os rins.
Os pais de Pedrinho, que nasceu em Eun�polis, na Bahia, n�o tinham condi��es de pagar pelo transplante e lan�aram na internet a campanha “Salve o Pedrinho”, em busca de doa��es. De acordo com o advogado, o dinheiro arrecadado (cerca de R$ 1 milh�o) ser� usado para ajudar fam�lias de outros beb�s que sofrem com a s�ndrome do intestino curto, uma rara malforma��o cong�nita.
A fam�lia esperava desde abril por uma posi��o da Justi�a. Fraga entende que a decis�o chegou tarde demais. “N�o podemos mais aceitar isso”, disse. “O m�dico brasileiro que faria a cirurgia em Miami se colocou � disposi��o do governo brasileiro para implementar os procedimentos aqui. Falta vencer a m� vontade dos nossos governantes. Quantos mais precisam morrer?”